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domingo, 27 de março de 2011

Conexões

pra re-inventar
a memória falida
os poucos
dias
vida

pra relembrar a minha derrota
sorria
aos poucos
memória
ainda

pra re-integrar a meta
sem saída
sem saída
que ainda assim deuses
explicarão em desespero pra seus fiéis

morderão os abraços
e a outrora assumida
falta de conexão
pra ainda assim
acabar no chão

como o falido amigo que vos fala
como o fodido inimigo que se torna
como o nada que surgiu
de conexões

quinta-feira, 10 de março de 2011

Aurora

tenha se dito , que tudo parecia diferente
que tudo havia amadurecido
que os muros se colidiram
que a vida embaraçou outro acaso
pra eu permanecer parado
olhando o céu
enquanto tudo a minha volta
movimenta-se de forma dolorida

e vocês , meus pequenos laços
são tão descartáveis que me dá raiva
de sorrir pra suas caras como
se nada tivesse
acontecido
indo pro céu , meu corpo trava na aurora
e de lá explode
e de lá me lava a máquina
e de lá me mostra

que os sentimentos não mudaram
que as pessoas não mudaram
que as fotografias não mudaram
e seus pensamentos só pioraram
no simples eixo da inflamação
do horror que calhou
ficar ali parado
vendo o meu coração doer
sorriso desesperado
que finda na aurora
que limita só pra mim
o esquecimento

terça-feira, 8 de março de 2011

Apagado

saber que tanto dói pra você
mais que a lucidez , mais que esmo
de estar prendido no nexo invertido
mais que estar aquém da água
que desenvolve do céu

gotas em organismos vivos
como lágrimas puras
como ódio em vertigem
como o mito do elogio
pra fazer do divino o leito pra quem quer mais

pra fazer de tudo algo errado
de que eu não queria estar aqui
pra poder depois me desculpar
pra poder depois não me apegar

e apagar...

não me conheça
não me encante
não elogie
não flutue
não me chame
não perca
o lapso da razão dos mesmos termos
envolvidos pela incineração do sentimento
eu nem te conheço afinal das contas
eu nem me conheço no fim da cidade

ainda assim , apagado
peço desculpas
por ainda estar aqui
tentando conhecer o ruído
que outrora
nem aurora
faz de aqui
o agrado
[apagado/

terça-feira, 1 de março de 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Invisível

desfilo ódio no meu olhar marginal
desafio o ócio do acaso de me encontrar no igual
tudo é tão normal
só eu que pareço estranho
"magnéticamente " estranho?

tida como toda fonte de informação
me parece mais demente a cada dia
que tenta inovar a carapuça podre do engraçado
inove o sujo de sua alma , normal

acolho-me nas facetas da vergonha
ainda assim carrego o peso da culpa
de ter o fardo no rosto tão pesado
que dói olhar pra frente e ver futuro
só olho pra baixo e amarro o desespero

Vocês tem medo de mim?
eu definitivamente sou merda?
sou tão estranho a ponto de assustar e incomodá-los?
então por que me olham assim?
me julgam ao quebrar o pescoço
e desprezar a face
da reencarnação da besta

então me desculpa
não quis por mal
só quis me aproximar
deixar de ser invisível
ser acessível e ter um bom coração

me desculpa
vou continuar a passar
e olhar pro chão...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Foi tanto desprezo que ele se fundiu ao asfalto

É violento
passa , como o ar quente
as lapides perfuradas
por sorrisos mal-planejados
rejeitados pelo par alado
aonde a asa já foi mais que ilusão

É está perdido
e você não precisa me dizer mais nada
por que eu já aprendi

Nenhuma distância deixou de executar
Nenhuma distância deixou de executar
pois é , nenhuma

e eu aprendi
li , o fim e retalhei o meio
pra não ter começo
deixar de ser tão reto
tão método , pra morrer
além do fim das contas

se é pra saber que dói
eu não te conheço
se é pra saber que não
eu não te lembro
se é pra saber que não vale
eu não te importo
se é pra saber que ignora
eu te fodo

tá acabado , e você não precisa dizer mais nada
é violento , pesado , mascarado
rodeado de pessoas vazias , o centro do relógio despenca
solidão na multidão da metrópole
só mais um jovem que não se deu bem
e reclama da vida
e protesta o sentido
só mais um jovem que foi rejeitado
e escreve pra vida
e espera a morte
só mais um , por isso , não se sinta diferente

já está acabado e você mais uma vez não precisa repetir
por isso , minhas células se fundiram ao asfalto
me corpo é só o chão aonde todos acessíveis , níveis , "víveis"
pisam.

Foi tanto desprezo que ele se fundiu ao asfalto
não precisa repetir
já está acabado

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Ano-amigo

-ei o que há "ano-amigo"? o que acontece amigo?

- acontece que novidade alguma se torna nova
-acontece que porra nenhuma nos anima

"me desespero pra sair de casa e me esconder
nas risadas dos meus laços"

... ainda parecia que tudo ia mudar não é?
amigo?

de merda..

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sou enforcado por minha face
que prende o novo demônio
o encontro da palidez das palavras
com ódio da superfície

existe pouca sombra na calçada
existe muita sombra vigiando
o que teus passos ladrilham
o sangue , no teu asfalto

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" amigo , de merda , ano fingido;
se é pra escutar tanta bobeira
entoco-me , no toco , aonde as vielas
da intra-net , afastam-me de médias conexões
falsos afetos , e tanta passividade
vividas de conceitos já cuspidos
pra provar que não tenho credibilidade
afogo meus joelhos no fogo e imploro
pra rolar na rua! "

?

é fácial , fácil , digo , se é que escutam
preservar o estereótipo , como o tipo
que quando abro a boca , sou visto maior
que a besta das 9 casas
que o inferno que assola
nossa pequena cidade
de boca fechada , amigo desgarrado
passo tão inutilmente desapercebido
no desperdício do infinito
e tem uma sombra me sacando
me secando , amigo filho da puta
me ajuda ,
e nem deus quis saber de porra nenhuma
e nem sós , viveriam porra nenhuma
meu amigo
de merda
ano - visto - lúcido
em terra
na merda