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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Escória, vilão e herói

é devido ao grande dever de esperar o mal acontecer
é vivido na suposta conexão retraída
que as coisas se envolvem
se repetem
me esperam
e fodem

flutuam na margem do desprezo
aglutinadas na densa camada do falso
do plástico , do feliz , extremamente acessível
foi ser sincero na outrora e morreu disfarçado

o reboco que funde a parede
carece dos miseráveis
que almejam as grandes cadeiras
vão sobrar temas pra isso
agora eu tenho tempo
agora eu nem me vinguei
acatei , trêmulo
como se fosse meu erro
agora nem ódio me ajudou
eu tenho a minha pena
eles tem de mim
atira no fardo
que só foi de erro e até agora
nada mudou
o alcance da derrota foi pior
mas foi a mesma derrota

no final da escória
os vilões são os heróis
esquenta não, isso acontece
e muito obrigado..
precisar estamos aí
pra me foderem de novo
e novo
suposto de-
novo
...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mereço

Já sou o horror da concepção
O ardor da derrota
O brilho incômodo na adjacência solar
Perturbo minha mente da beleza utópica
Eu ainda sei que sou motivo da risada , humilhação
O derrotado no auge do egocentrismo
Que mal sabe que é vida;
E mal viveu pra ter rancor na despedida

Flutua nos devaneios pós-modernos
Flutua na consciência morta
Flutua na alma caída
Afunda de imediato na vida
toda correria erguida pra te foder!
agora!

Afundo pra vos esconder , irmãos!
Todo o erro do presente divino
Exposto como filho
Tal qual , se rebela como fogo-anjo-fodido
Na punição Celestial

"Eu sei que mereço
sufocar por justo-preço
pra se valer
Você é aquilo que você merece..."

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A obra da luz negra

O inimigo da outrora, "di-fundiu-se"
nas camadas deficientes
nos próximos 20 anos
e pouco importa se troco , o valor
por não sorrir pra vocês
por não mentir o que talvez
vive na concepção do raso espaço
do fardo humano , tão pesado

...
E surto na ruptura do século XXI
compactado nas linhas tênues do
A-DEUS, SIRVA-POR HORA
Nosso desapego aos bens
...

Se ainda que és Beta
A bifurcação que calou o coração
Que dividiu a opinião
In-Pulsivas atitudes

De quem pensa nos demais
Periferia de detalhes
As concepções surreais
Apesar dos pesares

PESO MUITO
PRA NASAL DO GLOBO TERRESTRE
(...)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Errado

mais uma vez a coisa não deu certo
o trabalho fora inverso
o aumento escasso
e as palavras cada vez mais
comprimidas em placebos
sustentáveis

pra medicar a média-em cima
da sina de ser vencedor
drogam a derrota porque és óbvia
sol , real amassando os crânios
domesticar a raça
afastar as caças

sobras , sóbrias aos lobos solitários
fixando os olhos no que realmente é estranho

pode deixar que eu to quase desistindo
vocês estão quase vencendo
é forte demais pra quem já amputou os laços
e carregou fogo nos braços
o trabalho não deu certo
todo foi
jogado fora
errado

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Cortar a linha que se estica

eu quero me desfazer das calças e camisas sociais
quero abstrair toda aquela velha conversa
de partir em frente , se no rumo foi atrás
que todo papo parou...

quero esquecer os papéis na metrópole
quero ser o último da fila
e não mais sair do casulo
conferir quanto vale a sede de criação

só os rostos mudam , mas continua platônico
se começar a dar corda , a órbita é a estrela da morte
e vago no buraco negro da culpa
faltou-me espaço no mero espaço
macacos espaciais

é a luz rápida da noite que faz saudade
é a umidade relativa do ar , alta
que dirá as asas , pra de lá , voltar ao conforto
já que o relógio é tão avulso no seu compasso
entrega no ato , mais uma razão pra não me apaixonar de novo
pra não cair na abundância da petulância
de crer que ela , super-nova
gira em meu redor
mais dá não,
hoje mais , não
basta...

choramingo , da convenção
lamentações egoístas perante o erro geral
é pedir demais ainda , pra me livrar desses sentimentos?
é fugir demais outrora , pra me agarrar na conexão do espaço
e sumir!

me diz qual é então o futuro?
que apesar dos pesares
eu ainda muito ingênuo
pra traçar , outra linha tênue
na frente

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Idéia

Já me dei por vencido
escapei nas lágrimas
o cansaço , o colapso
pra não inter-ferir mais na roda.

eu tenho uma ideia trabalhando aqui dentro
eu sei que posso usá-la , me agoniza
eu sei que sou capaz de pôr
eu tenho essa ideia

sou o gerador multi-facetado do caos
fugindo das grandes cadeiras e corporações
omitindo os burocratas de meu céu
mentindo paras esferas do aquém
se é pra ter fé ainda

acredito plenamente no mal da humanidade
acredito plana-mente no preço pago por vocês
nos lapsos de sorrisos estirados pra debochar de si mesmos
e aparecer , sobre-sobra-sair;
afinal é assim que todo mundo luta
eu desejo todo mal à vocês
o anjo nunca caiu
ninguém nunca subiu
é só o gerador de ideias calculando
a perimetral do túmulo da sua felicidade

é só uma ideia
como toda
falta trabalhar em cima
por que ainda continua sendo fácil
julgar

desfaça as conexões
e mude a ideia da placa-mãe
morte

domingo, 10 de julho de 2011

Desbota

ainda somos as luzes que distraíram
o lapso das fendas desmembradas
somos ainda o rebanho em amor
pré-positando a matéria no vácuo

vocês ainda tentam dar o melhor de si
por que é o único suficiente que já tiveram em mãos

tentam ainda o dobro de si

e se soubesse que a a morte pararia
com toda aquela imagem justa-posta?
e se você ainda tivesse os mesmos medos
de 7 anos atrás?

eu cortei meus dedos pra não mais dizer adeus
pra não tocar mais em você
pra não mais me acordar
por que eu já estou longe
quando o sol desbota
a parede verde do chapisco
que ainda é vivo

longe.
longe;
longe