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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

24 de Dezembro

Juca ganhou sua bicicleta nova
Helena fica feliz por restos de um prato no terminal
Sabrina enlouqueçe ao ver seu computador
Antônio sabe que não tem um braço pra agarrar
Márcio desfila com seu carro zero
Clarice já não tem um amor pra se apegar
Até que tudo colide e sobram corpos
Pra estragarem como ego
E Jesus pões suas asas no ar novamente!

Repetitiva forma que enquadra toda essa prioridade
Felicidade acima de tudo , dois sorrisos e um abraço
Apesar de estarem escravizados
Continuam a pular nessa esquizofrenia
Perimetralmente calculada , aleatória
Abra suas portas alimente a teoria
E seja feliz , pois comemoramos outro aniversário

Até o maldito março chegar e seu talão subir à cabeça
Ignorar uma mão ferida e um pouco de culpa
Abafar toda forma de comportamento
Sucumbir façes de uma ignorância semestral
Em que a arte nociva é bem forte
E aonde estavamos sobre as asas de Cristo?
Me disse uma vez um erudito que passava à se embebedar:

- É bem fácil meu jovem , só pagar alguns contos numa
loja dessas aí que vendem sonhos e hipocrisias

Pois bem, fui lá e comprei
Até logo pois estarei voando eu , Jesus e Noel

sábado, 6 de dezembro de 2008

A última parada antes da passagem

Vamos agrupar as placas
Vamos incendiar a passagem
Fazer dela cinza mera imagem
Deixar as luzes se encontrarem
E sumir , sumir , sumir

Senhores, ja estão armados
Um novo avanço
Uma teologia exemplificada
A inflamação dos egos
Estática , estática , estática

E eu balanço as minhas pernas
Percebo vagamente que passava um sonho
Uma igualdade, uma lógica , uma resposta
Era como se o peso do coração desse asas
E afastaria toda mecanização de almas
Mas como era sonho , se eu podia tocar sua façe?
Como eu poderia não estar envelhecendo e apodrecendo
Como eu queria não me importar com a respiração
E é só por uma meta , um traço ou uma análise
Que eu continuo aqui , pra poder sobreviver
E ouvir uma voz que me tira do transe
E me faz voar pra longe
Longe , longe, longe

E quando num último instante abro os meus olhos
Eu me vejo carregado por soldados
Eu ouço explosões e gritos desesperados
Eu sinto uma gelada chuva que me paralisa
Eu tenho sangue jorrando e um ferimento de bala
Dói , e muito , minha carne queima
E quando me vejo em conflito
Eu tinha uma paz
Eu tinha uma música
Eu tinha um sorriso
Eu tinha um amor

Agora sou um corpo carregado
Que vai se juntar na trincheira
E junto com uma carta
Anunciará um fim catalogado
Parte mais uma idéia
Que vai ser empacotada num caixa
Jogada num mar em nome do heroísmo
E afundar

Então vamos à guerra, ainda não terminou
Máquina