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sábado, 27 de setembro de 2008

Adaptação ao escapismo

Cirurgiões escabriados rebelam-se na nova odisseia
Mas tenha dó , só não somos injustos angustiados
Sossegados com o afago e mais pilares divergentes
Segura no meu cinto , não afrouxa e arrebita o ponto fraco
Dentre as demais complexas razões do egocentrismo atracado
Mais lençóis por favor , traga-me outros tons amenizados
E mais garrafas de dietéticos destilados
Pois preciso armar minha fuga
Não convém , é apenas uma noite de um dia difícil
Então corte afundo sem a cegueira da dor
Os pequenos braços enraizados nos canais balcânicos
Adentre neste vácuo uma máquina e antidepressivos

Então reflete da janela circular , o olhar curioso
Travadas são as tentativas de envolver
Entretanto, coube à mim resignar e observar
Só quero apertar teu abraço
Pena que me custas uns acasos, receios e trejeitos
Estou falido de tais falsas dádivas, se te serves de exemplos
Assim observamos as torrenciais e argumentamos sobre existências
A lotação passa e te carrega como o vento
Como de sempre, mal sinto o toque e recrio analgésicos alteregos

Anestesiado como pluma de vigor
Os dois pólos parecem criar a herança descrente
Assassinam argumentos poderosos
Pra assimilarem loucura à tendência
Apenas espero o momento certo pra agir
Infelizmente, os paradigmas já são invulneráveis
Tentariam te convencer se fosse futuro
O arranque do passado só causa sorrisos
Para os que somente gargalham
Aos vistos de paz , entregam-lhe somente agonia
Pegue já seu ticket, a sessão começa daqui à cinco minutos
E já deram ignição no pobre pássaro do horror
Um dia há de surgir céu, mas outro dia
Hoje ainda queremos solo pra só pensar:
Estamos à salvos

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O Último caso de isolamento periférico

Um dia me disseram que a glória
é precisamente paralela com a trepidação
é presumidamente convexa com a ganância
Tentei entender , mas só surtei
Propositalmente tal surto desencadeia meu abafar
Não há combinações e absorção
Sobra em excesso o que se deve distribuir
Mas além do aqui , abafo como um forno
Ao ver rastejo de massas cefálicas
Aprendo que o acaso me enjaulou
E tende à se divertir de desgraças médias em horas vagas
Pois pra todo resto é duro aguentar o corpo se desmantelar
Sobra somente a parábola estática e nada mais
Porém busco afundar , afundar e compreender
Ao me deparar com o sétimo portão, era possível avistar
Uma dimensão quebrada , como um fim de festa
Assola-me fantasma do firmamento, faz jus à tua tal glória
Exibe sem pudor os corpos mortos pela insatisfação
Sobra à mim te amar isoladamente e nada mais
Pois já não há forças pra gritar
Perdão...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sujeito à reprovação

Veja bem, nunca me portei ao entendimento das exatidões
Procurei sempre amar o lado humano do pensar
Mas as facas de convulsões estão assolando meu ar
Veja bem, eu tentei montar isso por ti é só

Parece que a fétida carne aglomera meus olhos
Tapando-me simples visões, solenes e tanto sólidas
Tentei aprender como um empenhado conhecedor
Mas vai ver, está tudo entortando nas demandas ocasionais

Sou lançado pra fora do céu, sem asas
À mercê dos prejuízos, juízes matusaléns
Sem nenhuma piedade, canto de coitado
Pra tragar do sossego, se ainda ele fizer parte de meu raciocínio
Pois a fé já não vale de bosta nenhuma, apavorado sorrir

Te questiono meu bem, bem como um interrogatório coerente
O que te custas um ofício ?
O que te custas um amor?
O que te custas uma paz?
Pois bem, coube à mim sofrer de tais enfermidades
E tentei te provar que sou capaz
Planejei tudo isso pra você
Talvez inverteram todo o quadro
E no minimo te cegaram
Sabe-se lá o que realmente aconteceu
Só sobra à mim a dor de te olhar , nada mais
É extenso e complexo te abraçar ,tudo mais

O mais triste é saber que quem predestinou tudo isso,
Foi eu mesmo acima de todas as sombras

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Sobrevivência parte 5

Salivas brotoejam , talvez com impertinentes flores
O ar de conversa casual é montado
E não demora muito o questionamento, assim bem complexo
É cortejado como grande anfitrião de tediosas noites
Mas só no perplexo não dá pra saber
Pálios insípidos e pavimentados das sujeiras dos pés
Damos inicio ao inesperado e ansioso tribunal de escapamento
Feito um indicador, e digo mais um condutor
Esbraveja com aquele temeroso sorriso os pontos vitais
Horror, abre a porta e aperte a mão do medo pra somente simbolizar
É que já estamos em círculos e dos mais derivados
Lá vem o surreal , comendo e expurgando as tripas do social
Tá bem mais um gole
Té mais , sei que já acolhi
Ora! vejamos o todo do caso
Não bem confortante teu orvalho , que calha justamente em desabar
Incoerência em dizer que daremos voltas e chegaremos nesse mesmo ponto
Pois teu canto é guardado, vai do leigo ao erudito
Reservada e congruente resposta, virá sim!
Creia , nosso amanhã não é quando o sol nasce
Mas realmente quando se toca na dimensão

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

3 centavos e um pouco de acaso

A versatilidade de como tudo se desfaz
A nossa pobre conduta sempre é jamais
Se meu ar ácido, nos valesse
Uma miséria qualquer, prazer
Se batessem palmas
Não vomitaria
Se chorassem provas
Nunca existiria
Pois vivemos de qualquer mentira
Seja da mais barata à elaborada

domingo, 7 de setembro de 2008

A flor que achei nos Elísios

Não tem nada além de teu dizer
Pra enfim perpetuar a condição
Traga-me teus olhares, os mais incógnitos códigos
Não vou disfarçar o pensamento
Tampouco o que se considera uma transição do pensar
Pra surtir efeito nessa desinência factual
Traga-me teus abraços, ímpetos de desejos
Jamais decifraria a pétala que mora em ti
És de tanta simplicidade e graciosidade
Tal contraste , deixa meu entender sem reação
Explica nos mais pálidos detalhes
Essa paz que te rodeia, canta pra mim
Desenha nessa superfície o alinhamento da conjuntura
É como se pudesse ver teu semblante nesse incandescente céu
É como se contasse com a pouca e derivada sorte
Nem mais as complexas estruturas
Irão decifrar tanta beleza
Tal esta que aperta meu inacabado coração
Perdoa por tanto te exaltar,mas já não existe mais um outro imaginar
Pois sem estas ocorrências, enxergaria somente o cinza
Vai além mar flor e mais , voa...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Grito egocêntrico e desesperado por paz

Era como se o céu estivesse sangrando
Não tem mais de um porém pra alimentar minha secura
Dentre as demais portas esculpidas por anjos caídos
Foram coincidentemente fechadas pela bondade
Eu e meu grito personificado

Na verdade, precisava de um acalanto
Teus colos pra retrair meu pesado som
Mas me dê as chaves querida , entregue a afirmação
O que te custas? o que vai mesmo acarretar?
Aqui jaz a permanência da contrariedade

Mas justo eu , um abdicador de pecados
Vejo-me entre espelhos, estou quebrando a afasia
Repetindo o mesmo vinil de pregações nucleares
Eu imploro por ti normalidade
Quero que venha até meu lar e desfrute de tudo
Quero que faça de meu comportamento regular
Quero que me incline à pensar mais no meu concreto
Quero mais que abstinência, explodir as quatro paredes de sonhos
Pra poder enfim recair e viver no purgatório
Ah volta , vinde à mim alívio

Canto mesmo , individualmente
Sem mais a quem tentar salvar
Eu e meu grito egocêntrico e desesperado por fajuta paz