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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Simulacro

Os quadros foram pintados
Tem uma luz que sempre me desperta
Mas eu reneguei o que vinha no real
Fiz de tudo simulacro , simulacro

Por tracejar a métrica
Deixar nos ladrilhos, as palavras
Surtirem causa e efeito
Delírio sobre o devaneio

É tão mecânico , saber que os espaços
Estão no limite da ruptura
Saber que meu papel nessa intenção
De nada vale , se quando vai valer

Eu estava olhando seus olhos
Quando outra voz , desatinou
Aos dizeres de que é impossível
Ultrapassar esses ares

Eu estava pensando nos teus olhos
Quando a mesma voz , sorriu
Gritando pra eu acordar
Ultrapassar esses ares

Pois bem , a água desfila do céu
Anunciando a mesma metáfora
Não é triste quando se desfaz?
O que pensamos ser tão concreto

O que eu posso fazer ?
Quando escuto que nada vai mudar
Que a poesia , sempre
Vai ecoar o mesmo efeito
Interseção e Oscilação
De um ponto de partida desorientado
Eu sei bem que só um brilho pode salvar
Mas é tão distante , tão derrepente
Que eu começo a pensar
Em por na desistência
Todas as frases acumuladas pra ti

"Mas se você pudesse me escutar...
Ainda tá ai?
Não sei , eu nunca vou saber
Mas o céu sabe que eu estou despedaçado agora
Eu vejo um largo sorriso lá em cima e só "

domingo, 25 de outubro de 2009

Bem no meio , sem poder enxergar , nada

São universos tão distantes
Mas estou fincado ali bem no meio
Bem na interseção e na oscilação
Das incandecências e desgraças da monotonia

Agente nem sabe ao certo
Reformular um futuro , relevante
Cada partícula embrionária do passado
Arrebenta minhas células , na vaidade do ar

Pois é , nessa dramaturgia inerte de vida
Represento bem o papel de babaca
Sem saber que tanto bloqueio
Faz a piada se tornar mais coerente

Aos olhos dos vencedores , e que vencedores ora;
_____________________________________
" Foi tão estúpido , tentar assistir o tempo contribuir ao meu favor
De achar que um simples átomo , retomaria a qualquer fórmula
Me sentir na paz dos braços , das vozes , dos olhos ... e os beijos
São meras poeiras cósmicas que a lua me cuspia , pra eu tentar
Me apegar com uma venda nos olhos , que eu só via , ali e só
Ela me falava e eu tentava , não escutar o que sobrava
Da faixa congruente que cortava a linha do equador
Das fitas com filmes , sobre realidade e pé no avesso
De como eu deveria ser sobreposto ao tal normalismo
Superelevar a auto-merda-estimativa e tomar um tapa
Pra simplesmente acordar e ver que por mais que belas
Palavras , entram e sai dos canais e explodem outrora
Na aurora do inimaginável , e que tanto zelar por um apego
Que sentir o coração palpitar num belo olhar e mais sorrisos
Sentir o calor do toque , e toda maestria do seu ser
E mais que faltam ou já ditos adjetivos
Não passou de um acidente , não sei
Aliás a finalidade de tudo isso é a que eu menos sei
Se talvez uma luz atravessasse os meus olhos
Hipnotizados , despertariam e fechariam , só
Me envolvo na subtração da pessoa
Pra que ? que eu quero mais?
Se menos com menos , dá mais "

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Aquele Adeus

Que mais que se repita
Simples despedidas
Arquivando aquele adeus.

Toda vez que te vejo
Venho à sonhar?
Eu sinto o receio de sentir isso

" O que eu sinto , eu sinto tanto por sentir...
e essencial pra minha essência continuar a ter e respirar seu longo e agradável perfume
é como datilografar os fatos em causas que entram em contraposição aos tempos
e já nem preciso repetir, que me faz o auge de um transe
transpassar o meu olhar no teu
apenas me escuta , sei que não vai fazer diferença
tantos dizeres dos mais poéticos e metafóricos
nessa cólera de sentimentos e euforia a qual me perdi
faça-me achar , nessa imensidão , partiu o que fincava
no colapso do otimismo e da esperança
eu bem que já nem sei mesmo , no que me apegar
só sobressai o que fica em evidência , óbvio
são tuas palavras fazendo o som
são tuas belezas fazendo a imagem
são tantas epopéias pra adjetivar
que novamente me encontro
largado e flutuando dentro de tua estrela
me explica o porquê , só o porquê
talvez é culpa minha , não sei
talvez não tenha culpa e tudo não passou de um engano "

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"... E é na hora de partir que o inesperado que pra mim acontece , traço aos lábios sem forçar de ambas as partes um fragmento de um beijo , que por um momento fecho meus olhos e custo a acreditar que aconteceu e no que aconteceu , por mais simples e inútil que pra ti possa parecer e até que não tenhas percebido, eu coloquei minha caminhada ao rumo , sem olhar pra trás e deixar pra saber depois se você se importou , ou se foi pura coincidência "

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Tornar de cada descaso, um acaso

___





" Era como se a lógica fizesse som
Como transpassar a razão de mais razões
Do mero e simples óbvio
Tornar de cada descaso, um acaso
Todo céu desalinha o azul
Tudo parece livre, mas não pra nós
Que nós? desatados pelo dizer incalculável
De equívocos que acorrem nossas cabeças "
...
" E quando o nunca se tornar porventura
Que porventura se torne um talvez
Que de talvez vá à quem sabe
Quem sabe , já estamos no quase
E do quase ... diga sim "
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Não, isso foi mais uma reanimação
Do fantasma rente ao colapso da esperança
Frases de efeito e cálculos diários
Disfarces sem esforços pra sobreviver
Condene tal , fantasma
Matando esse tempo
De novas ignições
Ao futuro.
Alô? Alô?
....

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Mesma arte de alguns tempos

Pois é não deu , de novo.
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Tomaram sobre as novas telas da projeção
Aquietaram-se a saber por qual sentido
Torna a repetir a mesma fila
De sobre-postas imagens a qualificar , fatos.
Ao perceber que semelhanças põe a declinar
Objeto da subjetiva verdade
Só tende mostrar , niveladas
Práticas ilustrações de quedas
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Pois é não deu , de novo.
_________________
Só me põe a mostrar , outra confusa
Difusão de vertigens paralelas
Ao próximo passo até a fenda
Que rompe através de outro céu , à quebrar
Fica fácil se respirar , desse alívio
Aos meros pensamentos que estão
Arrematados por preços
De valores seriamente calculados
_______________________
Pois é não deu , de novo.
_________________
Quando nada mais importa
Por tanto pensar , nas hipóteses
Realizarem o calor feito Supernova
Agilizar os astros até outra súbita missão
Deixar ecoar as vagas , ativadas
Para que simples atos executem
Maestria simultânea
Aos meros 4 invernos idealizados
_______________________
Pois é não deu , de novo;
__________________
" Atreveram-se a saber da perfeição
Formaram-se códigos
Estipularam a conjuntura
E pequenos processos
...
Pois a cada devaneio refeito
Demonstra a culpa
Declinar sobre a confusão de belos pensamentos
Até dissipar na estrela
...
Trago a receber a realidade
Feito fumaça-nuvem que daria pra propor
Outra cena junta , equivalente
À mesma arte
...
Utópica
Que deixa ser aquele pequeno universo
tão belo , tão simples
tão longe. "
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Pois é não deu , denovo.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Desabafo "Incoerente" de quem permanece em Estado de Catalepsia Projetiva

Acreditou que o divino, não era uma pessoa
Acreditou que enfermidades, foram feitas em laboratório
Acreditou que a cura, estava trancada à milhas
Acreditou que a vida, de nada vale
Acreditou que a história, foi contada tarde demais
Acreditou que o otimismo, não passa de uma prisão
Acreditou que a alegria, foi fruto da paralisia mental
Acreditou que o sonho, foi projeção da consciência
Acreditou que o amanhecer, foi mais outro pesadelo
Acreditou que a cor, foi mais que cegueira tingida
Acreditou que lutar, foi sofistiação tendencial
Acreditou que o desprezo, foi satisfação de seu karma
Acreditou que a luz, foi a última meta frente eternidade
Acreditou que a vertigem, foram ruídos intracrânianios
Acredita-se que amar é mera arte de epílogo
Acredita-se que desfaz a cada noite sobre matuta realidade.

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" Que como todo outro respaldo que soa incoerente pra ética
Vai ser motivo de piada ponderada aos melhores céticos
Que sintonizam ao canal da doença, disfarce sob discrição
Mais fácil para o entorpecer da ignorância, dar classe de loucura
À um estado tão emergente da cabeça, aonde não se cogita
Economia e avanço, ser alguém e um pranto
Derramados em lágrimas de esperança e ganância
Vista nossa máscara e detalhe cada passo de
Um ensaio para viagem astral"
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Não vá me dizer que até você, "caro" leitor
Não achou graça ? haha.
pobre coitado... tal desabafo
desvairado