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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

24 de Dezembro

Juca ganhou sua bicicleta nova
Helena fica feliz por restos de um prato no terminal
Sabrina enlouqueçe ao ver seu computador
Antônio sabe que não tem um braço pra agarrar
Márcio desfila com seu carro zero
Clarice já não tem um amor pra se apegar
Até que tudo colide e sobram corpos
Pra estragarem como ego
E Jesus pões suas asas no ar novamente!

Repetitiva forma que enquadra toda essa prioridade
Felicidade acima de tudo , dois sorrisos e um abraço
Apesar de estarem escravizados
Continuam a pular nessa esquizofrenia
Perimetralmente calculada , aleatória
Abra suas portas alimente a teoria
E seja feliz , pois comemoramos outro aniversário

Até o maldito março chegar e seu talão subir à cabeça
Ignorar uma mão ferida e um pouco de culpa
Abafar toda forma de comportamento
Sucumbir façes de uma ignorância semestral
Em que a arte nociva é bem forte
E aonde estavamos sobre as asas de Cristo?
Me disse uma vez um erudito que passava à se embebedar:

- É bem fácil meu jovem , só pagar alguns contos numa
loja dessas aí que vendem sonhos e hipocrisias

Pois bem, fui lá e comprei
Até logo pois estarei voando eu , Jesus e Noel

sábado, 6 de dezembro de 2008

A última parada antes da passagem

Vamos agrupar as placas
Vamos incendiar a passagem
Fazer dela cinza mera imagem
Deixar as luzes se encontrarem
E sumir , sumir , sumir

Senhores, ja estão armados
Um novo avanço
Uma teologia exemplificada
A inflamação dos egos
Estática , estática , estática

E eu balanço as minhas pernas
Percebo vagamente que passava um sonho
Uma igualdade, uma lógica , uma resposta
Era como se o peso do coração desse asas
E afastaria toda mecanização de almas
Mas como era sonho , se eu podia tocar sua façe?
Como eu poderia não estar envelhecendo e apodrecendo
Como eu queria não me importar com a respiração
E é só por uma meta , um traço ou uma análise
Que eu continuo aqui , pra poder sobreviver
E ouvir uma voz que me tira do transe
E me faz voar pra longe
Longe , longe, longe

E quando num último instante abro os meus olhos
Eu me vejo carregado por soldados
Eu ouço explosões e gritos desesperados
Eu sinto uma gelada chuva que me paralisa
Eu tenho sangue jorrando e um ferimento de bala
Dói , e muito , minha carne queima
E quando me vejo em conflito
Eu tinha uma paz
Eu tinha uma música
Eu tinha um sorriso
Eu tinha um amor

Agora sou um corpo carregado
Que vai se juntar na trincheira
E junto com uma carta
Anunciará um fim catalogado
Parte mais uma idéia
Que vai ser empacotada num caixa
Jogada num mar em nome do heroísmo
E afundar

Então vamos à guerra, ainda não terminou
Máquina

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Avançar/Produzir/Afetar/Construir?

Mais produção
Mais produção
Mais produção
Mais produção

A indústria deslancha
A fumaça embaraça o céu da primavera
Destrinchando a mente puritana
Consolidando o poder a qual quer se reafirmar

Recolonizar é preciso
A dominação caminha junto à engrenagens

Mais produção
Mais produção
Mais produção
Mais produção

Se talvez por meados de 1914
Houvesse uma pacata conversa?
Houvesse uma coerente distribuição?
Os pólos tomariam rumos diferentes

As idéias voltariam para uma outra vertente
Mas regidas sobre uma revolução eclesiástica
Que absorve os efeitos sociais durante séculos
A redivisão mundial foi feita

E será somente refeita, moldada
Transformada à prejuízo da massa
Fortalecida ao poder moderador
Que contrasta com uma utópica democracia

Mais corpos
Mais arquivos
Mais armas
Mais nada!

Talvez se encolhesse
Caminharia na mesma velocidade?
Talvez se esticasse
Caminharia na mesma integridade?

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Toda relatividade na prática salvatória

Fizeram suas escolhas? Brigaram com os detalhes?
Me separe por favor , me isole desse terror
Eu vejo um senhor bem vestido , tinha uma bela gravata
Dizia palavras infalíveis
Parecia estar se sentindo na condição de Deus.
Já me roubaram a certeza do certo e errado
Desabo , acato , refaço , durmo sobre a lógica

Como se colocar acima do imbecil do óbvio?
Como usufruir de fantasia pra acalmar?
Como usar artifícios é a questão
É pesado ,e espanca as artérias de um coração
Calhou a tantos esse dom de inquietar o social
E prevaleçer à margem da moralidade

Enviar as cartas , analisar os sistemas
Nada convoca uma nova multidão
Tãopouco uma minoria pra me salvar
É caindo e desesperado pela resposta
Que absorvo todo prazer de perder
E alavanco um sorriso apático

Jamais serei herói
Jamais será herói
Jamais seremos heróis
O heroísmo em si, é um segmento
Ultrapassado/moderno
Combinado com as tendências individuais

Parabéns Soldado!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Vertentes que giram pro mesmo lado

Hoje, eu tenho uma mala, eu tenho uma faca
Eu tenho uma marca e mais o argumentos
De quem vê na expansão
Fuga orientada buscando sempre a razão

Hoje eu vejo no acaso, a formação do espaço
Alimentando o ato
De que basta analisar pra ver e perceber
Que a formação da idéia provém da derivação


Vão , vão em paz corpos em vão
E então? O que você fez aqui?

domingo, 16 de novembro de 2008

Destino

Pode até parecer contextual
Mas devia acatar mesmo que não pudesse
Uma ordem interplanetária
Dois maços de 50 versos de palavras

Provando do desespero da dúvida
Absorvendo as questões do óbvio
São chaves ligadas
São peças desmontadas

É um descaso formando outra figura na nuvem

E no ponto que se percebe
Uma fração de segundos
As passagens se sobressaindo umas às outras
Tijolos postos num caminho de expansão

E é estranho desvendar pedaços de vidas
Alinhar um sentimento com a intriga
De como as partes são praticadas
De como tudo se espairece

E não consigo entender o que realmente tem que se fazer

É feito luz divina
Cai sobre teus olhos e purifica
Puxa suas pernas e te apodreçe
Te deixa largado no ar
Amputando os planos
Invertendo tudo o que parecia coerente e divertido
Pesado sem um certo limite
Frustrado por saber que paira sempre a mesma pergunta
E sem saber que vai ter um fim
Dê-me um beijo , abraço e adeus
Nunca mais , Nunca mais
Prove ao contrário
De como essa brilhante tendência , não vale de nada
Me prove.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Período de Transição

Basicamente , após adentrar ingenuamente as atmosferas relutantes e dimensões revitalizadoras,o momento em que se aprimora a sede de entender passa por uma sujeita metamorfose. É um vago espaço entre vida e morte, é algo incompreensível sem fazer um sentido casual em certos momentos. Dentre os 33 últimos pequenos e sucessivos projetos de manifestos, que coincidentemente batem com a idade em que Cristo parece ter morrido,dá ênfase a tentativa de repassar e rea-primorar conceitos e bases estruturais que sequer foram abaladas.

O que prioriza o dizer hoje são os mecanismos sociais, interligações e mobilidades, avanços e crenças, monopólios e distribuições asseguradas firmemente pelo capital que se locomove de
forma assombrosa, trazendo as demais derivações de fatos e acasos que acumulam a dúvida do ser humano , que o corrompe de forma consagrada , o que move uma metrópole e torna o ar
mais artificial.

Com isso tudo ainda é possível encontrar sentimento, ilusão e cotidiano o que vem sido apaticamente envolvido pelo individualismo o alavancar do ego em beneficio próprio,
a mecanização do pesamento e compostura de um arquivo falante.

O momento que se recria é a transição, as passagens por todos regimes liberais e conservadores, as inquietações sobre o prazer da crença o julgar de uma fé, as ciências favoráveis à uma
evolução , o forjar de doenças em nome do lucro, a caminhada ao espaço, falsa diplomacia entre
Estados independentes, relações de submissão e imperialismo, fome , desespero, agonia, segregações étnicas, remoto plano por paz e inclusive por
incrível que se pareça o amor como um todo.

Enfim o que se retrata em convenções e nunca é resolvido, a dúvida do ser humano.
- Pobre ser humano.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Última parte da Sobrevivência, sétima

Sobrevoo com as asas que Santo Cristo me emprestaste
Ele combinou com Lucífer de não intervirem mutuamente para ambos os lados
Disseram que coube à mim esta solene condição
Ecos amplificados rebatem ao remoto desejo de viver
Tudo que tocamos não passou do abstrato lixo econômico

Eu tento reconstruir um robusto pensamento
E quando realmente precisamos, somos traídos
Como subalternos do teórico alucinador de engrenagens
Vai ver, bem ver , estão instalando armas de fogo
Com grande poder de destruição para sujeitos do atlântico

O mundo já não acumula o tenso ar bipolar
Agora oito derivações estabelecem o poder
Exatamente como o portal que me trouxe ao velho projeto de vida
Sem correr à decoração do sorriso , tento defender a pacificação eliminatória
Venha conosco , estenda a mão esqueça a crença e vamos fazer o valer

Não alimentaremos ódio ,pois estamos reformulando as novas catástrofes
As mesmas estrofes que brasões absolutos defendem
Dizem ser o rei Sol, sem mais saber o que retém tanto poder
Eu vejo a nova guerra como um teatro forjado
Para controlar e pregar o novo testamento maquiavélico
Os impérios lutam entre si contra as bases culturais
As artérias saqueiam o sangue virgem posto à sacrifício
Bombas , bombas e mais fogos de artifício
Bandeira branca pra seduzir e acatar
Vamos ao novo sistema miserável
Encontro o desespero amigável
Agora dois caças cortam as coligações
Agora as ruínas são dadas à mostra
Agora usaremos somente paus e pedras pra lutar
Agora é plano feito as horas que nos cercam
Agora é somente preocupar o vazio comodismo
Agora convém transformar o delírio
Na prioridade moral , no efeito real
Mas após vermos tanta pólvora e material nuclear
Não correremos feito estrelas decadentes
Vamos gritar todo nosso medo , preparem-se!
Pois a grande reunião está pronta para ser acesa
Veja dos demais horizontes e litorais
Abismos e montanhas
Todas as artes metafóricas e contrastadas
Num único ideal , Num único e perceptivo sentido
Um novo Eclipse , junção de todas as moléculas
O cooperativismo benéfico e propagador
Virá demais enfim o bem?
Não chores meu bem , não ponha teu medo ao acaso
Pois não estamos sozinhos
E este é apenas o começo.
Só o começo.

sábado, 1 de novembro de 2008

É só uma cadeia programática

Trêmulo, catando o vento
Revigorando toda arte propícia fora do momento
Atrás do redemoinho, embriões navegam
Evoluem como flageladas sementes
Sem amor, sem compaixão, na base da razão

Mais aquém de toda essa virtude
Vem concretas indulgências
Prontas pra te ceder o alívio
Ontem pensávamos existir
Agora construímos a plana decadência

Dentre sacos de moedas e auto-estimas
Maquinamos o poder, impondo sub-culturas
Arquitetando o maquiavélico, visto de longa idade
Que átomos pacíficos se jogam de prédios
Absorvendo o ar metropolitano
Iniciando o iminente desespero
O náufrago do sistema lucrativo
Se entrega no princípio eclesiástico
De onde as mais belas migalhas
Afundam cada dia o ingênuo coração

Convento Secular Carnal

Cadelas desgarradas rangem como putas
Em minha deliberada sacada
Sou nomeado o eleitor da carne acelerada

É de fato debaixo de paranoia
Que as camadas se divergem
Forçando um caso de desnaturalização

O que convém com a intenção
Feita por si de deflorar a parte
Abrangem conhecimentos e doutrinas periódicas

É de fato debaixo de um manto
Que as camadas se entrelaçam
Forçando um caso libidinoso

Aonde se encontra o macrosanto?
Aonde impregna a artéria?
Liberais e fervorosos acumulam o atraso
De um século morto e esperançoso

domingo, 26 de outubro de 2008

11 quereres , dados aos espaços

Eu quero mais loucura
Desenvoltura e conexão com o prazer
Eu quero menos erudição
Pra me adaptar com a corrida armada
Eu quero uma tarde de aplausos
Um livro assinado e meia volta no oeste

Decifrando o que sobra de matérias cefálicas
Encravo três palmos de facadas em veias
Assim atuo feito excelente dramaturgo
Como aqueles que te convencem em noites semanais

Eu quero o sabor do mistério
Debater tudo e todos atrás de abrangimentos
Eu quero o querer de ter e sem menos atrasar
Os relógios perimetrais que aceleram a vida

Descer as escadas e dar de cara com avenida
Pavimentada e movimentada
Subir o vale de encontro ao buraco
Elevado e atrativo

Queda na matinê do show de pavores
Eu quero um ar que se respire
Eu quero um lar que se atire
Eu quero um mar que se afogue
Quero mais é um ódio que se prolongue
Pra não ter que fingir do adeus
Pra enfim me livrar de palavras
Eu quero , quero e escapo

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O graduado que ficou louco por infringir as leis morais

Certifiquei-me de que não haveria abutres pra atazanar
Pronto! sentei-me com vagos pensamentos à tentar entender
Até que me embaracei com um princípio de conclusão
Questionei as paredes se realmente estava agindo de acordo
Mas que acordo? que desatino? que repúdio? qual seria?
Se toda descrença se move ao deslumbramento e apavoramento
Nossa tendência busca os finais felizes e capitalizados
Sem saborear o sentido frio,vazio,cruel do decorrer da vida
Sempre seremos assim contentes dementes
Acostumados com a ignorância
Acomodados com a ordem
Habituados a termos uma visão banida de privilégios e razões
Pois assim a máquina funciona, dá lucro e emociona.

Mas me escuta Ana, eu vou me enquadrar
Vou ter uma ocupação
Vou estudar o estático
Vou criar laços afetivos
Vou fazer uma árvore
Vou ser alguém na vida
Morrer e nada mais, só isso
É isto que quer? Vá em frente as possibilidades estão aí
Mercados e indústrias de androides falantes estão fervilhando
Vá em frente , seja mais um e nada mais.

Eu na verdade vou até o paraíso
Conversar com meu amigo Jesus Cristo
Perguntar que tanto ele fez
Pra fazer de todo nosso pensar uma devastação
De miníma manifestação do infinito
Me explica bem meu amigo
Pois eu vou descer como anjo caído
E quebrar todos o paradigmas
Criar um novo livro de lendas
E ditar todas elas , a modo de que possamos realmente entender
Que toda estrutura não se limita somente à moral e compostura
Acredite , é muito mais que olhos nus possam ver .

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O revertério de convenções de idéias ao meu favor

Eu tenho argumentos que serão consagrados
E você nem liga meu bem , age feito moderninha
Eu tenho propagações de deixar trêmulos os mais conservadores
E você nem liga meu bem , deixa agir o ócio
Eu tenho arquiteturas inabaláveis
E você nem liga meu bem , age feito desconhecida
Eu tenho a cura pra sua doença
E você nem liga meu bem , deixa agir desprezo

O que te afaga é a normalidade
Retém teus neurônios misteriosamente
É feito vício , desperdício e legitimação
Hora de dormir e sonhar com possibilidades

Mas me aperta entender esse desvio para o estático
Não existem relatos que comprovem esse mal
Traga-me a resposta amor
Traga-me a negação como solução
Traga-me a esperança de um falso sonho
Pra poder te fazer pensar

Você como uma qualquer pode me ensinar os trejeitos
Pra cair na tua rede desfigurada e analógica
Adentraria vibrante , feito moleque!
Dentre as demais nostalgias voluptuosas
Sobra teu olhar frio e ignorante
Que congela , desanima e arrebenta
Os restantes projetos de frases convincentes que armei pra ti
Se eu pudesse...
Ah se eu pudesse...
Se pudesse ser e nada mais
O revertério de convenções de ideias ao meu favor

É que de fato tenho o carma para amar o inexistente
É que de fato nasci pra ser somente escória

domingo, 5 de outubro de 2008

Sobrevivência parte 6 - Recomeço

Equalizam mundos , frequências repartidas
Meio termo pra causar ar de passividade
No prólogo de um conflito surreal

Pregam paz de um ideal falso patriota
Acumulamos ostentações baseadas no cansaço
Término das asas de mais um pensamento

Intriga saber que somos puxados ao esboço
Feito de cinza e paralelas ocasiões
Nos acomodamos sem saber e relaxamos impiedosamente

De um tanto que deveríamos jogar fora
Sem o medo de que o conceito irá trincar
Dando caminho à luz da compreensão
Sei que justo é quem desencadeia
E leva abstrata fé , em um criador
O que tende à reclinar e se afastar
É o desespero e desamparo
Capacitando a fenda para o infinito
Eu sei bem que desafiar tantos impérios
Me custará a passagem chamada morte
Agradeço mesmo, com todo batimento
Mas já conquistei falsa proeza
Agora retorno de minha epopeia
Carburado de feições e poder
Pra poder concluir o que ainda sobra de uma ferida ideia

sábado, 27 de setembro de 2008

Adaptação ao escapismo

Cirurgiões escabriados rebelam-se na nova odisseia
Mas tenha dó , só não somos injustos angustiados
Sossegados com o afago e mais pilares divergentes
Segura no meu cinto , não afrouxa e arrebita o ponto fraco
Dentre as demais complexas razões do egocentrismo atracado
Mais lençóis por favor , traga-me outros tons amenizados
E mais garrafas de dietéticos destilados
Pois preciso armar minha fuga
Não convém , é apenas uma noite de um dia difícil
Então corte afundo sem a cegueira da dor
Os pequenos braços enraizados nos canais balcânicos
Adentre neste vácuo uma máquina e antidepressivos

Então reflete da janela circular , o olhar curioso
Travadas são as tentativas de envolver
Entretanto, coube à mim resignar e observar
Só quero apertar teu abraço
Pena que me custas uns acasos, receios e trejeitos
Estou falido de tais falsas dádivas, se te serves de exemplos
Assim observamos as torrenciais e argumentamos sobre existências
A lotação passa e te carrega como o vento
Como de sempre, mal sinto o toque e recrio analgésicos alteregos

Anestesiado como pluma de vigor
Os dois pólos parecem criar a herança descrente
Assassinam argumentos poderosos
Pra assimilarem loucura à tendência
Apenas espero o momento certo pra agir
Infelizmente, os paradigmas já são invulneráveis
Tentariam te convencer se fosse futuro
O arranque do passado só causa sorrisos
Para os que somente gargalham
Aos vistos de paz , entregam-lhe somente agonia
Pegue já seu ticket, a sessão começa daqui à cinco minutos
E já deram ignição no pobre pássaro do horror
Um dia há de surgir céu, mas outro dia
Hoje ainda queremos solo pra só pensar:
Estamos à salvos

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O Último caso de isolamento periférico

Um dia me disseram que a glória
é precisamente paralela com a trepidação
é presumidamente convexa com a ganância
Tentei entender , mas só surtei
Propositalmente tal surto desencadeia meu abafar
Não há combinações e absorção
Sobra em excesso o que se deve distribuir
Mas além do aqui , abafo como um forno
Ao ver rastejo de massas cefálicas
Aprendo que o acaso me enjaulou
E tende à se divertir de desgraças médias em horas vagas
Pois pra todo resto é duro aguentar o corpo se desmantelar
Sobra somente a parábola estática e nada mais
Porém busco afundar , afundar e compreender
Ao me deparar com o sétimo portão, era possível avistar
Uma dimensão quebrada , como um fim de festa
Assola-me fantasma do firmamento, faz jus à tua tal glória
Exibe sem pudor os corpos mortos pela insatisfação
Sobra à mim te amar isoladamente e nada mais
Pois já não há forças pra gritar
Perdão...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sujeito à reprovação

Veja bem, nunca me portei ao entendimento das exatidões
Procurei sempre amar o lado humano do pensar
Mas as facas de convulsões estão assolando meu ar
Veja bem, eu tentei montar isso por ti é só

Parece que a fétida carne aglomera meus olhos
Tapando-me simples visões, solenes e tanto sólidas
Tentei aprender como um empenhado conhecedor
Mas vai ver, está tudo entortando nas demandas ocasionais

Sou lançado pra fora do céu, sem asas
À mercê dos prejuízos, juízes matusaléns
Sem nenhuma piedade, canto de coitado
Pra tragar do sossego, se ainda ele fizer parte de meu raciocínio
Pois a fé já não vale de bosta nenhuma, apavorado sorrir

Te questiono meu bem, bem como um interrogatório coerente
O que te custas um ofício ?
O que te custas um amor?
O que te custas uma paz?
Pois bem, coube à mim sofrer de tais enfermidades
E tentei te provar que sou capaz
Planejei tudo isso pra você
Talvez inverteram todo o quadro
E no minimo te cegaram
Sabe-se lá o que realmente aconteceu
Só sobra à mim a dor de te olhar , nada mais
É extenso e complexo te abraçar ,tudo mais

O mais triste é saber que quem predestinou tudo isso,
Foi eu mesmo acima de todas as sombras

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Sobrevivência parte 5

Salivas brotoejam , talvez com impertinentes flores
O ar de conversa casual é montado
E não demora muito o questionamento, assim bem complexo
É cortejado como grande anfitrião de tediosas noites
Mas só no perplexo não dá pra saber
Pálios insípidos e pavimentados das sujeiras dos pés
Damos inicio ao inesperado e ansioso tribunal de escapamento
Feito um indicador, e digo mais um condutor
Esbraveja com aquele temeroso sorriso os pontos vitais
Horror, abre a porta e aperte a mão do medo pra somente simbolizar
É que já estamos em círculos e dos mais derivados
Lá vem o surreal , comendo e expurgando as tripas do social
Tá bem mais um gole
Té mais , sei que já acolhi
Ora! vejamos o todo do caso
Não bem confortante teu orvalho , que calha justamente em desabar
Incoerência em dizer que daremos voltas e chegaremos nesse mesmo ponto
Pois teu canto é guardado, vai do leigo ao erudito
Reservada e congruente resposta, virá sim!
Creia , nosso amanhã não é quando o sol nasce
Mas realmente quando se toca na dimensão

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

3 centavos e um pouco de acaso

A versatilidade de como tudo se desfaz
A nossa pobre conduta sempre é jamais
Se meu ar ácido, nos valesse
Uma miséria qualquer, prazer
Se batessem palmas
Não vomitaria
Se chorassem provas
Nunca existiria
Pois vivemos de qualquer mentira
Seja da mais barata à elaborada

domingo, 7 de setembro de 2008

A flor que achei nos Elísios

Não tem nada além de teu dizer
Pra enfim perpetuar a condição
Traga-me teus olhares, os mais incógnitos códigos
Não vou disfarçar o pensamento
Tampouco o que se considera uma transição do pensar
Pra surtir efeito nessa desinência factual
Traga-me teus abraços, ímpetos de desejos
Jamais decifraria a pétala que mora em ti
És de tanta simplicidade e graciosidade
Tal contraste , deixa meu entender sem reação
Explica nos mais pálidos detalhes
Essa paz que te rodeia, canta pra mim
Desenha nessa superfície o alinhamento da conjuntura
É como se pudesse ver teu semblante nesse incandescente céu
É como se contasse com a pouca e derivada sorte
Nem mais as complexas estruturas
Irão decifrar tanta beleza
Tal esta que aperta meu inacabado coração
Perdoa por tanto te exaltar,mas já não existe mais um outro imaginar
Pois sem estas ocorrências, enxergaria somente o cinza
Vai além mar flor e mais , voa...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Grito egocêntrico e desesperado por paz

Era como se o céu estivesse sangrando
Não tem mais de um porém pra alimentar minha secura
Dentre as demais portas esculpidas por anjos caídos
Foram coincidentemente fechadas pela bondade
Eu e meu grito personificado

Na verdade, precisava de um acalanto
Teus colos pra retrair meu pesado som
Mas me dê as chaves querida , entregue a afirmação
O que te custas? o que vai mesmo acarretar?
Aqui jaz a permanência da contrariedade

Mas justo eu , um abdicador de pecados
Vejo-me entre espelhos, estou quebrando a afasia
Repetindo o mesmo vinil de pregações nucleares
Eu imploro por ti normalidade
Quero que venha até meu lar e desfrute de tudo
Quero que faça de meu comportamento regular
Quero que me incline à pensar mais no meu concreto
Quero mais que abstinência, explodir as quatro paredes de sonhos
Pra poder enfim recair e viver no purgatório
Ah volta , vinde à mim alívio

Canto mesmo , individualmente
Sem mais a quem tentar salvar
Eu e meu grito egocêntrico e desesperado por fajuta paz

sábado, 30 de agosto de 2008

Missão

Vamos aos passos , desregulando neurônios
Contando cada traumatismo do asfalto
Evidenciando o poder de quebrar a cabeça do intruso
Macropsicopatas e uma sensação de perseguição
Só vamos tentar provar as intenções
Misteriosamente os comportamentos
Vão entrando em um confronto abatido e perigoso
Batendo em sua própria face
Esmigalhando a ferida com o ignorar
Mutuando uma dolorosa análise de encaixes
E vem conosco o mal do ego
Vem mesmo pra desvirtuar dramatizando os valores
Tão quanto de lá éticos e sem algum argumentativo sabor
E vai pra cima a mistura de ideias
Vai mesmo pra explodir com coração
Tão aqui abaixo observadas com a nostalgia
Estamos combinados e aos poucos evoluindo
Escravizar o pensar já é fracasso
Aguardem confiantes
Pois a reconquista é apenas um dos passos
Para decifrar o poder da missão.

domingo, 24 de agosto de 2008

4ª parte da Sobrevivência (A travessia da matéria para alma)

Minha matéria está a 7 palmos de terra
Se deteriorando , alimentando adaptados
Ao subterraneo sabor da palpitação e do rastejo
Por alguns instantes, pensei ser só desagua

Entre suspeitas e compreendimentos
Entre debates e prêmios
Projetaram o DNA incorreto de um Nefasto
Ao mesmo tempo injetaram nas minhas pupilas doses de otimismo
Por alguns dias, pensei em me tornar um algoz

Mas desse porém eu sobrevivi , de forma derivada
Atacando o miocárdio copiosamente, dei sangue ao podre
Mas ainda assim não tenho o convencional argumento
Ainda não Helena , ainda não Lysithea meus tremendos perdões
Pois junto à mim, Pandora só vos oferce os ardores de cada epopeia
Por alguns anos, pensei estar junto do criador

Mais que benevolência, ultraviolência e conto mental!
Em demasiadas estruturas eu vejo uma inteligência desumana
Eles sabem o motivo e ainda ofuscam a verdade
Para não corromper com a deslúcida e arrogante fé de cada dia
Teu guru, guiador, orador assim como seja chamado
Esteve aqui há muito tempo e oculto ainda observa e estuda
Não confunda progresso estático com teorias de evolução
Por alguns milênios, ainda estamos no começo da festa
Somente 4.000 luares dentre 4 bilhões de sóis

por alguns instantes, agradeço por afundar minhas moléculas
por alguns dias, dei ignição na chave do aquém atmosférico
por alguns anos, vou alinhar todos os planetas
por alguns milênios, vou atravessar derivadas dimensões
e por algumas saudades parti daqui pra alimentar minha alma

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Ravlas Son Ari Ale Aid Mu - Feto

Um pesadelo recomeça
Com a propagação do errado manifesto
A agonia envia seus pedaços de cor
Com a retenção dos informes semanais
e subversivamente máquinas dão inicio as atividades

Não me interessa a cura
O que me desenvolve é a doença
Fruto que plantou no meu coração
Não servirá de pacífica demonstração ou co-relação
Simplesmente é a lógica inerte e maquiavélica

Aonde até o firmamento será um mártir
Desaguaremos ciências e teorias
Implantaremos romances baratos e alto índice de depressão
Essas básicas estatísticas analisam o diâmetro de nossa cova
Nos deram asas, pólvoras e inteligência
Agora escapamos com ódio, tecnologia e fajuta diplomacia
O feto ainda nos sobrevoa e observa
Ainda és um feto, ainda...
Um dia ela irá nos salvar

domingo, 3 de agosto de 2008

O Desbravador do Universo

Nasceu em velocidade fulminante, na verdade que difere
Atravessou de um plano para essa substância
Com um grande poder de persuasão
Nem se quer planejou o que chamam de começo
Atacou e recriou as dimensões

Perdão Messias, agora é tarde
Há tempos já lançaram do céu o anjo tecnológico
Intensamente ele caiu e distribuiu a epidemia
Fez de nós fitas e anomalias falantes

Tracejou uma linha surreal de Clevón
Perfurou o ambiente com Césio
Delimitou as horas e engrenagens
O monolito estava ativado para eclosão

Cuidado Messias! acione os sinais de alarme
Desfaça suas antíteses convincentes
Não mande os soldados lutarem por um ideal insatisfatório
Pois ele está vindo até nós, com a mesma sede que tiveste
Se chegarmos até o núcleo ainda haverá escapatória

Aqueles corpos que perderam a aurora
São as mesmas almas que nos atormentam
Agora sucessivamente, sem médias e misericórdias
Assassinam nossas gotas de vivacidade e compreensão

Vamos! Culpem o Messias!

domingo, 13 de julho de 2008

Unidade de Transtorno Intensivo (Sobrevivência parte 3)

Corpo, drama, aquecimento do crânio
São as veias do novo milênio
Que busca a salvação no retrô
Lá de cima da ponta esquerda do Império
Bate um peito, um coração, na verdade um derivado de sentimento

Abordaram as entrevistas de psicanalistas kamikazes
Eles brotaram de vários conflitos, são como uma epidemia
Estão aí apenas pra te emprestar esperanças e roubar bem estar
Não culpe-os, jamais! Culpe toda aquela combinação de prepotência
Tendência de querer ser potência, frutos lixos do novo e desgastado mesmo século

Um termo se apaga pelo outro por causa da adição de ganância
Um termo se distancia dos demais por ser camuflado de poder
Nosso termo é a falta do pensar, formada pela falta de saber
Parabéns doce e velho pregador, tudo o que quis está se enfileirando

Quartos, salas e um banheiro
Leito desgarrado de qualquer hospital
Deitado numa precisa UTI
Estou bem sim
Pois aqui vivo da utopia idealizada
Voa para o inferno! paz barata.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Reza à lenda

Eu rezo
Rezo pra espantar, pra ter o otimismo
Fé assegurada de que o peso vai partir
Eu rezo
Rezo pra atrair o moralismo, banalismo de conjunturas
Peças enfileiradas que fazem a sincronia apavorada

Desespero por agir
Afundo no peito terás prisão e pálpebras
Fluente nascente de duas vidas espelhadas
Reza dor , reza por todos
Traga consigo a falta de humor bem qualificada
Traga toda aquela absurda ideia de covardia
Traga o trago para adentrar meus pulmões
Traga a fajuta utopia, máquinas, brasões e uma paz
Que venham também o agir com a inibição
Pra ajudar o pobre chamado medo

Eu afinal do aqui rezo mesmo!
Se percebes querida!
Rezo por ti , rezo por nós!
Rezo pro silêncio, vá às 6
Rezo pelo sossego, vós presente
Prezo pela nossa partida, de outro plano
Prezo por ti meu avanço
Sem que mais rezar e prezar
Faça tanto doer
Aquele corpo doente que visa de cá
Já não é mais o brilho, nem amigo
É só um fio perturbador de leves almas
Reze por nós , por favor!

domingo, 29 de junho de 2008

Continuidade da covardia de um dizer

Me desculpa, mas me perdoa mesmo
Por alterar os satélites, nada linear
Canto meu querer teu sorriso
Implicar meu afogamento, salvar toda antítese
Tese maldita que se apaixonou pela mentira

E olha que solicitaram espaços
Estreita bifurcação em seus passos
Minha figura de adoração
É teu vago olhar, pronto pra me puxar
Como queria dizer que não existo sem isso

Mas me perdoa mesmo, tenha dó
Toda aquela pena adjetiva que se espera
Por te amar, cantar entre teus versos
Nunca vai ter fim essa desordem
A mente acovarda o dizer
é manhã de outra branca porcelana
Lá se vem mais uns códigos
Me dê esta chance de ter descontroladamente
Todas as qualidades que enfeitam nosso quadro
Não há artigo específico melhor
Que iluminar nossos passos, acordar
Ver a desenvoltura de sua paz
Diz mais, muito a mais de que necessito
É ter teus braços alados pra poder voar...

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Amor vendido em qualquer lugar

Amar é bom,odiar é o ápice de todo amor
Esse amor barato e estúpido que bate é verdade
É como um feto,pronto pra explodir e voar
Amar é ruim,quando não se calcula a gravidade da ilusão
Amor,amor e mais amor...
Pra que tanto amor? O ato da razão é mais forte
O acelerar do peito,o suor frio,a limitação
Características simples de qualquer transição de sentimento
Jamais fizeram tal encaixe como meu tracejar e andar
Batem em sentido negativo,fazendo eclodir o transtorno
Queria ser a normalidade pra surrar meu coração
Orientar o breve sabor da negação
Quem sabe um dia?
Eu aprenda a encaixar as suas frases
Todas numa caixa de possibilidades esperançosas

Eis que vulgarizo meu alívio
Só com teu beijo e abraço, diz dádiva.

domingo, 22 de junho de 2008

Sobrevivência parte 2

Cemitérios de prata esverdeada sinalizam o recomeço
Vem de longa data que outrora está aquém da superfície
Mãos refinadas no ar enfeitam a dança dos corpos
Mira-se no alvo e acrescenta festa ao descaso

Junte a probabilidade com a decadência
Virilidade com o eloquente
Diga-me se consegue andar?
Separe o contexto de grandes heróis
Pilares e grandes estruturas
Diga-me se consegue flutuar?

Nesse céu de linha escura e torta
Nessa linha de céu agonizante excitante
Eu quero é você pra mim , me acabando assim
Desintegrando toda a matéria da alma
Juro que não vou pular
Se você agarrar o último pedaço de meu braço

A terra de Vênus tá se mexendo
Entorpecendo as novas raízes , novas gerações
Acumuladas tão prematuramente pelo cansaço
Fato de discórdia do acaso, caiu!
Maldade incriminar estes pobres
Deixa-los surtir a satisfação ignorante
É bem mais fácil do que se esquartejar atrás da resposta

Eu quero é você assim
Submissa à minha verdade, me acalmando ao evento
Recria sua pintura, tenta pensar na dimensão da visão
Rasgue sua moral
Faça o Afinal
Consuma do belo desgosto
Aprenda a orientar-se
Verá que seu castelo , não passa de um grão de areia
Vai em paz doce pena do amor, asa dianteira da incoerência...

terça-feira, 17 de junho de 2008

Sobrevivência parte 1

Comprei uma arma
Pra te matar
Pra me matar
Pra nos matar

Comprei uma ideia
Pra absorver
Pra canalizar
Pra fingir

O fato se repete além do acaso
Os ossos já não aguentam mais
Empurram contra parede
Lhe indicam a melhor saída de sobrevivência
Roubaram sua opinião, e você sorri
Faz deste lindo acidente mais uma confraternização

É nessa hora que o coração explode
É nessa hora que tudo se relaciona
A derivação em massa é necessária
Para os doentes sedentos de informação
Meu corpo balbucia leves tremores
E assim uma bala atravessa minha cabeça

Digo que não resisti à moral estática
A chuva de culpas e desculpas
Já não me serve mais
Já não tem a mesma emoção
De explodir um pensamento
De calhar toda figura com o momento

Você podia aparecer flamejante
Como um coração inacabado e ingênuo
Não iria hesitar em lhe acertar uma bala
No meio de teus seios
Do mesmo calibre que comprei pra satisfazer minha sede
Não iria entender, nunca vai mesmo compreender?

Que só faço lógica
Que só respiro sem o elevado peso
Que só penso com insanidade
Com teu corpo estirado no meu chão.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Primeira letra de 12 dias

Analiso a desenvoltura do teu sorriso
Delimito a vergonha do dizer por segundos
Recrio uma forma de te amar, a mais sincera
Ilimitadas são as estrelas, o universo
A qual teu corpo pertence , a qual quero fazer parte
Na linda dança dos lábios
Alegria infinita seria antecipar tal fato

Agora eu tento, na cabeça encaixar
Milhões de pensamentos , momentos
A cor do teu olhar me desalinha
Inclina à um sentimento contido, o brilho!
Sinceramente , queria descobrir o sentido real

Linda! me deixa em transe, um tanto nostálgico
Inventa e prolonga o tempo
Nada mais surte efeito sem teu padecer
Devaneio de frases partidas, amadas, sofridas
Agora me de a liberdade de sentir tal verdade
Diz pra mim que isso não é simples encanto
Você pode sentir o ar?
Confesso que faria seu coração voar
Além desse porém, nada vai passar de sonho...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Verdadeiros expressos

Verdade atraí para razão
Ilumina a culpa , consciência
Destrói a fantasia
Desfaz a alegria

Você sabe , você sente
Que a qualquer partida
O exato firmamento
Adormece o sentimento

A minha lógica de consumir isto aqui
Discorda de sua linha centralizada e moralista
Mas mesmo desse enfim
Eu sinto a necessidade de seu corpo , seu sorriso

Verdade...

Verdade inclina à uma leve dor no coração
Um sincero peso que divide , difere
O bem e mal , grande diferença faz
Quando se usa pequenos artifícios
Pra canalizar o foco em você

Vi , senti , parti
A linha vertical se desfazendo
Era como se pudéssemos tocar
Um pequeno pedaço de conforto e revolta

Minha mão presa no ar
A multidão enxergava a pena
O sabor de exatidão era suspeito
Estava tudo ao seu redor

Verdade nua , pura e crua
Como uma puta!
Graciosa e tentadora
Perigosa e avaliadora

De quais valores precisamos?
A pregação inexistente da sinceridade?
A doce dor da ilusão?
O peso do comodismo ?
A própria farsa de toda relação e visão psicológica?

Um verdadeiro precisa de todas para coagir com a verdade.
Ah Verdade.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Momento

Tudo condiz com o momento
A sua alegria , a sua tristeza
A tua compaixão de ser tão pequena assim

Tudo contraria esse momento
A sua beleza , a sua sabedoria
A tua decisão perante aqueles que se entrelaçam

Não existe mais momento!
Não existe mais momento!
E por fim temos um invento
Um devaneio de palavras que voam mundo afora

Como os aviões de Pearl Harbor
Cruzando com as aves de Hiroshima
Um show de luzes desalinhadas em cena
Veja como foi lindo derramar todo esse efeito

Estamos combatendo a incoerência sobrada por gerações
Estamos vivendo a desilusão de sonhar com um próspero nada
Estamos cansados de relacionar os fatos sem sucesso
Somos o próprio meio sem um fim justificado!

Quando o céu enfileirar
Quando a estrela cair
Quando o Universo existir...
Abra a janela ! pois isto é real...

domingo, 1 de junho de 2008

O céu desenhado de giz

É só mais um sol se pondo
Ponderando toda a atividade
Lá se vai toda a alegria rebuscada
Seja bem vindo bom senso! Muito prazer!

E quem colhe nas semanas?
Migalhas repassadas em nada
E quem escolhe o momento?
Pra viver de ontem , um presente sem futuro

É só mais uma chuva caindo
Consumindo todo a intriga
La se vai toda a ideia formada
Vá embora bom senso! Por favor!

Precisamente dizendo que de nada temos tudo
Refazendo toda coerência de modo que tudo se alterne
Anteriormente poderíamos matar o medo
Trazendo toda falta de harmonia nos nossos lares

Eu vou antecipar minha alma do corpo
Eu vou esfaquear minha lógica em você
Amanhã terá um nunca.
Nunca siga a fuga
Flutuando nesse céu de giz
Existirá um dia alívio?
Existirá um dia o sentimento?
Existirá um dia o amor?

Diga-se de passagem , que muitos estão sem tempo pra isso...

sábado, 24 de maio de 2008

Além do Pregadores

Num passe de mágica tudo se reparte
Poderia ser em 3 ou 73 partes iguais
Sem que pudéssemos jamais indicar
Nesse mesmo passe , a atração reforça
Toda linha de pensamento exposta
Que convida boas cartadas e mesas
Nesse olhar que tritura minhas pernas
Esse mesmo olhar que me envergonha de olhar
A tua expressão de insatisfação
Parabéns! Olha como tudo coagiu como quiséssemos
Temos em mãos um ruído com melodias
Temos em paz nada pra declarar do que sentimos
O universo é bem mais interessante e complexo
Do que as próprias teorias possam relatar
E até dói saber que apenas formigas se interessam


Mas eu plantei em outra dimensão
Toda a angústia ensinada e ensaiada
É isso o que Eu sinto?
É isso que compõe meu desprazer?
Por não acreditar nos fatos jogados como folhas
Forças maiores não dirão isto
Se é que entendem toda essa contradição estruturada
O sujeito com a mala em cima do penhasco
Vê todo o sentido e desgraça
De tentar montar seu quadro superficial
E é isso o que eu sinto?
É isso que me afasta de toda a atmosfera?
Não acreditar na sua lenda escrita
No seu rebanho maldito e ganancioso
Sigam , Sigam e sigam mas sigam mesmo!
Se quiserem acreditar que isso é alívio
Todo ser que se prepara pra nos salvar
Se diz apto de ser herói
Mas a própria ideologia desgastada já pede o antídoto
Pra não ter a chance de se deixar manipular

Suas cultivadas riquezas de quarta feira
São como as migalhas que os pombos comem final de semana

domingo, 18 de maio de 2008

Como amantes,vamos na sinceridade

Sorriso!
É seu sorriso que eu quero
Pra abafar meu calar
Pra eu dizer o que sei fazer
Pra tentar te encantar

Abraço!
É seu abraço que eu quero
Pra desenvolver a química
Pra eu encorajar o dizer
Pra tentar convidar

Beijo!
É seu beijo que eu quero
Pra alegrar a noite tediosa
Pra sentir o pensamento
Pra tentar entrelaçar

As dificuldades que se põe num porém
As desculpas que vem com o desdém
Vão ser desfeitas
Jamais vão ser aceitas
Por quem quer nascer de novo

As facadas de saudades
São curadas pelo prazer
Sejamos bem vindos
Nesta casa de possibilidades

Diz que o amanha não tem espera
Que a noite avança em cima da timidez
Que dois corpos ocupam o mesmo vácuo
Da solidão à dois
Deixamos a normalidade pra depois
Brilham luzes de Nova York
O frio me faz arrepiar
Tua palavra bem dita anula qualquer espaço
Faz desse enfim , se por fim o momento
De apagar as luzes , se reunir
Celebrar toda distorção e melodia que nos acalma
Só dois...

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Hino dos Desesperados

Fizemos uma aposta indiscutível
Colocamos prantos nos pratos
Construímos uma mente pensativa
Revertemos toda a vertigem do leste contrário!
Abraçamos todas questões enigmáticas
Criamos lógicas imaginárias
Prendemos a loucura da amargura
Dissemos que era clássico e clichê
Perturbamos as sirenes de silêncio
Travamos guerras medíocres
Abafamos todos os rumores
Construímos estruturas convidativas
Apanhamos com todo nexo na cara
Pregamos a lenda religião
Erramos todas as regras e frases escritas
Cantamos o hino , Cantamos todo o hino !

Cantamos
Cantamos
Cantamos

Até todo a garganta ficar rouca
Não surtir tanto efeito
Mas ainda , sem medo de lutar

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Enterra

Eu to transitando nos meus transtornos
Eu to caminhando ao contrário da tendência
Somos o estorvo , eu e meu corpo
Todo mundo gritando socorro

Paz!

Na ultima vela acesa
Na nossa história avessa
A qualquer penhasco que se jogue
Nosso buraco é o que importa

Paz!

Não aguento olhar pra frente
Porque a dor da consciência
Não faz diferença
Quando meus olhos se encurvam
À uma luz brilhante

Morte!

Meu corpo tá pisoteado de perguntas
De como agir , como estar , com ser?
Não sei , nunca soube , se possível
Não saberei!

Eu só quero que me enterrem
Batam palmas , explodam
Pela alegria de não ser
Uma carne podre no meio dos ossos

Morte...