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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Última parte da Sobrevivência, sétima

Sobrevoo com as asas que Santo Cristo me emprestaste
Ele combinou com Lucífer de não intervirem mutuamente para ambos os lados
Disseram que coube à mim esta solene condição
Ecos amplificados rebatem ao remoto desejo de viver
Tudo que tocamos não passou do abstrato lixo econômico

Eu tento reconstruir um robusto pensamento
E quando realmente precisamos, somos traídos
Como subalternos do teórico alucinador de engrenagens
Vai ver, bem ver , estão instalando armas de fogo
Com grande poder de destruição para sujeitos do atlântico

O mundo já não acumula o tenso ar bipolar
Agora oito derivações estabelecem o poder
Exatamente como o portal que me trouxe ao velho projeto de vida
Sem correr à decoração do sorriso , tento defender a pacificação eliminatória
Venha conosco , estenda a mão esqueça a crença e vamos fazer o valer

Não alimentaremos ódio ,pois estamos reformulando as novas catástrofes
As mesmas estrofes que brasões absolutos defendem
Dizem ser o rei Sol, sem mais saber o que retém tanto poder
Eu vejo a nova guerra como um teatro forjado
Para controlar e pregar o novo testamento maquiavélico
Os impérios lutam entre si contra as bases culturais
As artérias saqueiam o sangue virgem posto à sacrifício
Bombas , bombas e mais fogos de artifício
Bandeira branca pra seduzir e acatar
Vamos ao novo sistema miserável
Encontro o desespero amigável
Agora dois caças cortam as coligações
Agora as ruínas são dadas à mostra
Agora usaremos somente paus e pedras pra lutar
Agora é plano feito as horas que nos cercam
Agora é somente preocupar o vazio comodismo
Agora convém transformar o delírio
Na prioridade moral , no efeito real
Mas após vermos tanta pólvora e material nuclear
Não correremos feito estrelas decadentes
Vamos gritar todo nosso medo , preparem-se!
Pois a grande reunião está pronta para ser acesa
Veja dos demais horizontes e litorais
Abismos e montanhas
Todas as artes metafóricas e contrastadas
Num único ideal , Num único e perceptivo sentido
Um novo Eclipse , junção de todas as moléculas
O cooperativismo benéfico e propagador
Virá demais enfim o bem?
Não chores meu bem , não ponha teu medo ao acaso
Pois não estamos sozinhos
E este é apenas o começo.
Só o começo.

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