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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A última linha que dividiu Ambrósia

Perdoar era preciso, comigo afim
Mas sem saber que a lucidez
Era fragmentada, dissecada
Soprava o bem estar inexistente
E o que me diz? Bom ser normal?

Estar adentrando os afazeres rotineiros
Ver o sol doer na sua cabeça
Por os joelhos à esmo
Abraçar a vertigem
Dizer que é passageiro e por caminho à dois

Mas tenho saudade da loucura
Como ela possuia após um trago
E elevava a cabeça nas milhas do conhecimento
Banalidades aos nus de Atlântida

Portanto afogaram-se ao mar do esquecimento
Portando abduiziam três horas de calmaria
Cansamos de cuspir a crítica
Com uma pedra na mão
Sem relevar todo processo

Então tente dormir , tente vagamente
Tente ter um sonho confuso
Altere os ponteiros do relógio
E se pergunte se está tudo bem
Deixa a bomba cair !

Veja o estrago sorrindo
Suba todos os pilares
Escape feito covarde
Volte para dizer afagos

Mas são palavras
Preguiçosos dizeres
Que talvez convençam
Ou perpetue no esquecimento

Vou te traçar uma linha até o caminho querida
É só estender a mão despejando o desprezo.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Por fé , tudo desabou

Na verdade tem um baralho na minha mesa
Cada carta traz sua verdade e pergunta
Deveria mesmo acreditar? , mereço eu toda essa estrutura?
Pois bem é até fácil convencer quando se tem um final feliz
Debaixo da mesa tem um mágico barato
Ele está fazendo truques parece mais com uma imagem perturbada
Não sei bem explicar o que estou fazendo ali e se estou vivo mesmo
A minha frente vejo um senhor barbudo, feliz e se embreagando
Pra ser sincero não entendo nada e tomo um soco bem dado
Meus dentes se esfacelam e levanto de um leito
Estou todo cortado em algumas partes bem fundo
Mas nem dói tanto , tem um peso no peito e um na cabeça
Que são bem mais consideráveis
Caminho dentre corredores úmidos
Estou com um sistema enumerando todos os fatos
Registrando com o olhar apavorado
Me recordo de estar orando e antes apreciando uma fotografia sua
Na vitrola tinha um disco quebrado arranhando um som desesperador
O pior é que consigo tocar as paredes, consigo conversar
Ao abrir a porta dou de cara com desequilibrados
Desfilando a interação , me convidando ao suícidio
Prefiri por esboçar um sorriso amarelo
No fundo sabia que tinha um pouco de fé e mais esperanças
Queria voltar até sua esquina e desmembrar suas frases
Até por isso virei à direita e entrei numa sessão de salvamento
Achei que minha alma estava corrompida por saber até demais
E lá rezei , supliquei, implorei e me humilhei
Para saber a resposta, saber se tinha a chave
E derrepente tudo desaba , levantam-se as mesmas cartas
E o mágico barato voa gargalhando
E me perguntei :Como podemos todos nós cair diante de tanta fé?
Como não sobrevivemos por estar junto à palavras de salvação?
Que culpa tivemos pra sofrer tanto assim?
Será que vale esse sacrifício?
É até engraçado dizer que fomos massacrados por estarmos orando
Pedindo ajuda aos céus para nosso caos esvaziar-se
Pra longe do infinito da alma

Quando abri meus olhos , senti um forte balanço
E olhei uma viga de ferro entrelaçada na minha barriga
Tinha dor , sangue e lágrimas
Se com tudo isso ainda tivesse a certeza estaria feliz
Vem o resgate e me pergunta se está tudo bem
Com meu último suspiro evoco com toda pressão os últimos dizeres:
- PORRA DEUS? CADÊ VOCÊ?

domingo, 18 de janeiro de 2009

Lana e Hall

Tanta fumaça , tantos radares
Hall não soube encontrar um eixo
Lutando com tantas pessoas normais
Pra desmembrar a doença do convencional
O som dos aros eram tão suaves
Que pra ele ter um mapa
Precisou descongelar o eterno
E abrir uma fajuta caixa de Pandora

Mais que um momento , as frações milimétricas
De uma jóia feito Lana a quem travou guerras
E aderiu grandes passeatas , por fingir ser insolente
Hall aparentava estar a par de todo movimento
Combinando a arte junto à desgraça
Um conto de quebrar bilheterias
Desfigurando propositalmente a coloração
Embaralhando a neve ao fogo de bandeiras

Uma vez que Hall se sentiu na condição divina
Com seu polegar pode manchar de guache o globo
Instalou rapidamente satélites para monitorar peças
Próprias peças dançantes que com um toque explodiam
E Lana observa o Eclipse , só reciclava naturalidade
Ao quanto forçar o ato
Em tanto merecer mérito
Estar com uma estrela no peito e ordem na garganta
Só fortalece os mesmo paradigmas
Que vão ser devastados por forças atômicas
E quanto a Hall? Lana desfigura o sorriso
E traz a pena como dádiva.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O mártir da terra de Ambrósia

38 dias consequentes
O tempo retraiu o sorriso
As moléculas dissiparam
E os calcúlos arruinados

Ao que se entende
Parecia mais fácil
Mas lutei contra a insônia
Por preferir sua fotografia

E o ar da negação bate à minha porta
Consigo todo o desespero convencional
A prisão de frases na garganta
Sufocando uma temática liberal
E quando você saiu
Prometendo não esqueçer
Não passava de uma estratégia
Pois na arma de teu desprezo
Você encaixa uma defesa inacreditável , infalível
E meu campo bombardeado feito Stalingrado
Sobra a mim quebrar as armas
Pedir a rendição , esmagar o mártir
E partir pra terra de Ambrósia
Anulando todas as páginas que fui pra ti
Feito um diário catalogado
Abrindo os braços para toda matéria
Me eliminar pouco à pouco

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Traço do sol que rompeu a cabeça

Um peso na cabeça
Notícias declaradas
Novos jornais
Espaço vazio

Falta de abreviação
Engatilhar da arma
Abafar o clima
Não sobreviver

Num psicopata esterelizado
Vivacidade acima do normal
Mente reversa
Sem mais o que aparente ser passional

Obrigações casuais
Responsabilidades temporais
Ser alguém, agir como tal
Comprar um sonho de consumo

Meus bens duráveis
Vão ser colocados numa gaveta
Farei uma estufa
Pra canalizar toda a realidade
De parecer um cidadão comum
Esculpir um terço e rezar
Ver se acho na fé uma resposta
Na figura abstrata
Que insiste em corromper meu sistema
Falido
Acima dos ares da compreensão
Existe uma banalidade maior
Que causa a mesma confusão
De ser cuspido ao mundo
Falido.

domingo, 11 de janeiro de 2009

A ruína do arquitetado

E quando se planeja o arco mais belo
O pilar mais intacto, a verdadeira odisséia
Pra sobressair um ar mitológico
E nessa escassa obra prima
Antagonistas rotineiros surgem
Pra arrancar do coração
A sobra do limite , a divisão paralela
Junto à essa caracterização do destino
Sem uma previsão para o fim
Embaralhando a troca de informação
Apagando o resto da manhã
E o ar passa a ser ácido
Venha até aqui e explique
O que é certo ou errado

Pois as vertentes entrarão em contradição
Sobrarão apenas desespero e angústia
À cada ato , à cada passo uma sombra vigia
E retrocede a sede de avançar
Sem porcentagens e exatidões pra propor
Uma frase besta pra inflamar o ego
A visão se torna turva e o corpo trêmulo
O contato com o céu é distante
A certeza já não convém
E lubridiar os pecados não vai ser a salvação
Até que agora, escapar é individual
Pensar é doença
Gritar é o cúmulo
Sentinelas giram e censuram
E a razão de bem e mal se despedaça
Depois de tanto enxergar
A ruína do arquitetado
Os planos evaporam
E sobra o descontrole

Ao que remete à um comportamento extremamente cordial
Sobra descontrole , descontrole , descontrole
Sem saber um dia que o controle jamais existiu.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Diáspora Reversa

Sob um pedaço de terra
Julgado sagrado , tanto santo e puro
O sangue jorra , o dinheiro explode
E quem pode explicar as razões de páginas clericais?

A escória do mundo que foi expurgada
Assumiu um papel de pena
Estados se movimentaram rapidamente em abrir um espaço
Na base de um instável interesse

O câncer do mundo foi recriado

Dentro disso a reafirmação de "belos" valores como
Hipocrisia , ganância , arrogância e religião
Combinaram-se feito um átomo em transição
E as moléculas se separam junto ao caos

E agora abrem buracos na cabeça de quem tem um ideal
Àfim de dizer que estão dissipando um mal sagrado
Destruindo aqueles que se colocaram à dividir
E reconstruindo o inferno na terra

Justo em um lugar tão envolvido por doutrinas
Um politeísmo nomeado à quem tiver poder
Esperança junto a raiva
Orações junto a armas

E quem vai explicar a razão desse lugar?
Novas nações tituladas a renome de elite
Voltam à se preocupar nas questões humanitárias
Por baixo de uma sede por riquezas
Financiando o sangue civil
Recolonizando o seu chão
Repetindo o que já foi dito
Vamos celebrar a paz dessa terra maldita
Porque de iluminada ela não tem nada
E isso nunca vai ter fim
NUNCA!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Insônia Primária

Minhas pálpebras estalaram novamente
E o sono não veio , e nem uma resposta
Então deixe-me plantar um espinho no seu coração
Pra você sentir um pouco da dor que me espatifa
É dessa sua arte de desprezar
É dessa sua conjuntura de ignorar
É dessa sua mágica arrogância
Que eu vou construir um ódio
Pra amar somente à ele
Invisível
Intolerante
Imaginável
E quando eu te ver caindo
Atravessarei as janelas da normalidade
Comigo trago a fumaça do horror
Pra você ver o que existe atrás de tanta esperança
Eu vou adentrar seu sonho
Mexer nos seus neurônios
Te tornar tão louca
Que você vai se jogar do primeiro penhasco

E ver meu sangue jorrado no chão , no minímo um sorriso.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Etapas, fases e fundamentos

Como o ato de nascer e morrer aprimora uma mente fracassada?
Como as linhas arrebentam sem uma piedade pra restaurar?
Como o coração acelera ao saber que a negação é próxima?
São etapas, são fases e apenas fundamentos
Apenas

E fazer as presses e cultos não irá dar certo
E abraçar a causa com uma palavra de conforto
Voltar os ponteiros do relógio
São etapas , são fases e apenas fundamentos
Apenas

Atrás da linha geométrica que pesa sua cabeça
Existe um vago ar para idéia acontecer
Minha mão está caída , enfraquecida
E as luzes de um novo século
Nunca foram bastante para te prender além disso aqui

E não vão passar de etapas , fases e fundamentos.