beach

beach
beach

terça-feira, 30 de março de 2010

Eu e a Quimera ( por ser , era )

Fixei os olhos demasiadamente na Quimera
Desprezei todo o resto em volta
A música e orquestra , a falha e besta
Fez-me evaporar no ar, de tanto ódio
De tanto mono-óxido , de tanto ácido
És lúcido , por ser pra três imundos
O luto , que desabou os olhos
Já não me serve mais
Toda projeção corporal , fotografada
E tanto escrita , finjo que nunca existiu
Desprezo todo o resto em volta
Pra dar cabo ao espaço em branco
Jamais inalterado.

...

É pelo jardim verde que brota a dor
É pelo devaneio desfocado que ilumina
As prateleiras , sempre fragmentadas
As filas e corredores , inundados e eternizados
Distorções embrionárias , nascentes equivocadas
Palavras desperdiçadas , reciclagem atordoada
A meta , sobre o acaso da aprovação
Os fios d 'água feito leve cabelo , furtam nós
Desenvolvem subliminar passagem
Desenvolvem um corpo a sucumbir
O pretérito imperfeito , longe por si só mais equi/distante
Da megalomania do meridiano, anos após desando
Pra saber e salvar , que aquela imagem
Nunca existiu , e pouco me importa se fica ali

...

Continuo a fixar os olhos na quimera
e desprezar todo o resto;

quarta-feira, 24 de março de 2010

É pouco mesmo

Queria que soubessem
da fita métrica falhada e lançada
feito algema nos pés , arrastam-se
por milhas e milhas, na aposta , certeza , que seja;
como se cada redução de idéia
vem com uma relativa-falsa-hipótese
hipotecada-hipócrita-criptografada
fardo , pra evacuar a falta de espaço
seja o erro na tecla , seja assim estar na era
tem um avalista que insiste em me mostrar
as frases tão imbecis, dos meus laços
sinceramente sou obrigado a assistir tudo
mas ainda tem pra onde correr?
você tem o controle ?
_
_
até dois outonos atrás
o sol não ardia tanto
a violeta era silhueta , da mesma
fada madrinha que atravessou
a vara de conda-corão
nas minhas costas
voa sangue da colina
ferida pelo desmata-amarelo-vento/mento
pigmentações que fazem disso
outro quadro pra análise super-clichê
e até dois estalos atrás
o sol não ardia tanto
éramos pseudo-estáticos-revolucionários
parece que a panela de pressão derreteu
toda fraca idéia
e começou a dar erro na tecla de espaço
e ainda queria que soubesse
que pouco me importa
é pouco mesmo.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Auto enforcamento (difusa conclusão)

E daquela mesma pressa de tentar aparecer
só pra ver aquele sol morrer
eles correram , reviveram , a luminosidade
o pescador se engasga com seu próprio anzol
em prol da razão biologicamente incorreta
dá água que o feixe verde de luz
entorta o peixe , transforma em diabo
o fruto e o musgo , servem-se
da osmose numa sala branca
trocada por risos , uma montanha russa
vem massificando agonia , toda relatada
expressa num quadro de tinta pigmentada
de sangue e coragem , fajuta por si realidade
depois que a água reencarna
tem muito mofo pra se sujar

...

só pra alguém , continuar aquém
e odiar

quarta-feira, 10 de março de 2010

Auto-enforcamento

O belo , intenso e por acaso sentido
de disparar um sorriso , visto a morte
de fuzilar o ar com a arma letal do desprezo
pouco me importa , se vai sucumbir
sumir , partir , ir , colidir
até aparecer ....


.
.

és da mesma pressa de tentar aparecer
pra ver agora o sol morrer
dito cujo o poder , fincado, supracitado
um pescador que se põe auto-fisgar
sua garganta na água biológicamente incorreta
incoerente , sobra a carcaça do peixe brincalhão
que põe gargalhadas e estratégias bélicas com o diabo
formando a auto-mutação/flagelação
celestial demais pra quem queira
perceber
e se perder...
só pra ser , eu te odeio!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Mas me perguntaram um dia o que eu sou

Por cima do cargueiro que encosta
e desliga o petróleo sobre a mancha verde
no mar , mar do ar que valeu por ser azul
e engrandece quando fica cinza
eu me sinto melhor , nublado sem ato

*
*
_

É por tentar sobreviver a reação, nação
pra maquinária tempestade, visando as engrenagens
e a água chega na tua casa , corrói
já o exposto ferrugem
o limo , a língua e o desgosto
de inundar o bem consumível à proporção generalizada
*
*
_
Existe uma calota , polar assim por se dizer
que se desliga de suas demais irmãs
solenes e brancas, ativando a negativa temperatura
Desloca sua graça , sua trapaça por derreter no sal
do pacífico , índico , aonde quer que seja
substanciar e combinar , sintetizar
a desordem de um super-sobre-ação
amém aos vão
*
*
_
E dentro de tudo que é pavimento
Tudo que é digitalizado , vomitado e exercido
Existem as mentalidades , pra persuasão e alienação
Pra te empurrar o título de vencedor
vinculado à uma conta corrente e um cheque especial
existe a liberdade , a expressão
a pseudo-tentativa de revolução
no cálculo da proporção do capital
a necessidade de adaptação
as super analises
as intra frases
mais e mais , nada para afinal
______________________
.
Mas me perguntaram um dia o que eu sou
_
E o que eu sou? o que realmente sou?
Sou fragmentado
Numa fita-liga , repartida na colisão
Astral do oxigênio cerebral
Uma visão minimalista
inexpressiva , introespectiva
de todos os gêneros supracitados
na questão , antes do maior anterior
sob a fração do caos
e o caco esquizofrênico
da explosão
comportamental...