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terça-feira, 30 de março de 2010

Eu e a Quimera ( por ser , era )

Fixei os olhos demasiadamente na Quimera
Desprezei todo o resto em volta
A música e orquestra , a falha e besta
Fez-me evaporar no ar, de tanto ódio
De tanto mono-óxido , de tanto ácido
És lúcido , por ser pra três imundos
O luto , que desabou os olhos
Já não me serve mais
Toda projeção corporal , fotografada
E tanto escrita , finjo que nunca existiu
Desprezo todo o resto em volta
Pra dar cabo ao espaço em branco
Jamais inalterado.

...

É pelo jardim verde que brota a dor
É pelo devaneio desfocado que ilumina
As prateleiras , sempre fragmentadas
As filas e corredores , inundados e eternizados
Distorções embrionárias , nascentes equivocadas
Palavras desperdiçadas , reciclagem atordoada
A meta , sobre o acaso da aprovação
Os fios d 'água feito leve cabelo , furtam nós
Desenvolvem subliminar passagem
Desenvolvem um corpo a sucumbir
O pretérito imperfeito , longe por si só mais equi/distante
Da megalomania do meridiano, anos após desando
Pra saber e salvar , que aquela imagem
Nunca existiu , e pouco me importa se fica ali

...

Continuo a fixar os olhos na quimera
e desprezar todo o resto;

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