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domingo, 11 de setembro de 2011

Burro

Burro!
o escrúpulo da acidez regional
destruição face bela
o calo das pernas escondidas
pelo medo de ser pessoa física

Exatos erros consecutivos
Pra servir de exemplo
o seu fardo de carregar tijolos
e afastar-se do conhecimento

E ainda a lamentação mecânica?
anos passam no ser passivo de pena
as conexões foram as mesmas
fodido e exilado

Por mais que sugasse dos papéis
Levantasse a cabeça e acumulasse
sorrisos amarelos e boa esperança
A coisa toda voltou a declinar

Nunca aprendi como vocês , irmãos
Nunca andei como vocês
Nunca compartilhei nada
Justo intermédio do fardo
Que o derrotado carrega

No final dos pesos
Você vai voltar a carregar a cruz
dos satisfeitos , dos conceitos
da hipótese e da hipocrisia
Vai carregar nas mãos como o velho subordinado

Entorpecido , mentido
o colapso é o estado normal
agora é colidir a parede rente à cabeça
pra ver se as regras entram na paralela
e enxergo meu lugar
no lixo organizado dos maiores
é lá;

ainda sobrou-me culpa
anseios e demagogia
conselhos e doutrinas
que sempre quebrei
e voltam a me foder
jaz , fodido , acabado
retraído no poder do ódio
eu só quero vingança
eu sou burro
e só quero vingança

(enquanto o sangue não cair)
não me desligo do ar
e tenho mais
A CULPA É MINHA!