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domingo, 26 de outubro de 2008

11 quereres , dados aos espaços

Eu quero mais loucura
Desenvoltura e conexão com o prazer
Eu quero menos erudição
Pra me adaptar com a corrida armada
Eu quero uma tarde de aplausos
Um livro assinado e meia volta no oeste

Decifrando o que sobra de matérias cefálicas
Encravo três palmos de facadas em veias
Assim atuo feito excelente dramaturgo
Como aqueles que te convencem em noites semanais

Eu quero o sabor do mistério
Debater tudo e todos atrás de abrangimentos
Eu quero o querer de ter e sem menos atrasar
Os relógios perimetrais que aceleram a vida

Descer as escadas e dar de cara com avenida
Pavimentada e movimentada
Subir o vale de encontro ao buraco
Elevado e atrativo

Queda na matinê do show de pavores
Eu quero um ar que se respire
Eu quero um lar que se atire
Eu quero um mar que se afogue
Quero mais é um ódio que se prolongue
Pra não ter que fingir do adeus
Pra enfim me livrar de palavras
Eu quero , quero e escapo

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O graduado que ficou louco por infringir as leis morais

Certifiquei-me de que não haveria abutres pra atazanar
Pronto! sentei-me com vagos pensamentos à tentar entender
Até que me embaracei com um princípio de conclusão
Questionei as paredes se realmente estava agindo de acordo
Mas que acordo? que desatino? que repúdio? qual seria?
Se toda descrença se move ao deslumbramento e apavoramento
Nossa tendência busca os finais felizes e capitalizados
Sem saborear o sentido frio,vazio,cruel do decorrer da vida
Sempre seremos assim contentes dementes
Acostumados com a ignorância
Acomodados com a ordem
Habituados a termos uma visão banida de privilégios e razões
Pois assim a máquina funciona, dá lucro e emociona.

Mas me escuta Ana, eu vou me enquadrar
Vou ter uma ocupação
Vou estudar o estático
Vou criar laços afetivos
Vou fazer uma árvore
Vou ser alguém na vida
Morrer e nada mais, só isso
É isto que quer? Vá em frente as possibilidades estão aí
Mercados e indústrias de androides falantes estão fervilhando
Vá em frente , seja mais um e nada mais.

Eu na verdade vou até o paraíso
Conversar com meu amigo Jesus Cristo
Perguntar que tanto ele fez
Pra fazer de todo nosso pensar uma devastação
De miníma manifestação do infinito
Me explica bem meu amigo
Pois eu vou descer como anjo caído
E quebrar todos o paradigmas
Criar um novo livro de lendas
E ditar todas elas , a modo de que possamos realmente entender
Que toda estrutura não se limita somente à moral e compostura
Acredite , é muito mais que olhos nus possam ver .

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O revertério de convenções de idéias ao meu favor

Eu tenho argumentos que serão consagrados
E você nem liga meu bem , age feito moderninha
Eu tenho propagações de deixar trêmulos os mais conservadores
E você nem liga meu bem , deixa agir o ócio
Eu tenho arquiteturas inabaláveis
E você nem liga meu bem , age feito desconhecida
Eu tenho a cura pra sua doença
E você nem liga meu bem , deixa agir desprezo

O que te afaga é a normalidade
Retém teus neurônios misteriosamente
É feito vício , desperdício e legitimação
Hora de dormir e sonhar com possibilidades

Mas me aperta entender esse desvio para o estático
Não existem relatos que comprovem esse mal
Traga-me a resposta amor
Traga-me a negação como solução
Traga-me a esperança de um falso sonho
Pra poder te fazer pensar

Você como uma qualquer pode me ensinar os trejeitos
Pra cair na tua rede desfigurada e analógica
Adentraria vibrante , feito moleque!
Dentre as demais nostalgias voluptuosas
Sobra teu olhar frio e ignorante
Que congela , desanima e arrebenta
Os restantes projetos de frases convincentes que armei pra ti
Se eu pudesse...
Ah se eu pudesse...
Se pudesse ser e nada mais
O revertério de convenções de ideias ao meu favor

É que de fato tenho o carma para amar o inexistente
É que de fato nasci pra ser somente escória

domingo, 5 de outubro de 2008

Sobrevivência parte 6 - Recomeço

Equalizam mundos , frequências repartidas
Meio termo pra causar ar de passividade
No prólogo de um conflito surreal

Pregam paz de um ideal falso patriota
Acumulamos ostentações baseadas no cansaço
Término das asas de mais um pensamento

Intriga saber que somos puxados ao esboço
Feito de cinza e paralelas ocasiões
Nos acomodamos sem saber e relaxamos impiedosamente

De um tanto que deveríamos jogar fora
Sem o medo de que o conceito irá trincar
Dando caminho à luz da compreensão
Sei que justo é quem desencadeia
E leva abstrata fé , em um criador
O que tende à reclinar e se afastar
É o desespero e desamparo
Capacitando a fenda para o infinito
Eu sei bem que desafiar tantos impérios
Me custará a passagem chamada morte
Agradeço mesmo, com todo batimento
Mas já conquistei falsa proeza
Agora retorno de minha epopeia
Carburado de feições e poder
Pra poder concluir o que ainda sobra de uma ferida ideia