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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Múltiplos sonhos , no chão

As pessoas me disseram que a aurora não passou
de mera alucinação , você faz a menor idéia ?

...

- Talvez por desvio de neurônio
- Talvez por incompetência de potência
- E o ligamento rompido , esfarela-se no ar

---

uma companhia , estrada , desespero e vida
o neon que por trás da falsa imagem , presta
pra esclarecer momentos entrelaçados
pelo descaso de pertencer o momento errado
e hora solenemente errada;

um desprezo, um sonho , qualquer um mesmo
repetidamente eles acontecem , um pior que o outro
são feito vertigens alucinadas , "esteriotipadas"
pra acender o incenso , sem senso comum
comunidade estagnada;

- - -

desejo , a esmo , qualquer beleza
qualquer 'adjetivação' dos singulares impessoais
o alto da colina reformulado em vulcão
espelhos , devaneios , e corpos um dentro no outro
eu quero uma supernova , uma nova
desejo tanto parar o múltiplo sonho
e me jogar do barranco da verdade
pois de lá se vê a queda...

;


As pessoas me disseram que a alucinação
não passou de breve aurora....
Você ainda faz idéia ? faz mesmo idéia
do que isso pode significar

...

- Talvez por crença a coisa dissipou
- Talvez por disputa o ego apareceu
- E o laço rompido , é um corpo espatifado

... no chão --- são
... tão vão --- estão
... quanto --- inumeros
... versos --- cegos
... mortos --- assim
... pela --- dor da >>
... insatisfação




segunda-feira, 19 de abril de 2010

Novos acordes

Drama , grana
vazio , cabeça
insônia , angústia
embrulha-pacote
mentira-psicografada
espirítos em minha sala
.

venha você assistir comigo
o espetáculo; terror / imaginário

.

ainda assim que tais podres ou pobres
almas ainda que assim , só desfilassem
pra preencher de plasma a minha sala
e tornar minha visão em alta definição
mas não , é sempre não
sempre a hora errada e o local errado
---
a dis/puta/ ainda range os dentes pra mim
toda frágil madrugada é o mesmo som
o ladrilho retorcido com arranhões no crânio
começo a tomar novo ódio por tudo
o que já me fez bem . bem? além

.

Dito cujo , personificado a razão de massa
dai me forças pra ser um "vencedor"
dentro das aspas da vida cética , patética
sobreviveremos como credores
com prazo fixo e taxação composta
amortizaremos os bens duráveis
e definharemos o excesso
dai me forças pra auxiliar administrativo
tudo bem no diminutivo
brindar no branco estático do marfim
enfiar no peito 5 ou 6 facas
pra marcar 5 ou 6 estrelas
e dizer que tenho orgulho disso
soar pesado como o barulho
e uma carta de suicídio
largada na gaveta de músicas

---

Que novos acordes te façam sentir dor
horror e rima transferida em licença poética
que continue soando pesado como o barulho
que continue te pesando e afundando
na lama do pavimento
traga-lhe ódio e distúrbio
sintonizo o delay
e finjo que nunca existiu
e que daqui pra frente
é destruir e criar
odiar e explodir
ah ... mundo
ah ... burro
como fostes e sempre será/;

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O passo depois da porta

o nascimento , útero rompido
fusível e feto marcado
filas demarcadas na apreciação
do ar bilateral , do tempo vivido
dentro do pote nuclear , orientado
de periculosidade , a criatura
se desenvolve;

_ _ _...

duas pinças eletricamente ligadas
à cabeça , instaurando o nível de psiquiatria
diagnóstico analógico , luz vermelha acesa
fósforo , calcio , potássio , metano
e muito enlatado pra convencimento
a terceira pessoa do imperativo
já soou no auto-mecânico-fala-bravemente
não sabe exatamente resumir
o brilho dos olhos
e quando um fio rompeu-se

///

necessita-se estar ocupado
pra necessariamente ser exato
necessita ser exato
pra exatamente estar ao lado
lado inverso do espelho
o mesmo , insubstituível
fissuras nascem orgânicamente
vozes dilatam na espessura geométrica
o quadro da família , toda fita
rompeu , a fincada felicidade fotografada
embebedou-se de caos progamático
rompida , falida , esteriotipada
e me faz achar graça , essas fissuras
pois é , me dá graça essas migalhas
me dá da graça
essa desgraça

...

morra assim que lentamente
e veja os espaços datilografados
da plenitude , hidrogenada
humanóide , o processo de viver
exposto pateticamente
pra quem já deu um passo , à frente
da porta , do cronograma
morra assim que lentamente
lenta , entra em mente
seu ar da desgraça

quarta-feira, 7 de abril de 2010

100 caixas e 700 decibéis

100 caixas , desabitadas.
sem conteúdo fiel
mentiras criptografadas
e um monte de matéria orgânica
só pra desambiguação

700 decibéis atômicos
estou ficando burro
o processo da explosão é reverso
escorro pelo ralo
pra me juntar a água , que rompe a parede

epopéias cotidianas e um buraco na cabeça
espiríto congênito , sacrifício pago
remarcada a ciência de parecer , inanimado
percepções que afundam a visão , numa esfera
super-lógica , intra-corporal , projecionismo
o passo torto , todo sobre pavimento
o sinal marcado no vermelho , e torção de tornozelo
neurônios esgotados , o receio de enxergar a frente
são tantos amores , são tantos amores
e a brisa quente que o carburador joga
esqueço completamente pra que vim
completamente , a mente se torna
um espaço , opaco e vazio
pronta pra ser maquinada

(...)

insisto
envio
reflito
fico
re-insisto
desisto
confisco
ter - insisto
oscilo
vivo
vazio
lixo. . /