beach

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domingo, 31 de outubro de 2010

Carta

mas me parece que nada desses e dos demais planos
deram exatidão no que procede a certeza
em que envolvido e vividos acentos
isentam as pernas de calcularem mais vida pra outros

no que me parece , passa uma missa bem na TV
com galopadas de meio entre o bom dia
meio que fito , pra não fritar e explodir
com o sol que espera e hesita pra chegar

pra ser justo , arrumo uma mala
de inúteis utilidades , da que todos
fazem questão de fazer do vácuo
a necessidade , que não sopra
mais um vento sequer
e se ainda ...


no trilho , com os sonhos de ontem
e o gosto do fato amargo , cinza
e que a saliva , vive ares dotados de muito álcool
pra ver como o primeiro trem se posiciona
e encarrega de dar descarga , na carga massante
que m. assinou , depois assassinou

método , foi como vento , e a nuvem que preta
precisava chegar , uma tinta azul , na caneta vale
pra começar a escrever . por tentar dizer
que tento eliminar toda contra estrela dotada
de matéria negra , e poder absoluto , do monolito

não dá pra nem um página certa de coisas sem nexo
o zero parece ser a hora em que me divido
na alma e no partir , atropelando o trem
nele já cego , abro uma garra e parto no ar
vejo que como qual razão entrei , me joguei

nos campos , que se alteram entre chuva e sol
o sólido e anormal , o vivo e sintético
a anestesia moral , e o quadro de bons costumes
o corpo cansado e a alma sed-enta
o momento e o fim!

dali esqueço de mim , flexiono tudo fora
como se nunca existisse meu nome
em qualquer boca jogada fora
pra deixar no fim uma só frase

" I'm okay with my decay"

...

Depois de 22 dias constatado o sumiço de Jason Karr , finalmente é encontrado seu corpo, já e em estado caótico de decomposição , uma garrafa de uísque , e um papel com frases desconexas. Jeff cometeu o suícidio aos 21 anos de idade , no dia 17 de Dezembro de 2004.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Reputação

Espremido numa ruptura no crânio
Onde sol faz equívoco por ser mais forte
Onde os coqueiros balançam e a praia
Se desfigura com ondas em 360°

Num livro não existe um título apropriado
Pra descrever o sentimento da massa
O aglomerado da cidade que se divide
Em dia e em noite , em funcionários e usuários

Pra assim ser e manter sua reputação
Pra assim ser e morrer sem saber
Que só foi um pedaço programado
Ou um futuro doador de órgão

Pra alimentar estatísticas
Pra liderar os rankings
Pra interagir no óbvio
Programados no jato
Sorva já seu candidato
Explore todos os atos
Incrimine quem queira a liberdade
Das peças presas em suas pernas
Quando se acorda , Quando se morre
Toda noite

Atrás dos sonhos de vital consumo
E necessidade que à primeira vista
Parecem e serão inúteis
Algemamos nossos braços
E façamos de nossos cérebros
Gema pra se derreter no asfalto
Quando sol cuspir um largo sorriso
Só pra manter sua reputação perante
Aos outros , e outros mantendo a deles
Sob novos outros.
Tá tudo desenhado nas linhas de metal

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O novo amanhecer desbota

Tudo é tido como tão claro e nítido
Que chega ser ridículo , por na cabeça
a bala, que subitamente inicializa o conhecimento

não o que é culto , legal , modal e prepotente
a potência de saber desmancha no não acreditar
no que está tido como certo , claro e nítido

a média dos termos, é desordem
o caos , que silencia , toda propaganda
e papo-furado de sustentabilidade moral

-- que se foda!

Desembaraçoso é assistir futuros , e candidatos à dono
De um fragmentada e pseudo-república
que "estereotipa" e "superficializa" a sua mera nação
e faz dela meros filhos da puta
uns tão ignorantes ao ponto de se apegar num título e o papel
e outros tão inúteis que se pagam de inteligentes por lerem
pensamentos filosóficos , taxados em desfiles de moda
cagados pela meta-burguesia-separatista
aonde iniciamos um conflito egocêntrico

nisso aí . eu só pego meu espiríto e perco sentimentos

é esquisito assistir , ao invés de "souluções" , meio que utópicas possam ser
trocas de acusações e brigas arrogantes pra se impor
no meio de políticas imediatistas , pra sentarmos e ingerir como
um multi-nacional enlatado . aonde celebridades
valem mais de um cargo na sua consciência
e o sub-intelecto levanta a bandeira da farsa e desgraça
e o supra -burro só te valoriza se você tiver algo pra dar em troca

nisso aí , eu só pego meu espiríto , e deixo cair

não sou o estereótipo prefencial
o "esta-tudo" do capital
e nem o besta filosofal , que agrega informações
já cuspidas e desconexas , e solta em sua roda inteligente
pra mim pouco me interessa a música texturizada e revolucionária
pouco me interessa de Nietzsche à Darwin
pouco me interessa de roupas à carros

me interessa destruir tudo
me interessa o caos
me interessa corromper esses valores
me interessa muito ver a cara de vocês
desesperadas , clamando por piedade
desesperadas , chorando por insanidade

pois eu sou estereótipo perfeito do APOCALIPSE
pois eu sou estereótipo perfeito do APOCALIPSE
pois eu sou estereótipo perfeito do APOCALIPSE
pois eu sou estereótipo perfeito do APOCALIPSE

e você ainda quer se casar comigo?
tem certeza?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Amor

até onde eu sei , deixou de ser face
do cotidiano , cortado em mil
pedaços ordinários , do cumulo
com ódio : QUE SEM ALMA VAZA..

*
- há quanto tempo já deixei de ter
sentimentos por qualquer ser vivo
que nem faço sentido quando existo
que meu controle não passa
de sorriso desesperado

: e o medo da cidade traçada
com metal e orvalho
os cabos infiltrando sua casa
inundando seus enlatados
e apodrecendo eco-ego
sistema...

*
24 horas se passaram desde quando
o corpo foi implodido , na exatidão
do pavor de ser feito pedra
e pouco se importar
pra quem se liga , esfria e mata

*
de longe eu assisto a amorosidade
acabarem com suas vidas
suas facetas falsas
e cheio de apegos
à superficialidade
que a mesma cidade
nos ensaiou
e jogar tudo
no buraco

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Pra comtemplar a nuvem que se destaca

parece ser presságio da dor e o limite do tímpano
parece ser nascer e desenvolver
órgãos , irmãos e "sínteses" sintetizando ao amanha a loucura
que desafia a gravidade , do círculo
focando o intermédio de duas longas
palavras , pra ser da "hipnose"um "noise" correndo farpasde madrugadas altas e caladas
lindas e traçadas , quando a fumaçacolide com o gás emanado de fogos perimetrais em
artificíos-
--
fisícos , moleculares
pluri-celulares no plural
em variáveis de que um corpo humano pode ser
quando explode
eu ainda caminho pelas ruasno desvio da manhã ,
pra tentar compreendera criação

domingo, 3 de outubro de 2010

Carrego o coração de paz

eu carreguei meu coração cheio de paz
cheio de paz
cheio de paz
carreguei o peso e preço das asas
ter tão pureza nos fios que tecem
o orvalho à cair
não é porque a vida se tornou pesada
pra cantar com demais entusiasmo
existiu um problema em ter paz demais
o freio sem nexo do destino
o zero intercalado sobre o silêncio
de nós dois , iluminados pelas
nuvens que formavam números
no imenso nó de amanhecer
frio e só
eu ainda carrego o coração de paz
as vezes tenho dito, que quanto
saudade , salva nossos escravos
de se perderem na inocência
de nascer num corpo estrelado
é tão pavoroso e tão bom
estar pra ser ovacionado
por explorar dizeres tão sinceros4
por ver que quanto mais cinza
melhor será sua noite
tuas libélulas liberam células
que as teias desencadeiam
num função singular
que me acanha , querer estar dentro de ti
ainda me perdoa?
pelas coisas estúpidas que disse
e que provavelmente farei
pra testar minha ingênuidade
na idade , aonde as teias
produzidas por mim
me agarraram e fizeram
de tudo alvo
pro alvorecer , das leves gotas
que desfilam no céu
e as vezes eu carrego o coração de paz