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domingo, 16 de janeiro de 2011

Casa

antes que as luzes se limitem a dizer que foi amarelo
antes de dizer que a saudade da transfusão da idade
antes de dizer que não bastou me amargar no ferro
dedilhado em construção , dividido em superposição

meus olhos estragam o cansaço , por não mais
privilegiar a hora do horizonte , a morte do adeus
e o ócio aclamado por dentro de mim
são as horas que as engrenagens me pedem mais
são as horas que a corrente prendeu meu pescoço

sou eu morto e louco atrás da fila de espera
pra devolver o amor , visto ódio que me alimenta
só pra alimentar o sistema
só pra superar o derrotado
comparar o que ja é esquecido
o fantasma da metrópole
os rostos pintados em conduções

tudo nessa vida tem um valor
vale , valer que tal valor
visa valorizar , o valer de interesse
em notas que giram pregos pro céu
em que valer a pena pra alguém
e ter no ser da céu-idade
é importar só por que parece
é desaparecer quando se não tem nada
e tudo continua tendo seu preço
até em Deus colocaram um etiqueta

e nesse valor , minhas pupilas seriamente embargam
realmente meu corpo não se aguenta mais no soro
e sono é meu único amigo , traduzindo meu desapego
e alívio em derrota , pra dizer

que já estou tão cansado
e só quero voltar pra casa....