quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Fragmento corrompido
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
This Charming Girl
domingo, 5 de dezembro de 2010
Hoje a noite
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Debaixo da terra
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Vermelho pt 2
sábado, 20 de novembro de 2010
Vermelho
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Ana Cecília
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Perda
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Força
sábado, 6 de novembro de 2010
Abuso
domingo, 31 de outubro de 2010
Carta
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Reputação
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
O novo amanhecer desbota
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Amor
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Pra comtemplar a nuvem que se destaca
domingo, 3 de outubro de 2010
Carrego o coração de paz
terça-feira, 28 de setembro de 2010
3º Diálogo : Sobre a estilosa vida de Adam Mayfields
Pensei que a desistência culminaria minha voz até Deus
Supracitando todos os meus níveis , por somente
querer enfrentá-lo . Hoje percebo que é tarde demais "
.
.
.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Controle?
liberando ódio adjacente , na presença
dos corações libertinados pelo fracasso
a ligas e células vibrando , deixando nosso corpo
puro pra uma faca longe , mira-se uma viagem
vagada e lúcida no horror
o banco , traz-me um senhor arrependido
por não seguir seu caminho , espelho solto
da frustração em lâmina mecânica fora assim
luzes e direções de ruas úmidas , certas e focadas
só me dizia que esse era o caminho , desfocado
alucinado , mas esse era o caminho
não quero parecer de uma condição paciente
aonde o leito , nos mostra cadência
pra que forçar o ferro se ele enferruja e te adoece
seu cérebro culmina o paranormal e o êxtase
paranóia , segmentar , ladrilhos
não quero padecer dessa opinião
e mascarar meu rosto com Latex
da farsa metropolitana
eu já nasci assim arrebentado pelo útero
cuspido nas luvas do desespero
e quero vê-la e vela pois vel-os assim
zela minha qualidade de existir
rezem enquanto podem , pois o sorriso
é uma máquina de artefatos
clicada no meridiano aonde o sol
arde um pouco mais
quando atravessa os olhos
o caminho seguinte , são só corpos
estirados e esticados no chão
pós -moderno ou pós-suicida
o vaga lume que disfarça as luzes
sobre bestas palavras pra sobreviver
e tem uma mãe agarrada com a vivência
de permanecer jogando em sua cara
como existir...
vejo nossos corpos
mortos , porém
do vem comigo
do ódio , vejo vocês
abarrotando palavras robóticas e confusas
que confina minha concentração
em acertar com fogo até a cabeça de vocês
e vê-las em velas , no sol
e vejo todos mortos
carreguem consigo este ódio
pra se fazer valer
a fé disposta
em aniquilar seu coração
você , querida e todos eles
já morreram
[já, já]
domingo, 19 de setembro de 2010
Geração de pais infelizes que não viram seus filhos vencerem na vida
Geração de pais infelizes que não viram seus filhos
vencerem na vida , pobre da podre fita
que fizeram de nós , fuzilados pela escassez
de matéria prima passional e libertária
Nossos pais são putos frustrados porque
Não possuem três máquinas com dentes
Pra chamar de terreno , e uma super vista
Pra contar histórias pra suas células
Nós estamos frustrados por ver
essa frustração assolando em pressão
uma linha que afia e afina o colapso
o peso de cair , numa paranóia
e acordar com a sensação do mero fracasso
mesmo sem esperar nada , nada
Forma-se então duas linhas de combate
Assistida pela metade conselheira
E pelo outra impositora de mercados
E abstratos , formados pelo feto podre
caído na calçada formada de cal
Forma-se uma guerra interminável
Forma-se a ego-disputa e as mesmas frases
Desfiladas como água , que escorre pelo ralo
e Volta pra sua nobre casa
Aquele que serve de exemplo
Pra outros pais infelizes que não viram seus filhos
vencerem na vida
sugarem a espera , e atropelar a chamada
vestir a carapuça do que tem que ser
e arreganhar a boca pro mundo cagar em cima
e assim esperar a morte
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Inverso
acesso à camada de plasma
e energias nucleares pra estatizar
o futuro privado , incluo moedas
dotadas de fazer caridade
no terror da cidade
comprimir tudo em tudo
sobre todos em todos
envoltos numa camada estrelar
sob aspecto de mistério
e muita audiência
nossas vidas estão inchadas
em copos de vidro
desfiladas em carecterísticas
codificada em adjetivos
e pseudo-qualidades
que fazem números
em contas bancárias
eu juro que fui mordido por moscas
eu juro que moscas sugaram meu sangue
e depois depositaram em diversas embalagens
de iogurte desnatado em prateleiras
de mercados super-acessados
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Eu só pedi um pouco de ajuda
e eu só pedi um pouco de ajuda
perdi um pouco do eixoque deveria fazer o sentir-se bem
por pedir um pouco de ajuda
e todo dia eu espero por você
espero por alguma coisa
que sufoque o último raio
transitório e parasita
perder na imensidão do sono
a consiência que me jogou pra fora
de um mundo , onde o útero
forma santas máquinas à cada pacote
e então eu clamo à imagem
ao arrependimento
e peço desculpas , perco a luz
e a corda gira três vezes
pronta pra assinar o cheque e o mate
se meu cérebro soubesse ainda corresponder
aos princípios inertes constituídos em constituição
a intuição não seria falha , em vão de cobrar
ouro do que escorre água e lágrima
eu só pedi um pouco de ajuda
e todo dia eu espero por você
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Medo
crânios que rolavam e iluminavam
de sangue e sémen o boneco
que já nasceu amaldiçoado
o pacificador morreu em meados de 2004
o bula indicava precaução e anit-ação
oxidando os ácidos fatos que recombinam
o que meu dia tem de ser e acontecer
em cada fato, em cada vida, em cada-in-cada
existe uma pedra pra se carregar
deixa-lá rolar é praticamente suicídio
parece que foi mesmo deus que quis assim
e se um dia eu vê-lo se atrapalhando e caindo
com suas pedras , eu vou morrer de rir
eu vou morrer aqui , vendo ela se descontrolar
nós já estávamos mortos até aqui
um palhaço de terno me diz o que fazer
entrega nossas vidas no vazio
e sofremos por ter fé
aquele adjetivo criado pra porra nenhuma
pra formação do devaneio , este se colidindo
com o real , apresenta só o medo , de ser pego
por deus.
mas eu tenho medo , de não te dizer o que eu senti querida
e no que eu me transformei desde o último eclipse
e no que fui obrigado a fazer
eu tenho medo de mim mesmo
tenho ainda medo de ser forçado à saber de tudo
sábado, 21 de agosto de 2010
Concreto
quanto o concreto , solidificou
com o decorre da água
a lástima e a força estima
pra demolir uma escada
e carregar as pedras
como fardo que distribuí
bolhas em mãos
como que na garganta um bolo
em formato de choro
e o decoro , zelo pra assim
permanecer ereto , quando
tudo desaba
aqui ainda está você
que ainda traz alguns nós
desenvolvidos por células
desperdiçadas em conflitos
esticados no asfalto , pra suprir
o sol estático do sábado
aqui ainda depois que água lava o caos
lamas , sangue e pedra , veja uma orquídea
viajando rumo ao ralo , pra tomar na baía
o horizonte , bactericida pra por em escalas
separando o sujo do limpo
da vela , jaz um sonho
um gramado úmido
das lágrimas de meus amigos
aquelas que não colocaram
junto à orquídea , lá existe
um biquíni vermelho que combina
com seu batom , foi até bom
se o tremor da casa desabando
não me fizesse sangrar
em meio , escombros
e ainda falta uma semana
pra secar
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Pior de se escrever
foca-se dor no cinza . e nutre a alma de medo
outro relógio despenca o pedaço de humanóide
em meio metrópole desfiguarada
mascaras focadas , na alegoria central
eu poderia ter deixado de chorar
e engrenar o sorriso , mas eis que a porta
rompeu-se junto com a chave
só quero me esconder , só quero desaparecer
desse você formado tão divinamente
pra que escrever além da reta focada
já nem acho mais explicação
perdi toda a dádiva maligna
pra ainda continuar , se o punho dos deuses
sofre de veneno
sofre de poder
sofre da pior coisa escrita
só pra se esconder
na xícara de café querida , ainda continha seu aroma
e num lapso milhões de flashes
fizeram o vidro quebrar
e perceber que quanto mais esfria
mais meu coração queima
pelo sabor da quimera
morta anteontem.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Vidas destruídas
Armando destruiu a vida de Lucélia ao não oferecer os manuscritos de sua pesquisa Lucélia por si , perde uma grande oportunidade de sucesso e entra em colapso Lucélia destruiu a vida de Lilian por fingir
escutar e aconselhar em sua vida Lilian por si, perde o ânimo em respirar e passa a faca em sua garganta Lilian destruiu a vida de Gregório, este que alimentava uma paixão platônica
por Lilian, ao saber do suicídio afunda-se em comprimidos e injeções Gregrório destruiu a vida de César, por fingir ser seu amigo e fazer
grandes promessas de grandes sonhos, César ouve todas as palavras E acolhe-se num abismo da agonia---
César destrui a vida de sua mãe por não escolher uma farda como
oficio A mãe de César destrui a vida de Lucélia ao negar-lhe um
emprego A vida de César e Lucélia põe-se em contra-tempo , alinham-se Na mesquinharia de destino e enquanto isso metade da cidade Destrói a vida de outra metade de cidade, mentindo , superiorizando
Obedecendo a luta que nos obrigaram a lutar, a cobrança que
formaram no altar O ego psicografando todos os limites do
sufocamento Separando adjetivando , destruindo, comparando
Matrizes e praças , laços e sentimentos
----
E nesse momento nasce em César o
mesmo sentimento Aquele que poderia salvar , o
amor , surge um amor
Por Lucélia , que nela enxerga tudo aquilo que
poderia Transformar na fusão
nuclear e fixar
em sua cabeça
Que ela transparecia a paz , enfim
ela e a
paz
Mas... como o ciclo do relógio era tão óbvio e mecânico
Lucélia destruiu a vida de César , por lhe negar
essa euforia do amor Por lhe dizer que só da
amizade nasciam frutos , por querer
Separa-lo por não fazer jus exato ao estereótipo
que Lucélia sonhara , aquele bem formado e culto
Pra César isso lhe pareceu tão imundo
Que viu do 13° andar uma poça de braços abertos
E ali enfim a vida de
César se entregava
Pois a vida de Lucélia seria arrasada
Atropelada pelo seu velho amor de tempos
atrás Que lhe desprezou , chutou feito
balde A emergência recebe dois chamados Um
corpo o de César , espatifado no chão E alguns
metros depois , na pista principal
O de Lucélia que agora entendia
que...
as pessoas destroem as vidas de outras pessoas
sem perceberem mesmo
que faltou , compreensão e igualdade
que faltou escutar a verdade
e não agir a favor da máquina
que nos ensina a destruir uns aos outros
pra depois se auto-destruírem..
pessoas...
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Vá pra casa filho
Os produtos parecem soar orgânicos
Dormência na veia que vitaliza os satélites
[Caixas e pacotes limpos , acessíveis , vista os íveis]
Níveis de superiorização embalados , clean and soft
A saliva escorre e uma mangueira absorve
Desfigura sorriso acomodado e tudo limpo
Não chamativo , aconchegante e mentiroso!
-vá pra casa meu filho.
Outdoor digital que acena uma ilusão ótica
Outra dor manual que acena realidade física
Processos bem explicados em manuais em diferentes
Idiomas idolatrados em escolas privadas
Fecundando um cérebro composto por matéria fecal
Deliberando à seus filhos , o início de uma demência
"Farma-fama-ceutica-cética-ereta-correta"
-vá pra casa , filho;
Enquanto existem pedaços de pavimento
Enquanto o cimento da inteligência não lhe afetou
Seja livre como um animal , deixe-se fazer pela repulsa
E crie o ódio como um animal , instinto e atacar
Já lhe disseram que arquivaram trocentos nomes
E aqueles que não cabem em perfis e pacotes
São como a escória que a raiva alimenta
A ex-ceção do entertrenimento
A explosão da angustia , agonia difusa
Que só você agora entende filho
Que só você serviu ao lado negro
E aguarda anciosamente seus irmãos
Abraçados com Satã
Esbravejando liberdade
Em um canal censurado
Na grafia momentânea
Não precisa entender nada
Coma o instinto e assassine o resto
- o sangue jorrando é tão lindo
você pode provar se quiser
e vem pra casa filho
vem...
sábado, 7 de agosto de 2010
O papel esquecido
que dele guardo tanto pavor , que fez fraco
o sol que outrora aprecia o lixo varrido
não é mais a mesma melodia que a nave
carrega na nau , dentro laços ventos
fiz que tudo deveria ser dito no silêncio
não é mais a mesma idade que pede
a pressão de vestir a manta e caçar
a pobre dor que pôs a esquartejar
o lençol manchado de luxúria
a mentira e o embrião
nasce em vão outro sentimento
e celebro com o vomito espatifado
no banheiro e a brisa da manhã
tórrida quanto foram os irmãos
assassinados pelo ego.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Eu te amo tanto (queria)
unindo braços, munidos de desapego
nutridos de desespero, a luz fosca do poste
depois de brisa e leve chuva
assim por ser , inunda meu peito
de tua voz , à nós um brinde
... de lágrimas , de dádivas
de inverno ladrilhado
o quadro pintado em uma tela de lcd
louvado seja então , momento
pra dizer que as luzes aspiram
motivos os quais ainda não entreguei
a frase dita de "eu te amo"
e porque ainda não me escutou
e porque o fio da saudade
se soltou , no auge da idade
em que a cidade se qualifica mais
no oscilar do nublado e a madrugada
-aonde informações digitais, foram póstumas
formação da equalização de que chamo felicidade
de que acho amor por ti , de que sempre chamei
de força maior , pra ser melhor...
queria tanto te dizer eu te amo
por trás dessa cena de um filme desfigurado
atravessar meu olhar dentro do seu
confinar minha alma na tua
e sentir o tremer da carne de breves alturas
desafinar teu sorriso, esconder lágrimas
e te abraçar me sentindo o cara mais
seguro de um conjunto mundo
mas eu te amo tanto que faço
maior dos esforços pra te odiar
pra te chamar num estalar
e conseguir desprezo também
além do mais e o mas
acredito que criei uma fenda no amor
no teu rosto e em nossos corações
fiz uma fila de discos arranhados
e deixei a chuva levar
e eu te amo tanto , que queria te dizer isso
e ver que tudo não passou de engano
sintetizado à insegurança de perder nossas
esperanças em camas , datilografadas
pelo amanhecer. tantos anos
o mesmo soprar
foi tudo desentendido , frustrado
uma ilusão
por tantos anos
eu te amo tanto
que guardo na caixa
as lágrimas , pra pintar
o quadro arquitetado
de mais um funeral
... eu te amo tanto
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Deveria
ressalvo o ódio , virtude
pra ser nossos irmãos
e beber do sangue podre
ah mãe , deveria cobrar
deveria acordar
deveria julgar e jogar
o corpo contra o carro
despedaçado que alinha
45 graus o penhasco
não tentem explicar
razão de felicidade
dentro de uma xícara
observa-se tudo mais detalhado
observa-se o olhar desesperado
pra fugir de vocês
sugadores revolucionários
perceber que tudo será sonho
penso logo , com um sabre atravessado
na barriga em que meu sistema
localiza-se há anos na velocidade da luz
e que cai aqui , perto de você
por engano
deveria ainda?
deveria?
o dever de consertar a máquina
e acompanhar o concerto
da guerra galática
por engano?
deveria matar todos vocês
e deveria acordar?
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Sopra
dentro do sépio buraco formado
do mais cinza que resolve
sorver e retroceder
lápides formaram ti , mulher
que tanto sepultou a coragem
pra saber , beber de tua nudez
em frases marcadas de tinta
lisa e geográfica
o espaço e a fusão
nuclear e sintetizada
estou dentro , de ti
mas que calha , a teia
por ser longa demais
deixa-me preso aqui
no teu ventre , e o vento
soprou aquele papel picado
soprou meu medo pra agora
sobrou aquele clima ameno
sobrou aquela raiva sequencial
até o maior dos astros
soube que o dia , invertera
toda multiplicação da fábula
numa fábrica de medo
e estruturas.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Nós nos tornamos aquilo que nunca queríamos ser
O mormaço sob forma de amarelo
O desgosto embrulhado em fita isolante
E o preso do justo faz lá pra ignorância
Querem nos empurrar um deus que não existe
Querem nos defender de um diabo que não existe
Querem condicionar a cura , a cama , o vencimento
E o peso justo da medida é tão separado...
Que todo mundo sente dor
Que todo mundo se sente palpável
Que todo mundo sorri
E o morto ainda ama , o que lhe corrói
Errante é pensar que latidos e mosquitos
Só estão mais do que certo , em cercar
E sugar dos seus ouvidos , o que lhe
Parecia inabalável , parecia acabado
Por frases feitas de otimismo
Um cartão de crédito
E uma conta conjunta
Se a vagabunda não lhe tirasse
A sorte de se ver motivado
No espelho de sete casas
No envolvente devaneio que acumula
Muito mais do que um suspense
Em uma fodida banca de jornal
O que penso depois , da lavagem
Só nos esquartejaram , só nós
O cérebro pausa continuo , vivo
Ainda que escalpelado , por viúvas
Tudo compacto , encaixado
Pra sentar-se no sofá e apodrecer
Pra parar de pensar , IN-doidar
Por que é mais justo sorrir
De tudo que te empurram
Do que contestar como realmente
A frase vai ser colocada no seu túmulo
x
x
x
sua vadia :
nós nos tornamos aquilo que nunca queríamos ser.
terça-feira, 29 de junho de 2010
Grande , pequena e demência
sopram os ventos , soldam as formas
é o que queria alguém que carrega
a cruz do cético e lotérico ,jogo
de desgraças momentâneas
e reta-cotidianas.
ele está por morrer , e não teima
deixa só o braço por cima do corpo
dentro de um telefone que aguarda
e ali apodrece , merece
e ciclo-cotidianas.
cansado de fisgar mosquitos , com bolsas de sangue
resolve se divertir passando fita colante , no focinho
do cão , do irmão e da santa que pôs no mundo
afinal vai ficando mais acessível , quando o espírito
é diluído em agonia , e o passo no asfalto sinaliza
terror em grande escala , a torcida é grande
pois é o mundo é tão grande
deus é tão grande
as pessoas tem desejos tão grandes
as cidades são tão grandes
os debates são tão grandes
até o mar é grande , óbvio
pequena só és , o sol que vira de bruços
pra lua por a faca da penumbra
pequeno só és , tu amor , pelo qual
odeio tanto e vejo uma vaga imensa
na cova da aurora e sufixação do desespero
pequena é a vida , foi-se lá com uns contos
mesmo ela te dizendo o que era certo
soprou mais , abominou , culminou
pequena mesmo é você , vida
que tanto perdem tempo tentando fantasia-la
até o falso messias já pôs a faca na garganta
pra saber o porquê de sua consequência
e por que não tentas?
demência...
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Um capítulo
um capítulo decapitado e descapitalizado
sobre a fraqueza , o assassino da espiral
e o exceto , concerto de vidas embrulhadas
em algas , regadas à bactérias
vou lhe contar que minha figura foi de contra
contra partido , contra parede , sem infinito
foi tudo , cedido , vencido , foi finito , falecido
talvez as vozes refletidas no espelho de outrora
gritam que a causa focaliza no ócio , a causa
a falta de poder que me confina , pra quem
tem cacife , e só pra escutar , o que era de se olhar
sem deixar que luzes enfileiradas em esquerda
matassem o gênio que nunca nasceu de meu coração
vou lhe contar , que tanto pensamento
possa ser posse de frustração do futuro
impermeável , impróprio , absoluto
qual tal , a mim deverias organizar uma atividade
circular sobre os dialetos filosóficos
livros envolventes , musicas consistentes
e utopia de frases de que estamos perante a mudança
a realidade que me forçam a refletir , é que a realidade de minhas células
é bem distante disso tudo , tudo
é bem mais próximo de um funeral , um pássaro
um acidente de carro e uma fotografia manchada
de café;
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Em uns metros , ela e o metrô
Como-inimigo ( comigo ) milhões de papéis e receitas
Métricos arcos , sol gelado , ladrilho in-loco-esquecido
Jaz no meu cansado olhar , três invenções de beleza
Sob suspeitas e fones de ouvido , pavios tão longos
À margem esquerda , uma voz que anuncia uma parada
Atrás de linha amarela, um calçado em decomposição
Enquanto as linhas sonoras me abafavam com fones
Foi tão letal ,quando aquele olhar desferiu no meu
Tão surreal , leal , intracarnal e mais pleonástico
Pois o plástico que queimava da minha pele ,justo pelo sol
Retarda em leigos batimentos cardíacos , vindos , lisos
A nova aurora determinada a arrasar o outono
Passou a estar breves metros ,de minha ruína
Mas como toda tradição , foi meteórico
E já deixou causar aperto , mesmo antes dela cruzar a porta
Localizar um telefone celular e deixar os rastros-de sua meia calça
Pró-sól , apagar e reluzir a estação final
Nem sei pra que , nem finalidade
Já sabia que estava morto na manhã seguinte
Espreguiçando sobre uma jogada , que
Acumula muito conselho e farsa , e parar de bater
pobre , pobre ;
sábado, 12 de junho de 2010
Só pra suprir
coinsci-demência , a-casa - aso
re-lutam , em convém / nação
de corpos balanço-ados , pro chão
re-nascimen - momento , grão
de ora / a / carvalho . essa é a hora
sentir ama -plasma-vél , i- luz - mina
a terra , plano-eta e a beta perdida
consterno-a-ação , constelo-a-ação
sorver , pra só / prar ; pra ter
rrível ; mente / a coisa , jocosa
e´-vela-ventos . cora ; coar a ação
são tó , tonto pra não saber
que já morto , o de e - efeito
é bem melhor , melhor
do que assinar uma carta magna
terça-feira, 8 de junho de 2010
Idealização da sepultura magnética
Jazz , café , copo reciclável, claves encravadas
Astro numerológico , repetente da matéria carnal
Mr, / Sir/ Sr. Srª --- dão-se aos braços
Como queira ser , como tudo receptível
... traços intangíveis , cais e o ferro
deformação facial , rente beta-células
insignificância humana , ou até astral
erros e sentiram anisiedade , dor
como se a moeda fosse de pl[ástico]
e grudasse ao ato de queimar
todas suas substâncias no eixo , cerebral
alto lá , pra foi , partir e parir convosco
e seja feito a tua velha vontade...
(()) (()) )( (()) >..'' ///// ++++ X -- X
como todas as dádivas
serão desejadas por nós
os nós desatados pelo desejo
perturbado pelo bem
o bom do padecer , quase em um aparelho
já são os mesmos canais , os mesmos trejeitos
que nossos braços morreram de tanto já
se esticar , e esguelar pra escalpelar
o ópio racional , por ser moral , na venosa mortal
pois é como num mundo , de tudo pra luxo
conectividades , atividades , empenho , acerto
o dedo que aponta o velho Deus
o pé que pisa a velha quimera de ontem
exposta em nossos diagnóstico do amanhã
e de falta em falta da memória
o demônio enche o papo
fu-raá ...
dó
domingo, 6 de junho de 2010
Morrem sem saber dizer sentido
enxergar seu corpo em camera lenta
explodindo na parede , é anestésico
desde que suas artérias , já perderam fôlego
e morrem sem saber dizer sentido
sinta-se encaixado no desespero
acumular perversidade em cada pausa no banheiro
o espelho , como todo ele , divino reflexo
da alma jaz podre , e desapegada de fé
e morrem sem saber dizer sentido
crias , nascedouro , proteção , bem-sala-de-estar / pra nada
conselhos e conectivos sobre sua vida
amores perdidos como facas incinerantes
buracos de câncer no coração
e um respiração ofegante , só pra expor cansaço
e convém da nada sobrar sol e brisa
placa cinza no céu , sem nexo pra nadar
no avesso que forma o gelo , e isola
suas palavras ...
vem assim pra me dizer , que logo
tudo isso seria mais avesso do que
preferia e pretendia , morria
sem saber dizer sentido
morria e me dizia
-pois é , sou o seu futuro