beach

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Fragmento corrompido

o fragmento abaixo
quem dirá que teve alguma
importância
se não só por minha ingênua--
idade , da solidificação
corpórea da auto destruição

imagens em terceira dimensão
copiam e colam , e lado
imagens em terceira dimensão
pesam fosco , no efeito colateral
na minha dimensão
catástrofe é só prólogo
de meia em meia hora

sou o absurdo do luto
isolado em notas radiofônicas
meta-calculado em mentiras
lançadas na espiral da cidade
onde nada mais importa
que o estéreo-interesse

sob a hipótese , hipocondria e tese
delimito a pressão pra sofrer
a chuva de palavras
pra não me importar
com qualquer um de vocês
não preciso de ninguém
pra ter motivo pra morrer
além do mais
esse meu ato de nascer

foi mero erro que Deus
rogou na humanidade

O caos é a nova moda
a ordem das coisas plásticas
forçando o meio ambiente
a ser feliz , onde dejetos indústrias
fazem de nós o lixo à margem do rio de sangue

ainda querem me falar
de sustentabilidade
sem a habilidade de prever
que é apenas a correção
do excesso que vocês pisaram
de erro que vocês amaram

a única coisa sustentável que eu enxergo
é o Apocalipse
é o Apocalipse
é o Apocalipse...



segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

This Charming Girl

instinto , ao qual insisto materializar minha carne
sabes que se pode delimitar um conjunto de beleza
além do que se pode suportar um corpo humano
do mais que se possa ter no espaço
olho do ópio mecânico que trava solenemente meus atos
rapidamente teus olhos formados no lapso de maquiagem
astral sobre a vasta imagem que lapidou

linda como os portais se acharam
invocando teu corpo que jaz ali , sob o sol
nítido mostra-me forças pra voar degraus abaixo
devaneio que até Morrisey , choraria em cantar
até Deus pediria um dueto entre a conexão estrelar

eu me arrepio de lembrar que as luzes se entrelaçam
.
utopia fragilizada pela alucinação , neurônios clamam
.
tentáculos em diafragmas , no teu ventre , sob o teu aroma
.
eminente guerra sã que minhas células vigoram religiosamente
.
agora , por teus lábios , por teus atos , entre outros laços
.
martirizando toda forma de amor , todo o caos de quem não quer
.
o ódio tido como pulsação fixa nos muros da "afetuosa-idade"

(...)

tem uma luz que nunca quer ir embora
em volta de minhas lágrimas
eu arquivo aquele cético olhar
traduzido na melodia de tua voz
implícito no meu querer
aonde um vasto campo , tornou-se mais importante
de onde pandora pôs a criar seus filhos
tem uma vida à qual quero valorizar
sem sobrepor poesia na realidade
estar tão perto de ti , torna meu montante
em fraco frasco de papel , limitado
a só te olhar , olhar sobre outro ao qual
quero ver ...

e eles sabem demais dessas coisas
tanto que segregaram e não ensinaram
a pobres garotos de coração puro
são as dores de se aspirar tal condição
são as dores de aspirar o teu semblante
eu quero sair esta noite e te provar
que impossível , torna-se real
quando uma caixa diz que a lamentação
acabou num muro
onde nosso abraço , inventou algo novo
sob qualquer perspectiva de realidade
sob a face do século do exílio
onde a lua brilhou e refletiu teu rosto
em mosaicos detalhados no céu...

(...)

se você quiser ainda , tem uma luva
e uma chance de me contar
o que deverá de ser dos rumos
além do que propaga esse feixe de retas..


domingo, 5 de dezembro de 2010

Hoje a noite

Hoje a noite
eu só queria parar de chorar
só queria , não ter que mentir
não ter que ter a noção
da lógica sufocando a pertinência

o infalível truque da eclosão
o eclipse fatal , sem forma de óbvio
sem que pra isso tenho de voltar
da montanha com sangue de nossos votos

de nossa fé , de onde a melodia
clama por riqueza espiritual
de onde seu corpo irá parar
com tanto peso
pra auto-afirmação

acredite em mim
está noite , não vamos dar chance
o que ja é programado
vamos deixar o impossível acontecer
o infalível , perder
a dor que grita sobre nós
deixar-se fitar em fumaça
onde o insensato , pupilo
do horror , que forma amor
que destrói a cor
que qualquer problema
não seja relevante ao nosso sorriso
e celebração da paz intra-crâniana
acredita em mim

além do mais esta noite
clamo por teu nome
pro impossível acontecer
hoje a noite

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Debaixo da terra

pedras difusas que soltam
da imagem após a explosão
que se acumula durante o sentido
astral que nenhuma vez foi de paz

só dos falsos heróis que carregam
a cruz do sistema
o triz do veneno
e a memória despedaçada

mais claro que isso é só o sol
o corpo desabando
a fumaça no sé-pio evaporando
pro mar de gente

entrelaçada e perdida
perdida e entrelaçada

enquanto a linha sonora é mais pesada
o sorriso quebra no eixo em que desenvolve
desprezo pra dar mais valor
e reafirmar seu ego

enquanto traços geográficos
imitam os passos do caos
lideram as pesquisas
pra te prender mais ainda

na roda viva do colapso

só por dentro da quimera
que terei a paz
só dentro da esfera
aquilo que culmina
o jamais

jaz assim então
todo mundo feliz
debaixo da terra

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Vermelho pt 2

Já descobri , o que minha última e ainda viva
artéria de meu coração senti por ti:

(...)

ódio , sua vagabunda!
ódio traduzido no reflexo da mediocridade
a idade da alienação eminente
num campo de batalha , onde a fumaça
valeu me mas interessante
do que te dizer boa noite.

e que tão pouco , tu presença ali
me questionaria , se aliviara
toda a máquina perimetral
em que as engrenagens
puseram pra esquentar
os ataques de coração

(...)

Já descobri que vermelho , traduz-me em sangue
deste bebo e nem necessito de uma lacuna inc.
pra te abstrair da minha memória
dentre outras cores , sei que virão
sei que a ilusão é mero artifício
redobrado em comprimidos
sobre o compromisso de me tornar ninguém

Já descobri tão rápido que , quero que se foda
quanto mais ao esmo que a lápide
que vou cuspir , um funeral de merda
e rir da sua desgraça alheia
assim será...

sábado, 20 de novembro de 2010

Vermelho

A cor que me lembra da pupila
nítida , sobre o fato delimitado
lembra-me a realidade
e a surra de palavras jogadas
contra meu ego , contra o vento
sem qualquer sentido , pra nós
e outros mais...
lembra-me da pulseira que te entreguei
e que provavelmente deve ter espatifado-se
no tempo que nos condenou fendas diferentes
além das quais um dia
posso suportar...
fez-se embaixo de mim uma poça
um véu e um convite de processos
dos quais não confrontam
os tempos que estava ao teu lado
se os puros corações , não suportam a dor
do peso , que hoje em dia , vale muito mais
do que aqueles breves sorrisos espalhados
por detrás daquele pavimento
vendo você descer , correr
como se fosse pra mim , como se fosse
artefato raro , inserido num coletânea de discos
fragmentados...
eu nem sei pra que cheguei com o propósito de lembrar de ti
nem sei pra que arquivar , se jaz um morto
moribundo que foca nesse belo passado
6 anos em uma odisséia
o que deus nunca quis escrever
em nossas linhas tortas

(...)


vermelho , agora me lembra do sangue derramado
e das lágrimas e lastimas desnecessárias
pra fazer de todos , falsos heróis
sob o erro do presente de Deus
o ser humano

enquanto erra no falho
meu fardo é te carregar pra vida toda
sem que você faça importância um dia
sem que eu me esqueça
quem fomos um dia

(...)

deixo lá , o dó de te amar
pra fá em façam , tudo
memórias translúcidas
esculpidas num corpo
em composição no espaço

(...)

dessas memórias me sobra espaço
no devaneio de te ver um dia
soletrando no cinza do céu
que aquele azul foi frio
e que meu desabafo
porventura
dará cadeado
nesse diário

...

já não sei mais o que meu estorvo do coração
bate e bebe por ti ...
já não
não
sei....

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ana Cecília

Dentro de uma caixa de sonhos
Dentro da lúcida chuva que soletra
As palavras como escadas rolantes
Se a cor pálida não dividisse nosso o céu

Se teus olhos verdes não me contaminassem
E num súbito reagir , pego na tua mão
E como se fôssemos íntimos de longas auroras
Damos vida , nos passos , nos olhares e espaços

Como que pra mim Cecília, fostes a cura
A linha que atravessou meu coração
Num dia de glória, na nossa porta
Onde as lápides relembram os heróis

Que morreram por tentar descobrir a paz
Que morreram por nós
Que rezam por nosso amor
Que prezam pra tua existência

Eu sei que sinto da penumbra
Teu corpo dentro do meu
Tuas pupilas à me hipnotizar
Como te amo tanto , Ana Cecília

Como que tão simples , fora o encontro
Nas esculturas de centro alocado
Em divisas e avenidas , diga-me que te encontrar
Foi mera arma do acaso , que lavo minhas mão
Nas lágrimas do céu
Que no negro dos teus cabelos
Que no pálido do teu rosto
Que no verde dos teus olhos
Encaixo-me perfeitamente nesta obra
Neutraliza meu coração como nunca
Assim jaz todo meu amor por ti , Cecília

Jaz aqui , só dentro desta caixa
Por detrás da janela , o relógio soa 13 horas do dia
A chuva parece iniciar , lavar , o que simplesmente foi um sonho
E sei que na outra porta vem o peso da realidade
E que nunca te encontrei Cecília
E que estou morto , até o dia em que você aparecer
E fazer do sol , só cinza entre as nuvens
Pra dizer que já te conhecia de algum lugar
E quando teus olhos tocarem esse meu mundo
Nada mais existirá , como uma punição divina
Linda , sempre és , e assim foi
o brilho ...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Perda

o grande porte
a grade inversa
o estereótipo convencional
status regional
e intra-venoso

"out-doors in out"

;

façanhas e grandes sorrisos
exploração inconsciente
e sempre sobra alguém na cama
sempre sobra um arrebentado


"mega-doors in "

.

o que especialmente , mente sobre a gente
faz da imagem sonho e consumo
labirintos entre as vielas e grandes construções
na propaganda semanal

...

o que era pra ser o alívio
se formou em somatório do caos
a perda mesmo sabendo que ganhou
a dor mesmo sabendo que se curou

como se eu pudesse dizer que estou livre
dessas frases , e que posso ouvir outros ares
como se fosse a verdade , outra fase
consumida na alegoria do desespero

danos morais , é moda em desfile
estar frente aos holofotes sob qualquer
meta-circunstância-ideal-motivação
o marketing e lições óbvias
de ser pseudo-infla-feliz

seja feita vossa vontade então/


a necessidade foi mais que real
surreal foi estar dentro do seu corpo
só rezei pra não perder a rotina
sei que perdi a guerra , mesmo estando tão bem armado
cai meu corpo dentro dos arames
cai o outro que levitou horas atrás
cai a verdade como ópio bastardo
cai a dor na ártéria fundida
ao cérebro do mundo
pra gritar que já está sobreposto
todo o silêncio e desastre
pra uma vida sem sorte
em órbita ...

em vida , relata-se que todo candidato de bom coração
está disposto e destinado a se foder na vida
em órbita no paralelo
nascendo do inferno
a justa causa pra parar
no abismo
visto
logo
parto
caio
desfaço
ao máximo
o corpo
partir
outro
mundo

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Força

o lodo que agregou a ruptura
uma luz de webcam , foi fumaça
em horas , tediosas e vagas
saltando rente a chuva
feixes e pingos , paralelos

a aranha que dizimou a mosca
o cal , que a paz , não deixa a cozinha ter
pra afastar de nós , todo o azar
se é pra ter asas?
pra que se jogar?

enquanto o óbvio parece ser o hospedeiro
de tantas engrenagens , sufocadas nas janelas
todo cidadão , praticante comum , dos bens duráveis
e da fé , ignorante dos dons e sons que a euforia
produz , contra partido à sua posição febril
alucinado , frente ao plasma
e a aranha agora morta

só pra poder me dar alívio
pra poder tentar ver sentido
ajudai-me , com forças e sorte
a agarrar a vaga do ofício
pra cair no ladrilho do suicídio

e morre de forma menos honrosa
da mesma aranha que disputou
seu pedaço de carne
no céu invertido e cinza

passam as vezes as luzes
alguns ruídos , vozes e imundices
que todo sujeito está disposto
a esquecer quando se é respeitado

falta agora
volta agora
porque a fita está amarrada
em nossos laços
fazendo sangrar
todo aquele espaço
que fora cenário de guerra

sábado, 6 de novembro de 2010

Abuso

o desapego desconectado ao desperdício
o abuso das horas dentro do mar
o nublado que envolveu nosso céu
veio calhar , pintar e matar

todo o tido como nunca
do que és possível , desligar os motores
momentâneas , e deixar com a sorte
o modo moderno de se deixar partir

a razão e o porquê das vidas , acontecerem nesse sentido
nessa velocidade , traçamos de tentar saber , desligar e afundar

por que todas as damas estão acima dos softwares
por que todas as damas estão acima dos chips

venha mais um pouco
abuse de tudo
e deixe rolar

nada como a chuva pra inventar o frescor
que abafou a mesa , em gigantescos , seres
multi celulares

e as damas estão acima dos softwares

domingo, 31 de outubro de 2010

Carta

mas me parece que nada desses e dos demais planos
deram exatidão no que procede a certeza
em que envolvido e vividos acentos
isentam as pernas de calcularem mais vida pra outros

no que me parece , passa uma missa bem na TV
com galopadas de meio entre o bom dia
meio que fito , pra não fritar e explodir
com o sol que espera e hesita pra chegar

pra ser justo , arrumo uma mala
de inúteis utilidades , da que todos
fazem questão de fazer do vácuo
a necessidade , que não sopra
mais um vento sequer
e se ainda ...


no trilho , com os sonhos de ontem
e o gosto do fato amargo , cinza
e que a saliva , vive ares dotados de muito álcool
pra ver como o primeiro trem se posiciona
e encarrega de dar descarga , na carga massante
que m. assinou , depois assassinou

método , foi como vento , e a nuvem que preta
precisava chegar , uma tinta azul , na caneta vale
pra começar a escrever . por tentar dizer
que tento eliminar toda contra estrela dotada
de matéria negra , e poder absoluto , do monolito

não dá pra nem um página certa de coisas sem nexo
o zero parece ser a hora em que me divido
na alma e no partir , atropelando o trem
nele já cego , abro uma garra e parto no ar
vejo que como qual razão entrei , me joguei

nos campos , que se alteram entre chuva e sol
o sólido e anormal , o vivo e sintético
a anestesia moral , e o quadro de bons costumes
o corpo cansado e a alma sed-enta
o momento e o fim!

dali esqueço de mim , flexiono tudo fora
como se nunca existisse meu nome
em qualquer boca jogada fora
pra deixar no fim uma só frase

" I'm okay with my decay"

...

Depois de 22 dias constatado o sumiço de Jason Karr , finalmente é encontrado seu corpo, já e em estado caótico de decomposição , uma garrafa de uísque , e um papel com frases desconexas. Jeff cometeu o suícidio aos 21 anos de idade , no dia 17 de Dezembro de 2004.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Reputação

Espremido numa ruptura no crânio
Onde sol faz equívoco por ser mais forte
Onde os coqueiros balançam e a praia
Se desfigura com ondas em 360°

Num livro não existe um título apropriado
Pra descrever o sentimento da massa
O aglomerado da cidade que se divide
Em dia e em noite , em funcionários e usuários

Pra assim ser e manter sua reputação
Pra assim ser e morrer sem saber
Que só foi um pedaço programado
Ou um futuro doador de órgão

Pra alimentar estatísticas
Pra liderar os rankings
Pra interagir no óbvio
Programados no jato
Sorva já seu candidato
Explore todos os atos
Incrimine quem queira a liberdade
Das peças presas em suas pernas
Quando se acorda , Quando se morre
Toda noite

Atrás dos sonhos de vital consumo
E necessidade que à primeira vista
Parecem e serão inúteis
Algemamos nossos braços
E façamos de nossos cérebros
Gema pra se derreter no asfalto
Quando sol cuspir um largo sorriso
Só pra manter sua reputação perante
Aos outros , e outros mantendo a deles
Sob novos outros.
Tá tudo desenhado nas linhas de metal

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O novo amanhecer desbota

Tudo é tido como tão claro e nítido
Que chega ser ridículo , por na cabeça
a bala, que subitamente inicializa o conhecimento

não o que é culto , legal , modal e prepotente
a potência de saber desmancha no não acreditar
no que está tido como certo , claro e nítido

a média dos termos, é desordem
o caos , que silencia , toda propaganda
e papo-furado de sustentabilidade moral

-- que se foda!

Desembaraçoso é assistir futuros , e candidatos à dono
De um fragmentada e pseudo-república
que "estereotipa" e "superficializa" a sua mera nação
e faz dela meros filhos da puta
uns tão ignorantes ao ponto de se apegar num título e o papel
e outros tão inúteis que se pagam de inteligentes por lerem
pensamentos filosóficos , taxados em desfiles de moda
cagados pela meta-burguesia-separatista
aonde iniciamos um conflito egocêntrico

nisso aí . eu só pego meu espiríto e perco sentimentos

é esquisito assistir , ao invés de "souluções" , meio que utópicas possam ser
trocas de acusações e brigas arrogantes pra se impor
no meio de políticas imediatistas , pra sentarmos e ingerir como
um multi-nacional enlatado . aonde celebridades
valem mais de um cargo na sua consciência
e o sub-intelecto levanta a bandeira da farsa e desgraça
e o supra -burro só te valoriza se você tiver algo pra dar em troca

nisso aí , eu só pego meu espiríto , e deixo cair

não sou o estereótipo prefencial
o "esta-tudo" do capital
e nem o besta filosofal , que agrega informações
já cuspidas e desconexas , e solta em sua roda inteligente
pra mim pouco me interessa a música texturizada e revolucionária
pouco me interessa de Nietzsche à Darwin
pouco me interessa de roupas à carros

me interessa destruir tudo
me interessa o caos
me interessa corromper esses valores
me interessa muito ver a cara de vocês
desesperadas , clamando por piedade
desesperadas , chorando por insanidade

pois eu sou estereótipo perfeito do APOCALIPSE
pois eu sou estereótipo perfeito do APOCALIPSE
pois eu sou estereótipo perfeito do APOCALIPSE
pois eu sou estereótipo perfeito do APOCALIPSE

e você ainda quer se casar comigo?
tem certeza?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Amor

até onde eu sei , deixou de ser face
do cotidiano , cortado em mil
pedaços ordinários , do cumulo
com ódio : QUE SEM ALMA VAZA..

*
- há quanto tempo já deixei de ter
sentimentos por qualquer ser vivo
que nem faço sentido quando existo
que meu controle não passa
de sorriso desesperado

: e o medo da cidade traçada
com metal e orvalho
os cabos infiltrando sua casa
inundando seus enlatados
e apodrecendo eco-ego
sistema...

*
24 horas se passaram desde quando
o corpo foi implodido , na exatidão
do pavor de ser feito pedra
e pouco se importar
pra quem se liga , esfria e mata

*
de longe eu assisto a amorosidade
acabarem com suas vidas
suas facetas falsas
e cheio de apegos
à superficialidade
que a mesma cidade
nos ensaiou
e jogar tudo
no buraco

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Pra comtemplar a nuvem que se destaca

parece ser presságio da dor e o limite do tímpano
parece ser nascer e desenvolver
órgãos , irmãos e "sínteses" sintetizando ao amanha a loucura
que desafia a gravidade , do círculo
focando o intermédio de duas longas
palavras , pra ser da "hipnose"um "noise" correndo farpasde madrugadas altas e caladas
lindas e traçadas , quando a fumaçacolide com o gás emanado de fogos perimetrais em
artificíos-
--
fisícos , moleculares
pluri-celulares no plural
em variáveis de que um corpo humano pode ser
quando explode
eu ainda caminho pelas ruasno desvio da manhã ,
pra tentar compreendera criação

domingo, 3 de outubro de 2010

Carrego o coração de paz

eu carreguei meu coração cheio de paz
cheio de paz
cheio de paz
carreguei o peso e preço das asas
ter tão pureza nos fios que tecem
o orvalho à cair
não é porque a vida se tornou pesada
pra cantar com demais entusiasmo
existiu um problema em ter paz demais
o freio sem nexo do destino
o zero intercalado sobre o silêncio
de nós dois , iluminados pelas
nuvens que formavam números
no imenso nó de amanhecer
frio e só
eu ainda carrego o coração de paz
as vezes tenho dito, que quanto
saudade , salva nossos escravos
de se perderem na inocência
de nascer num corpo estrelado
é tão pavoroso e tão bom
estar pra ser ovacionado
por explorar dizeres tão sinceros4
por ver que quanto mais cinza
melhor será sua noite
tuas libélulas liberam células
que as teias desencadeiam
num função singular
que me acanha , querer estar dentro de ti
ainda me perdoa?
pelas coisas estúpidas que disse
e que provavelmente farei
pra testar minha ingênuidade
na idade , aonde as teias
produzidas por mim
me agarraram e fizeram
de tudo alvo
pro alvorecer , das leves gotas
que desfilam no céu
e as vezes eu carrego o coração de paz

terça-feira, 28 de setembro de 2010

3º Diálogo : Sobre a estilosa vida de Adam Mayfields

"Pensei estar morto , pensei ter cansado de tudo
Pensei que a desistência culminaria minha voz até Deus
Supracitando todos os meus níveis , por somente
querer enfrentá-lo . Hoje percebo que é tarde demais "
.
.
.

Estes foram os últimos relatos físicos localizados de Adam Mayfields, seu paradeiro é completamente desconhecido, só sabem dizer que este , simplesmente em sua mente abstraiu toda a carcaça que teve de carregar em sua trajetória no mundo , o peso e a cobrança foram tantas que Adam viu suas multi-nacionais caírem no colapso da falência, viu sua ex-mulher Esmeralda morrer de um câncer iminente no cérebro, viu o próprio diabo sorrir, na sua frente que tombou pra trás da torre do desconhecido , oscilando sua vida entre metafetamina , sonhos e alucinações.
-
Em alta velocidade Adam vê o mundo à sua volta , vê a consulta inútil e o último porre que incrivelmente o teletransportou para outra dimensão e o fez cair , debaixo do cinza nublado e uma chuva torrencial que misturava a areia da praia , em seus olhos existia muito desprezo, muito desespero , ele já não tinha mais nada além de seu terno preto e a vontade de assassinar Deus. Mas pra isso precisaria se armar , saber como chegar até suposta condição. Porém, não havia mais poder pra Adam , não havia nada que não fosse um frasco vazio e uma dor de cabeça.
-
Percebe-se que ali já não existia nada além do ódio e o arrependimento, e a vontade de chorar e correr desesperadamente pra outra dimensão , uma viagem no tempo , uma quebra inter-estrelar , é quando inocentemente Adam começa a correr , correr debaixo da chuva e a luz do trovão que se forma e os raios destinados a pousar na água a dança do temor de Deus na construção. Percebe-se ali que Adam , faz de si um primata , faz de si o instinto pra subir no céu e explodir o raio no horizonte...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Controle?

eu quero uma ruptura no ócio
liberando ódio adjacente , na presença
dos corações libertinados pelo fracasso
a ligas e células vibrando , deixando nosso corpo
puro pra uma faca longe , mira-se uma viagem
vagada e lúcida no horror

o banco , traz-me um senhor arrependido
por não seguir seu caminho , espelho solto
da frustração em lâmina mecânica fora assim
luzes e direções de ruas úmidas , certas e focadas
só me dizia que esse era o caminho , desfocado
alucinado , mas esse era o caminho

não quero parecer de uma condição paciente
aonde o leito , nos mostra cadência
pra que forçar o ferro se ele enferruja e te adoece
seu cérebro culmina o paranormal e o êxtase
paranóia , segmentar , ladrilhos
não quero padecer dessa opinião
e mascarar meu rosto com Latex
da farsa metropolitana

eu já nasci assim arrebentado pelo útero
cuspido nas luvas do desespero
e quero vê-la e vela pois vel-os assim
zela minha qualidade de existir
rezem enquanto podem , pois o sorriso
é uma máquina de artefatos
clicada no meridiano aonde o sol
arde um pouco mais
quando atravessa os olhos

o caminho seguinte , são só corpos
estirados e esticados no chão
pós -moderno ou pós-suicida
o vaga lume que disfarça as luzes
sobre bestas palavras pra sobreviver
e tem uma mãe agarrada com a vivência
de permanecer jogando em sua cara
como existir...

vejo nossos corpos
mortos , porém
do vem comigo
do ódio , vejo vocês
abarrotando palavras robóticas e confusas
que confina minha concentração
em acertar com fogo até a cabeça de vocês
e vê-las em velas , no sol
e vejo todos mortos
carreguem consigo este ódio
pra se fazer valer
a fé disposta
em aniquilar seu coração
você , querida e todos eles
já morreram
[já, já]

domingo, 19 de setembro de 2010

Geração de pais infelizes que não viram seus filhos vencerem na vida

O click , o sol , o relógio mais a chuva repentina
Geração de pais infelizes que não viram seus filhos
vencerem na vida , pobre da podre fita
que fizeram de nós , fuzilados pela escassez
de matéria prima passional e libertária

Nossos pais são putos frustrados porque
Não possuem três máquinas com dentes
Pra chamar de terreno , e uma super vista
Pra contar histórias pra suas células

Nós estamos frustrados por ver
essa frustração assolando em pressão
uma linha que afia e afina o colapso
o peso de cair , numa paranóia
e acordar com a sensação do mero fracasso
mesmo sem esperar nada , nada

Forma-se então duas linhas de combate
Assistida pela metade conselheira
E pelo outra impositora de mercados
E abstratos , formados pelo feto podre
caído na calçada formada de cal

Forma-se uma guerra interminável
Forma-se a ego-disputa e as mesmas frases
Desfiladas como água , que escorre pelo ralo
e Volta pra sua nobre casa
Aquele que serve de exemplo

Pra outros pais infelizes que não viram seus filhos
vencerem na vida
sugarem a espera , e atropelar a chamada
vestir a carapuça do que tem que ser
e arreganhar a boca pro mundo cagar em cima
e assim esperar a morte

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Inverso

o preço é confirmado
acesso à camada de plasma
e energias nucleares pra estatizar
o futuro privado , incluo moedas
dotadas de fazer caridade
no terror da cidade

comprimir tudo em tudo
sobre todos em todos
envoltos numa camada estrelar
sob aspecto de mistério
e muita audiência

nossas vidas estão inchadas
em copos de vidro
desfiladas em carecterísticas
codificada em adjetivos
e pseudo-qualidades
que fazem números
em contas bancárias

eu juro que fui mordido por moscas
eu juro que moscas sugaram meu sangue
e depois depositaram em diversas embalagens
de iogurte desnatado em prateleiras
de mercados super-acessados

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Eu só pedi um pouco de ajuda

e eu só pedi um pouco de ajuda

perdi um pouco do eixo
que deveria fazer o sentir-se bem
por pedir um pouco de ajuda

e todo dia eu espero por você
espero por alguma coisa
que sufoque o último raio
transitório e parasita

perder na imensidão do sono
a consiência que me jogou pra fora
de um mundo , onde o útero
forma santas máquinas à cada pacote

e então eu clamo à imagem
ao arrependimento
e peço desculpas , perco a luz
e a corda gira três vezes
pronta pra assinar o cheque e o mate
se meu cérebro soubesse ainda corresponder
aos princípios inertes constituídos em constituição
a intuição não seria falha , em vão de cobrar
ouro do que escorre água e lágrima


eu só pedi um pouco de ajuda
e todo dia eu espero por você

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Medo

a arena tremeu , cerca de luminosos
crânios que rolavam e iluminavam
de sangue e sémen o boneco
que já nasceu amaldiçoado

o pacificador morreu em meados de 2004
o bula indicava precaução e anit-ação
oxidando os ácidos fatos que recombinam
o que meu dia tem de ser e acontecer

em cada fato, em cada vida, em cada-in-cada
existe uma pedra pra se carregar
deixa-lá rolar é praticamente suicídio
parece que foi mesmo deus que quis assim

e se um dia eu vê-lo se atrapalhando e caindo
com suas pedras , eu vou morrer de rir
eu vou morrer aqui , vendo ela se descontrolar
nós já estávamos mortos até aqui
um palhaço de terno me diz o que fazer
entrega nossas vidas no vazio
e sofremos por ter fé
aquele adjetivo criado pra porra nenhuma
pra formação do devaneio , este se colidindo
com o real , apresenta só o medo , de ser pego
por deus.


mas eu tenho medo , de não te dizer o que eu senti querida
e no que eu me transformei desde o último eclipse
e no que fui obrigado a fazer
eu tenho medo de mim mesmo
tenho ainda medo de ser forçado à saber de tudo

sábado, 21 de agosto de 2010

Concreto

o relógio é pouco pra dizer
quanto o concreto , solidificou
com o decorre da água
a lástima e a força estima
pra demolir uma escada
e carregar as pedras
como fardo que distribuí
bolhas em mãos

como que na garganta um bolo
em formato de choro
e o decoro , zelo pra assim
permanecer ereto , quando
tudo desaba

aqui ainda está você
que ainda traz alguns nós
desenvolvidos por células
desperdiçadas em conflitos
esticados no asfalto , pra suprir
o sol estático do sábado

aqui ainda depois que água lava o caos
lamas , sangue e pedra , veja uma orquídea
viajando rumo ao ralo , pra tomar na baía
o horizonte , bactericida pra por em escalas
separando o sujo do limpo

da vela , jaz um sonho
um gramado úmido
das lágrimas de meus amigos
aquelas que não colocaram
junto à orquídea , lá existe
um biquíni vermelho que combina
com seu batom , foi até bom

se o tremor da casa desabando
não me fizesse sangrar
em meio , escombros
e ainda falta uma semana
pra secar

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pior de se escrever

mandíbulas cerradas no céu em delírio vermelho
foca-se dor no cinza . e nutre a alma de medo
outro relógio despenca o pedaço de humanóide
em meio metrópole desfiguarada
mascaras focadas , na alegoria central

eu poderia ter deixado de chorar
e engrenar o sorriso , mas eis que a porta
rompeu-se junto com a chave
só quero me esconder , só quero desaparecer
desse você formado tão divinamente

pra que escrever além da reta focada
já nem acho mais explicação
perdi toda a dádiva maligna
pra ainda continuar , se o punho dos deuses
sofre de veneno
sofre de poder
sofre da pior coisa escrita
só pra se esconder

na xícara de café querida , ainda continha seu aroma
e num lapso milhões de flashes
fizeram o vidro quebrar
e perceber que quanto mais esfria
mais meu coração queima
pelo sabor da quimera
morta anteontem.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Vidas destruídas

-as pessoas destroem com as vidas de outras pessoas , sem perceberem...

Armando destruiu a vida de Lucélia ao não oferecer os manuscritos de sua pesquisa Lucélia por si , perde uma grande oportunidade de sucesso e entra em colapso Lucélia destruiu a vida de Lilian por fingir
escutar e aconselhar em sua vida
Lilian por si, perde o ânimo em respirar e passa a faca em sua garganta Lilian destruiu a vida de Gregório, este que alimentava uma paixão platônica
por Lilian, ao saber do suicídio afunda-se em comprimidos e injeções Gregrório destruiu a vida de César, por fingir ser seu amigo e fazer
grandes promessas de grandes sonhos, César ouve todas as palavras E acolhe-se num abismo da agonia

---
César destrui a vida de sua mãe por não escolher uma farda como
oficio
A mãe de César destrui a vida de Lucélia ao negar-lhe um
emprego
A vida de César e Lucélia põe-se em contra-tempo , alinham-se Na mesquinharia de destino e enquanto isso metade da cidade Destrói a vida de outra metade de cidade, mentindo , superiorizando
Obedecendo a luta que nos obrigaram a lutar, a cobrança que
formaram no altar
O ego psicografando todos os limites do
sufocamento
Separando adjetivando , destruindo, comparando
Matrizes e praças , laços e sentimentos

----

E nesse momento nasce em César o
mesmo sentimento
Aquele que poderia salvar , o
amor , surge um amor

Por Lucélia , que nela enxerga tudo aquilo que
poderia
Transformar na fusão
nuclear e fixar
em sua cabeça

Que ela transparecia a paz , enfim
ela e a
paz

Mas... como o ciclo do relógio era tão óbvio e mecânico
Lucélia destruiu a vida de César , por lhe negar
essa euforia do amor
Por lhe dizer que só da
amizade nasciam frutos , por querer

Separa-lo por não fazer jus exato ao estereótipo
que
Lucélia sonhara , aquele bem formado e culto
Pra César isso lhe pareceu tão imundo
Que viu do 13° andar uma poça de braços abertos
E ali enfim a vida de
César se entregava


Pois a vida de Lucélia seria arrasada
Atropelada pelo seu velho amor de tempos
atrás
Que lhe desprezou , chutou feito
balde
A emergência recebe dois chamados Um
corpo o de César , espatifado no chão
E alguns
metros depois , na pista principal

O de Lucélia que agora entendia
que...


as pessoas destroem as vidas de outras pessoas
sem perceberem mesmo
que faltou , compreensão e igualdade
que faltou escutar a verdade
e não agir a favor da máquina
que nos ensina a destruir uns aos outros
pra depois se auto-destruírem..
pessoas...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Vá pra casa filho

Novocaína e sal que valoriza o outro lado da face
Os produtos parecem soar orgânicos
Dormência na veia que vitaliza os satélites
[Caixas e pacotes limpos , acessíveis , vista os íveis]
Níveis de superiorização embalados , clean and soft
A saliva escorre e uma mangueira absorve
Desfigura sorriso acomodado e tudo limpo
Não chamativo , aconchegante e mentiroso!

-vá pra casa meu filho.

Outdoor digital que acena uma ilusão ótica
Outra dor manual que acena realidade física
Processos bem explicados em manuais em diferentes
Idiomas idolatrados em escolas privadas
Fecundando um cérebro composto por matéria fecal
Deliberando à seus filhos , o início de uma demência
"Farma-fama-ceutica-cética-ereta-correta"

-vá pra casa , filho;

Enquanto existem pedaços de pavimento
Enquanto o cimento da inteligência não lhe afetou
Seja livre como um animal , deixe-se fazer pela repulsa
E crie o ódio como um animal , instinto e atacar
Já lhe disseram que arquivaram trocentos nomes
E aqueles que não cabem em perfis e pacotes
São como a escória que a raiva alimenta
A ex-ceção do entertrenimento
A explosão da angustia , agonia difusa
Que só você agora entende filho
Que só você serviu ao lado negro
E aguarda anciosamente seus irmãos
Abraçados com Satã
Esbravejando liberdade
Em um canal censurado
Na grafia momentânea
Não precisa entender nada
Coma o instinto e assassine o resto

- o sangue jorrando é tão lindo
você pode provar se quiser
e vem pra casa filho
vem...

sábado, 7 de agosto de 2010

O papel esquecido

espero que nunca tenha que desmembrar o futuro
que dele guardo tanto pavor , que fez fraco
o sol que outrora aprecia o lixo varrido
não é mais a mesma melodia que a nave
carrega na nau , dentro laços ventos
fiz que tudo deveria ser dito no silêncio
não é mais a mesma idade que pede
a pressão de vestir a manta e caçar
a pobre dor que pôs a esquartejar
o lençol manchado de luxúria
a mentira e o embrião
nasce em vão outro sentimento
e celebro com o vomito espatifado
no banheiro e a brisa da manhã
tórrida quanto foram os irmãos
assassinados pelo ego.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Eu te amo tanto (queria)

-tudo o que queria, naquelo momento era a umidade do asfalto
unindo braços, munidos de desapego
nutridos de desespero, a luz fosca do poste
depois de brisa e leve chuva
assim por ser , inunda meu peito
de tua voz , à nós um brinde

... de lágrimas , de dádivas
de inverno ladrilhado
o quadro pintado em uma tela de lcd
louvado seja então , momento

pra dizer que as luzes aspiram
motivos os quais ainda não entreguei
a frase dita de "eu te amo"
e porque ainda não me escutou
e porque o fio da saudade
se soltou , no auge da idade
em que a cidade se qualifica mais
no oscilar do nublado e a madrugada

-aonde informações digitais, foram póstumas
formação da equalização de que chamo felicidade
de que acho amor por ti , de que sempre chamei
de força maior , pra ser melhor...

queria tanto te dizer eu te amo
por trás dessa cena de um filme desfigurado
atravessar meu olhar dentro do seu
confinar minha alma na tua
e sentir o tremer da carne de breves alturas
desafinar teu sorriso, esconder lágrimas
e te abraçar me sentindo o cara mais
seguro de um conjunto mundo
mas eu te amo tanto que faço
maior dos esforços pra te odiar
pra te chamar num estalar
e conseguir desprezo também
além do mais e o mas
acredito que criei uma fenda no amor
no teu rosto e em nossos corações
fiz uma fila de discos arranhados
e deixei a chuva levar
e eu te amo tanto , que queria te dizer isso
e ver que tudo não passou de engano
sintetizado à insegurança de perder nossas
esperanças em camas , datilografadas
pelo amanhecer. tantos anos
o mesmo soprar
foi tudo desentendido , frustrado
uma ilusão
por tantos anos
eu te amo tanto
que guardo na caixa
as lágrimas , pra pintar
o quadro arquitetado
de mais um funeral

... eu te amo tanto

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Deveria

deveria ter evitado o corte
ressalvo o ódio , virtude
pra ser nossos irmãos
e beber do sangue podre

ah mãe , deveria cobrar
deveria acordar
deveria julgar e jogar
o corpo contra o carro
despedaçado que alinha
45 graus o penhasco

não tentem explicar
razão de felicidade
dentro de uma xícara
observa-se tudo mais detalhado
observa-se o olhar desesperado
pra fugir de vocês
sugadores revolucionários

perceber que tudo será sonho
penso logo , com um sabre atravessado
na barriga em que meu sistema
localiza-se há anos na velocidade da luz
e que cai aqui , perto de você
por engano

deveria ainda?
deveria?
o dever de consertar a máquina
e acompanhar o concerto
da guerra galática
por engano?
deveria matar todos vocês
e deveria acordar?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sopra

os papéis picados , sopram o lógico
dentro do sépio buraco formado
do mais cinza que resolve
sorver e retroceder

lápides formaram ti , mulher
que tanto sepultou a coragem
pra saber , beber de tua nudez
em frases marcadas de tinta

lisa e geográfica
o espaço e a fusão
nuclear e sintetizada
estou dentro , de ti

mas que calha , a teia
por ser longa demais
deixa-me preso aqui
no teu ventre , e o vento

soprou aquele papel picado
soprou meu medo pra agora
sobrou aquele clima ameno
sobrou aquela raiva sequencial

até o maior dos astros
soube que o dia , invertera
toda multiplicação da fábula
numa fábrica de medo
e estruturas.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Nós nos tornamos aquilo que nunca queríamos ser

O embaraço dos ponteiros
O mormaço sob forma de amarelo
O desgosto embrulhado em fita isolante
E o preso do justo faz lá pra ignorância

Querem nos empurrar um deus que não existe
Querem nos defender de um diabo que não existe
Querem condicionar a cura , a cama , o vencimento
E o peso justo da medida é tão separado...

Que todo mundo sente dor
Que todo mundo se sente palpável
Que todo mundo sorri
E o morto ainda ama , o que lhe corrói

Errante é pensar que latidos e mosquitos
Só estão mais do que certo , em cercar
E sugar dos seus ouvidos , o que lhe
Parecia inabalável , parecia acabado
Por frases feitas de otimismo
Um cartão de crédito
E uma conta conjunta
Se a vagabunda não lhe tirasse
A sorte de se ver motivado
No espelho de sete casas
No envolvente devaneio que acumula
Muito mais do que um suspense
Em uma fodida banca de jornal


O que penso depois , da lavagem
Só nos esquartejaram , só nós
O cérebro pausa continuo , vivo
Ainda que escalpelado , por viúvas
Tudo compacto , encaixado
Pra sentar-se no sofá e apodrecer
Pra parar de pensar , IN-doidar
Por que é mais justo sorrir
De tudo que te empurram
Do que contestar como realmente
A frase vai ser colocada no seu túmulo
x
x
x
sua vadia :
nós nos tornamos aquilo que nunca queríamos ser.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Grande , pequena e demência

a dinâmica tem base na demência
sopram os ventos , soldam as formas
é o que queria alguém que carrega
a cruz do cético e lotérico ,jogo
de desgraças momentâneas
e reta-cotidianas.

ele está por morrer , e não teima
deixa só o braço por cima do corpo
dentro de um telefone que aguarda
e ali apodrece , merece
e ciclo-cotidianas.

cansado de fisgar mosquitos , com bolsas de sangue
resolve se divertir passando fita colante , no focinho
do cão , do irmão e da santa que pôs no mundo

afinal vai ficando mais acessível , quando o espírito
é diluído em agonia , e o passo no asfalto sinaliza
terror em grande escala , a torcida é grande

pois é o mundo é tão grande
deus é tão grande
as pessoas tem desejos tão grandes
as cidades são tão grandes
os debates são tão grandes
até o mar é grande , óbvio

pequena só és , o sol que vira de bruços
pra lua por a faca da penumbra
pequeno só és , tu amor , pelo qual
odeio tanto e vejo uma vaga imensa
na cova da aurora e sufixação do desespero

pequena é a vida , foi-se lá com uns contos
mesmo ela te dizendo o que era certo
soprou mais , abominou , culminou
pequena mesmo é você , vida
que tanto perdem tempo tentando fantasia-la
até o falso messias pôs a faca na garganta
pra saber o porquê de sua consequência
e por que não tentas?
demência...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Um capítulo

vou lhe contar sobre um capítulo
um capítulo decapitado e descapitalizado
sobre a fraqueza , o assassino da espiral
e o exceto , concerto de vidas embrulhadas
em algas , regadas à bactérias
vou lhe contar que minha figura foi de contra
contra partido , contra parede , sem infinito
foi tudo , cedido , vencido , foi finito , falecido

talvez as vozes refletidas no espelho de outrora
gritam que a causa focaliza no ócio , a causa
a falta de poder que me confina , pra quem
tem cacife , e só pra escutar , o que era de se olhar
sem deixar que luzes enfileiradas em esquerda
matassem o gênio que nunca nasceu de meu coração

vou lhe contar , que tanto pensamento
possa ser posse de frustração do futuro
impermeável , impróprio , absoluto
qual tal , a mim deverias organizar uma atividade
circular sobre os dialetos filosóficos
livros envolventes , musicas consistentes
e utopia de frases de que estamos perante a mudança

a realidade que me forçam a refletir , é que a realidade de minhas células
é bem distante disso tudo , tudo
é bem mais próximo de um funeral , um pássaro
um acidente de carro e uma fotografia manchada
de café;

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Em uns metros , ela e o metrô

Consigo-ignição-em cada nado por linha férrea
Como-inimigo ( comigo ) milhões de papéis e receitas
Métricos arcos , sol gelado , ladrilho in-loco-esquecido
Jaz no meu cansado olhar , três invenções de beleza
Sob suspeitas e fones de ouvido , pavios tão longos
À margem esquerda , uma voz que anuncia uma parada
Atrás de linha amarela, um calçado em decomposição
Enquanto as linhas sonoras me abafavam com fones
Foi tão letal ,quando aquele olhar desferiu no meu
Tão surreal , leal , intracarnal e mais pleonástico
Pois o plástico que queimava da minha pele ,justo pelo sol
Retarda em leigos batimentos cardíacos , vindos , lisos
A nova aurora determinada a arrasar o outono
Passou a estar breves metros ,de minha ruína
Mas como toda tradição , foi meteórico
E deixou causar aperto , mesmo antes dela cruzar a porta
Localizar um telefone celular e deixar os rastros-de sua meia calça
Pró-sól , apagar e reluzir a estação final
Nem sei pra que , nem finalidade
Já sabia que estava morto na manhã seguinte
Espreguiçando sobre uma jogada , que
Acumula muito conselho e farsa , e parar de bater
pobre , pobre ;

sábado, 12 de junho de 2010

Só pra suprir

o conto-texto , feito para- ali- sado
coinsci-demência , a-casa - aso
re-lutam , em convém / nação
de corpos balanço-ados , pro chão

re-nascimen - momento , grão
de ora / a / carvalho . essa é a hora
sentir ama -plasma-vél , i- luz - mina
a terra , plano-eta e a beta perdida

consterno-a-ação , constelo-a-ação
sorver , pra só / prar ; pra ter
rrível ; mente / a coisa , jocosa
e´-vela-ventos . cora ; coar a ação

são , tonto pra não saber
que já morto , o de e - efeito
é bem melhor , melhor
do que assinar uma carta magna

terça-feira, 8 de junho de 2010

Idealização da sepultura magnética

Idealização da sepultura magnética
Jazz , café , copo reciclável, claves encravadas
Astro numerológico , repetente da matéria carnal
Mr, / Sir/ Sr. Srª --- dão-se aos braços
Como queira ser , como tudo receptível

... traços intangíveis , cais e o ferro
deformação facial , rente beta-células
insignificância humana , ou até astral
erros e sentiram anisiedade , dor
como se a moeda fosse de pl[ástico]
e grudasse ao ato de queimar
todas suas substâncias no eixo , cerebral
alto lá , pra foi , partir e parir convosco
e seja feito a tua velha vontade...

(()) (()) )( (()) >..'' ///// ++++ X -- X

como todas as dádivas
serão desejadas por nós
os nós desatados pelo desejo
perturbado pelo bem
o bom do padecer , quase em um aparelho
já são os mesmos canais , os mesmos trejeitos
que nossos braços morreram de tanto já
se esticar , e esguelar pra escalpelar
o ópio racional , por ser moral , na venosa mortal
pois é como num mundo , de tudo pra luxo
conectividades , atividades , empenho , acerto
o dedo que aponta o velho Deus
o pé que pisa a velha quimera de ontem
exposta em nossos diagnóstico do amanhã
e de falta em falta da memória
o demônio enche o papo
fu-raá ...

domingo, 6 de junho de 2010

Morrem sem saber dizer sentido

sinta-se acabado pelo trago
enxergar seu corpo em camera lenta
explodindo na parede , é anestésico
desde que suas artérias , já perderam fôlego
e morrem sem saber dizer sentido

sinta-se encaixado no desespero
acumular perversidade em cada pausa no banheiro
o espelho , como todo ele , divino reflexo
da alma jaz podre , e desapegada de fé
e morrem sem saber dizer sentido

crias , nascedouro , proteção , bem-sala-de-estar / pra nada
conselhos e conectivos sobre sua vida
amores perdidos como facas incinerantes
buracos de câncer no coração
e um respiração ofegante , só pra expor cansaço
e convém da nada sobrar sol e brisa
placa cinza no céu , sem nexo pra nadar
no avesso que forma o gelo , e isola
suas palavras ...

vem assim pra me dizer , que logo
tudo isso seria mais avesso do que
preferia e pretendia , morria
sem saber dizer sentido

morria e me dizia

-pois é , sou o seu futuro