beach

beach
beach

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Nós nos tornamos aquilo que nunca queríamos ser

O embaraço dos ponteiros
O mormaço sob forma de amarelo
O desgosto embrulhado em fita isolante
E o preso do justo faz lá pra ignorância

Querem nos empurrar um deus que não existe
Querem nos defender de um diabo que não existe
Querem condicionar a cura , a cama , o vencimento
E o peso justo da medida é tão separado...

Que todo mundo sente dor
Que todo mundo se sente palpável
Que todo mundo sorri
E o morto ainda ama , o que lhe corrói

Errante é pensar que latidos e mosquitos
Só estão mais do que certo , em cercar
E sugar dos seus ouvidos , o que lhe
Parecia inabalável , parecia acabado
Por frases feitas de otimismo
Um cartão de crédito
E uma conta conjunta
Se a vagabunda não lhe tirasse
A sorte de se ver motivado
No espelho de sete casas
No envolvente devaneio que acumula
Muito mais do que um suspense
Em uma fodida banca de jornal


O que penso depois , da lavagem
Só nos esquartejaram , só nós
O cérebro pausa continuo , vivo
Ainda que escalpelado , por viúvas
Tudo compacto , encaixado
Pra sentar-se no sofá e apodrecer
Pra parar de pensar , IN-doidar
Por que é mais justo sorrir
De tudo que te empurram
Do que contestar como realmente
A frase vai ser colocada no seu túmulo
x
x
x
sua vadia :
nós nos tornamos aquilo que nunca queríamos ser.

Nenhum comentário: