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terça-feira, 29 de junho de 2010

Grande , pequena e demência

a dinâmica tem base na demência
sopram os ventos , soldam as formas
é o que queria alguém que carrega
a cruz do cético e lotérico ,jogo
de desgraças momentâneas
e reta-cotidianas.

ele está por morrer , e não teima
deixa só o braço por cima do corpo
dentro de um telefone que aguarda
e ali apodrece , merece
e ciclo-cotidianas.

cansado de fisgar mosquitos , com bolsas de sangue
resolve se divertir passando fita colante , no focinho
do cão , do irmão e da santa que pôs no mundo

afinal vai ficando mais acessível , quando o espírito
é diluído em agonia , e o passo no asfalto sinaliza
terror em grande escala , a torcida é grande

pois é o mundo é tão grande
deus é tão grande
as pessoas tem desejos tão grandes
as cidades são tão grandes
os debates são tão grandes
até o mar é grande , óbvio

pequena só és , o sol que vira de bruços
pra lua por a faca da penumbra
pequeno só és , tu amor , pelo qual
odeio tanto e vejo uma vaga imensa
na cova da aurora e sufixação do desespero

pequena é a vida , foi-se lá com uns contos
mesmo ela te dizendo o que era certo
soprou mais , abominou , culminou
pequena mesmo é você , vida
que tanto perdem tempo tentando fantasia-la
até o falso messias pôs a faca na garganta
pra saber o porquê de sua consequência
e por que não tentas?
demência...

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