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domingo, 6 de junho de 2010

Morrem sem saber dizer sentido

sinta-se acabado pelo trago
enxergar seu corpo em camera lenta
explodindo na parede , é anestésico
desde que suas artérias , já perderam fôlego
e morrem sem saber dizer sentido

sinta-se encaixado no desespero
acumular perversidade em cada pausa no banheiro
o espelho , como todo ele , divino reflexo
da alma jaz podre , e desapegada de fé
e morrem sem saber dizer sentido

crias , nascedouro , proteção , bem-sala-de-estar / pra nada
conselhos e conectivos sobre sua vida
amores perdidos como facas incinerantes
buracos de câncer no coração
e um respiração ofegante , só pra expor cansaço
e convém da nada sobrar sol e brisa
placa cinza no céu , sem nexo pra nadar
no avesso que forma o gelo , e isola
suas palavras ...

vem assim pra me dizer , que logo
tudo isso seria mais avesso do que
preferia e pretendia , morria
sem saber dizer sentido

morria e me dizia

-pois é , sou o seu futuro

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