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domingo, 30 de maio de 2010

O farol, ar-sfalto

... digo que na , verdade , sinceramente
existe uma luz no inicio do turno , do túnel
e toda sua ambição de estalar , o que era
medula rebobinável , óssea

mas pudera ter limites , estradas
e faróis isolados e apagados
vale , crer no que uma prisão
fez de todo o inexistente

tão

sólido
descrente

areia , tão fina e tão densa
outono programado
cujo de quadros pintados
dedos e óleo

olhos
respondem
o que o dizer
jaz morto

último estágio do coma´
última tecnologia , bipada
cliquei e pressão , ar comprimido
ponto na traquéia
e só , pra me salvar
do mar vermelho de glóbulos
rubis , vivos --orgão//nelas
ponto de intersecção
pastas e diagnósticos
cruz
espátula
grafite

digo que o farol se ascendeu
digo isto com uma pitada em corações
tão in-Gênuos e ômegas
paz e desleixo , sem importância letal
digo por ser , que foi mesmo assim
um instante formado , tombado em sombra
que desenha linha de quatro paredes
digo , do fundo das artérias
uma rua , nublada , luzes orvalhantes
de meia-noite pra meio-dia
o asfalto ainda húmido
pós-chuva calmaria
estende-se a luz um feixe vermelho entre
outra cores intangíveis , mãos sedosas
e um terminal , aval ... que pra mim que final
é de romper na exatidão meus ligamentos
e meus dedos , sonorizaram uma cascata
apaga-se e nasce da matutina aurora
paga-se e apaga´-se , nasce o dia

--

- que droga ! percebo que sou perecível ;
- e ainda vivo .

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