os papéis picados , sopram o lógico
dentro do sépio buraco formado
do mais cinza que resolve
sorver e retroceder
lápides formaram ti , mulher
que tanto sepultou a coragem
pra saber , beber de tua nudez
em frases marcadas de tinta
lisa e geográfica
o espaço e a fusão
nuclear e sintetizada
estou dentro , de ti
mas que calha , a teia
por ser longa demais
deixa-me preso aqui
no teu ventre , e o vento
soprou aquele papel picado
soprou meu medo pra agora
sobrou aquele clima ameno
sobrou aquela raiva sequencial
até o maior dos astros
soube que o dia , invertera
toda multiplicação da fábula
numa fábrica de medo
e estruturas.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
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