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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Eu te amo tanto (queria)

-tudo o que queria, naquelo momento era a umidade do asfalto
unindo braços, munidos de desapego
nutridos de desespero, a luz fosca do poste
depois de brisa e leve chuva
assim por ser , inunda meu peito
de tua voz , à nós um brinde

... de lágrimas , de dádivas
de inverno ladrilhado
o quadro pintado em uma tela de lcd
louvado seja então , momento

pra dizer que as luzes aspiram
motivos os quais ainda não entreguei
a frase dita de "eu te amo"
e porque ainda não me escutou
e porque o fio da saudade
se soltou , no auge da idade
em que a cidade se qualifica mais
no oscilar do nublado e a madrugada

-aonde informações digitais, foram póstumas
formação da equalização de que chamo felicidade
de que acho amor por ti , de que sempre chamei
de força maior , pra ser melhor...

queria tanto te dizer eu te amo
por trás dessa cena de um filme desfigurado
atravessar meu olhar dentro do seu
confinar minha alma na tua
e sentir o tremer da carne de breves alturas
desafinar teu sorriso, esconder lágrimas
e te abraçar me sentindo o cara mais
seguro de um conjunto mundo
mas eu te amo tanto que faço
maior dos esforços pra te odiar
pra te chamar num estalar
e conseguir desprezo também
além do mais e o mas
acredito que criei uma fenda no amor
no teu rosto e em nossos corações
fiz uma fila de discos arranhados
e deixei a chuva levar
e eu te amo tanto , que queria te dizer isso
e ver que tudo não passou de engano
sintetizado à insegurança de perder nossas
esperanças em camas , datilografadas
pelo amanhecer. tantos anos
o mesmo soprar
foi tudo desentendido , frustrado
uma ilusão
por tantos anos
eu te amo tanto
que guardo na caixa
as lágrimas , pra pintar
o quadro arquitetado
de mais um funeral

... eu te amo tanto

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