o relógio é pouco pra dizer
quanto o concreto , solidificou
com o decorre da água
a lástima e a força estima
pra demolir uma escada
e carregar as pedras
como fardo que distribuí
bolhas em mãos
como que na garganta um bolo
em formato de choro
e o decoro , zelo pra assim
permanecer ereto , quando
tudo desaba
aqui ainda está você
que ainda traz alguns nós
desenvolvidos por células
desperdiçadas em conflitos
esticados no asfalto , pra suprir
o sol estático do sábado
aqui ainda depois que água lava o caos
lamas , sangue e pedra , veja uma orquídea
viajando rumo ao ralo , pra tomar na baía
o horizonte , bactericida pra por em escalas
separando o sujo do limpo
da vela , jaz um sonho
um gramado úmido
das lágrimas de meus amigos
aquelas que não colocaram
junto à orquídea , lá existe
um biquíni vermelho que combina
com seu batom , foi até bom
se o tremor da casa desabando
não me fizesse sangrar
em meio , escombros
e ainda falta uma semana
pra secar
sábado, 21 de agosto de 2010
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