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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Vá pra casa filho

Novocaína e sal que valoriza o outro lado da face
Os produtos parecem soar orgânicos
Dormência na veia que vitaliza os satélites
[Caixas e pacotes limpos , acessíveis , vista os íveis]
Níveis de superiorização embalados , clean and soft
A saliva escorre e uma mangueira absorve
Desfigura sorriso acomodado e tudo limpo
Não chamativo , aconchegante e mentiroso!

-vá pra casa meu filho.

Outdoor digital que acena uma ilusão ótica
Outra dor manual que acena realidade física
Processos bem explicados em manuais em diferentes
Idiomas idolatrados em escolas privadas
Fecundando um cérebro composto por matéria fecal
Deliberando à seus filhos , o início de uma demência
"Farma-fama-ceutica-cética-ereta-correta"

-vá pra casa , filho;

Enquanto existem pedaços de pavimento
Enquanto o cimento da inteligência não lhe afetou
Seja livre como um animal , deixe-se fazer pela repulsa
E crie o ódio como um animal , instinto e atacar
Já lhe disseram que arquivaram trocentos nomes
E aqueles que não cabem em perfis e pacotes
São como a escória que a raiva alimenta
A ex-ceção do entertrenimento
A explosão da angustia , agonia difusa
Que só você agora entende filho
Que só você serviu ao lado negro
E aguarda anciosamente seus irmãos
Abraçados com Satã
Esbravejando liberdade
Em um canal censurado
Na grafia momentânea
Não precisa entender nada
Coma o instinto e assassine o resto

- o sangue jorrando é tão lindo
você pode provar se quiser
e vem pra casa filho
vem...

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