beach

beach
beach

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Medo

a arena tremeu , cerca de luminosos
crânios que rolavam e iluminavam
de sangue e sémen o boneco
que já nasceu amaldiçoado

o pacificador morreu em meados de 2004
o bula indicava precaução e anit-ação
oxidando os ácidos fatos que recombinam
o que meu dia tem de ser e acontecer

em cada fato, em cada vida, em cada-in-cada
existe uma pedra pra se carregar
deixa-lá rolar é praticamente suicídio
parece que foi mesmo deus que quis assim

e se um dia eu vê-lo se atrapalhando e caindo
com suas pedras , eu vou morrer de rir
eu vou morrer aqui , vendo ela se descontrolar
nós já estávamos mortos até aqui
um palhaço de terno me diz o que fazer
entrega nossas vidas no vazio
e sofremos por ter fé
aquele adjetivo criado pra porra nenhuma
pra formação do devaneio , este se colidindo
com o real , apresenta só o medo , de ser pego
por deus.


mas eu tenho medo , de não te dizer o que eu senti querida
e no que eu me transformei desde o último eclipse
e no que fui obrigado a fazer
eu tenho medo de mim mesmo
tenho ainda medo de ser forçado à saber de tudo

Nenhum comentário: