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sábado, 20 de novembro de 2010

Vermelho

A cor que me lembra da pupila
nítida , sobre o fato delimitado
lembra-me a realidade
e a surra de palavras jogadas
contra meu ego , contra o vento
sem qualquer sentido , pra nós
e outros mais...
lembra-me da pulseira que te entreguei
e que provavelmente deve ter espatifado-se
no tempo que nos condenou fendas diferentes
além das quais um dia
posso suportar...
fez-se embaixo de mim uma poça
um véu e um convite de processos
dos quais não confrontam
os tempos que estava ao teu lado
se os puros corações , não suportam a dor
do peso , que hoje em dia , vale muito mais
do que aqueles breves sorrisos espalhados
por detrás daquele pavimento
vendo você descer , correr
como se fosse pra mim , como se fosse
artefato raro , inserido num coletânea de discos
fragmentados...
eu nem sei pra que cheguei com o propósito de lembrar de ti
nem sei pra que arquivar , se jaz um morto
moribundo que foca nesse belo passado
6 anos em uma odisséia
o que deus nunca quis escrever
em nossas linhas tortas

(...)


vermelho , agora me lembra do sangue derramado
e das lágrimas e lastimas desnecessárias
pra fazer de todos , falsos heróis
sob o erro do presente de Deus
o ser humano

enquanto erra no falho
meu fardo é te carregar pra vida toda
sem que você faça importância um dia
sem que eu me esqueça
quem fomos um dia

(...)

deixo lá , o dó de te amar
pra fá em façam , tudo
memórias translúcidas
esculpidas num corpo
em composição no espaço

(...)

dessas memórias me sobra espaço
no devaneio de te ver um dia
soletrando no cinza do céu
que aquele azul foi frio
e que meu desabafo
porventura
dará cadeado
nesse diário

...

já não sei mais o que meu estorvo do coração
bate e bebe por ti ...
já não
não
sei....

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