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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ana Cecília

Dentro de uma caixa de sonhos
Dentro da lúcida chuva que soletra
As palavras como escadas rolantes
Se a cor pálida não dividisse nosso o céu

Se teus olhos verdes não me contaminassem
E num súbito reagir , pego na tua mão
E como se fôssemos íntimos de longas auroras
Damos vida , nos passos , nos olhares e espaços

Como que pra mim Cecília, fostes a cura
A linha que atravessou meu coração
Num dia de glória, na nossa porta
Onde as lápides relembram os heróis

Que morreram por tentar descobrir a paz
Que morreram por nós
Que rezam por nosso amor
Que prezam pra tua existência

Eu sei que sinto da penumbra
Teu corpo dentro do meu
Tuas pupilas à me hipnotizar
Como te amo tanto , Ana Cecília

Como que tão simples , fora o encontro
Nas esculturas de centro alocado
Em divisas e avenidas , diga-me que te encontrar
Foi mera arma do acaso , que lavo minhas mão
Nas lágrimas do céu
Que no negro dos teus cabelos
Que no pálido do teu rosto
Que no verde dos teus olhos
Encaixo-me perfeitamente nesta obra
Neutraliza meu coração como nunca
Assim jaz todo meu amor por ti , Cecília

Jaz aqui , só dentro desta caixa
Por detrás da janela , o relógio soa 13 horas do dia
A chuva parece iniciar , lavar , o que simplesmente foi um sonho
E sei que na outra porta vem o peso da realidade
E que nunca te encontrei Cecília
E que estou morto , até o dia em que você aparecer
E fazer do sol , só cinza entre as nuvens
Pra dizer que já te conhecia de algum lugar
E quando teus olhos tocarem esse meu mundo
Nada mais existirá , como uma punição divina
Linda , sempre és , e assim foi
o brilho ...

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