beach

beach
beach

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Segmento do óbvio

A cidade parece óbvia, carros, processos, fumaças, ecos, palavras e dor. E como tudo que se reprime na arte do óbvio, até meu ser se tornou óbvio. A paranóia, que atreve a seguida, paira no desfile dos ladrilhhos de grandes arranha-céus, céus , que já estão limitados pelo toque "supra-humano". Uma resenha e outra análise de um disco, jornais e teledocumentários. Compras , grandes aquisições , felicidades, obrigação de parecer mutante num Estado independente. Até aí , me concentrava na ruptura dos seres e suas crenças . Dar um tom iluminista nas mentes que precisam da troca nivelada de informação, superando a lógica de tecnologia e avanços , algo mais "intra-espacial" . Mas até me deparar , mesmo que olhando pra trás , com o óbvio de amar , pôs-me a declinar de minha reta , traçada de forma visionária. Essa queda me pôs no óbvio , na esfera ilusória secular , na merda da esperança. Eu já não era mais ninguém e nem ligava pra isso , até esse batimento reanimar o chamado coração.

___________________________________________________________________________

Hoje é óbvio
Som é óbvio
Parecer é óbvio
Limitar é óbvio
Diferir é óbvio
Sangrar é óbvio
Sonhar é óbvio
Esperar é óbvio
Construir é óbvio
Amar é óbvio
Declinar é propósito do ópio

__________________________________

Como toda frase vai ser
Como todo o efeito vai guardar
Como toda vontade vai acabar
Neste segmento modista
Seguindo a linha do destino
Em foder a mente e o pensamento
Eu já devia saber , antes de sonhar
Que toda prática alimentada
Depara na porta da Quimera óbvia
Como um algoz esclarecido
Explode toda nivelação
Retraída e repensada
Observar meu corpo vagando
No auge do infinito
Veja é tão óbvio
Que era impossível de se renegar
À crença ,agarrada as dimensões
ilusões dentro de uma caixa
Marca de frases sem efeito
nenhum.

Nenhum comentário: