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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Desfile de palavras bestas

Rua da santa consternação , n° 0 , parelela à avenida segmentar ao prédio
contra-partido
;
Por lá vago , calmamente em passos agonizantes
sobre a frágil maquilagem do pavimento
sobre a reza machada no sangue
explorado e exposto , claramente
o céu tá vermelho
____
Mas ainda tá quente , pressão
sobre a estatura disposta da escala de Kelvin
coversores quebraram e liguei língua ao rádio
por pavor ao envolvimento das alegorias
a brisa tá fraca
_____
Vejo diversos pares ordenados , sempre perto de mim
Vejo o auge das paixões,o verniz nos dentes e os lábios
se debatendo um por dentro do outro
parece proposital , parece armado
parece que é pra me ofender , por alguma
injusta caça ao oleoduto do concentrado sabor de amar
eles estão em pares , elas estão em pares
pares aos ares ordenados ao senhor das hipóteses , destinadas
eu tenho o par , mas de que vale o meu par
se me tornei o ímpar imperfeito
eu sou um idiota.
>>>
Vai saber pra onde caminhei
pra que ruína me afundei
e o preço a ser pago
o patético disso tudo
é saber que eu ainda tenho
a obrigação de fazer piada
deixar correr desfile
e me amontoar nos corpos
podres pelo cansaço

Um comentário:

Unknown disse...

esse ficou demais ! não acontece em com todos os textos, mas me vi no cenário que você descreveu. tu escreve muito cara ! não canso de repetir ;D