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segunda-feira, 29 de junho de 2009

A carta que deixei em meu espelho

Não quis me registrar um nome , uma identidade
Apenas me passava um olhar passível
Somente do desespero
Soube como me enumerar cada palavra , cada singela frase
Daí começa o que veio à me dizer

Cada caso como seu particular
Detém de tanta negatividade
Circulando a cada mesmiçe
De meus atos focados na fuga
Dos reais braços do pavimento;

Ele só me disse que por causa do amor
Ele deixou de ver Deus e Jesus aos beijos sagrados
Ele deixou de temer o próprio Diabo
Ele deixou de sentir o que há na vida
Deixou de transpirar cada sorrisinho covarde inalado

E passou a apodrecer no esquecimento
Passou à amar o isolamento
Num caso tão tórrido e épico
Que seus olhos ficam tortos à cada passe

Começou a colocar culpa no devaneio de destino
Começou a ter desespero com cada coincidência
Começou a furar o espaço passional
Lamentando se graduar no desprezo

E a cada instante que tudo se diferencia
Ao seu propósito de deixar mais um projeto material
Surge mais uma menina , tão legal
Pra lhe causar o mesmo receio de tentar amar novamente
De tentar ser tão poético e utópico
De querer fragmentar o mais belo ódio
Pra puxar da menor fenda , o beijo.

Mas não...

Não. Não . Não .

Por culpa da merdinha de amor que alimentou
Sobre as 5 primaveras passadas
Não consegue sequer dizer pra que veio
Não tem mais a coragem categórica
De dizer ao novo amor , que só espera um beijo e nada mais

Por essa bosta inventada , que ele não consegue mais viver
Por esse adjetivo tão abstrato , que ele não consegue tocar
Por esse conceito tão besta.
Por essa invenção tão suja de amor
Baseada na caracterização

Ele me incinera ali mesmo
Me faz arder nas chamas
Justo eu , o lado passional
Que lhe dava as esperanças de um belo final feliz.

- " Levanto-me juntamente , ainda que em chamas e vejo , por incrível que possa parecer, eu mesmo frente ao meu espelho, abraçado à duas vertentes que estão girando para o mesmo lado, ódio e objetivo , sim ! E eu ali queimado não passo de um projeto abandonado , avaliando seriamente de que a causa dessa úlcera carnal , não passa da mesma hipótese de minha pessoa. Que já vê na solidão o próximo passo de quebrar o vidro e comer os cacos da discórdia de uma odisséia tão patética e sem explicação. "

Faz pra ti , meus ventos e votos de paz
Como sentar em um rudimentar banco
E arquivar as mais belas conversas
E ver o último pássaro sucumbir
O voo fatal , e de cima cair
Fatalizando junto ao corpo

ACIDENTE , COMPLEXO , REMOÇÃO , PARTITURA , COVA
lágrima , alívio
jaz;;;;;;;;;;;;;;;;

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