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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Foi tanto desprezo que ele se fundiu ao asfalto

É violento
passa , como o ar quente
as lapides perfuradas
por sorrisos mal-planejados
rejeitados pelo par alado
aonde a asa já foi mais que ilusão

É está perdido
e você não precisa me dizer mais nada
por que eu já aprendi

Nenhuma distância deixou de executar
Nenhuma distância deixou de executar
pois é , nenhuma

e eu aprendi
li , o fim e retalhei o meio
pra não ter começo
deixar de ser tão reto
tão método , pra morrer
além do fim das contas

se é pra saber que dói
eu não te conheço
se é pra saber que não
eu não te lembro
se é pra saber que não vale
eu não te importo
se é pra saber que ignora
eu te fodo

tá acabado , e você não precisa dizer mais nada
é violento , pesado , mascarado
rodeado de pessoas vazias , o centro do relógio despenca
solidão na multidão da metrópole
só mais um jovem que não se deu bem
e reclama da vida
e protesta o sentido
só mais um jovem que foi rejeitado
e escreve pra vida
e espera a morte
só mais um , por isso , não se sinta diferente

já está acabado e você mais uma vez não precisa repetir
por isso , minhas células se fundiram ao asfalto
me corpo é só o chão aonde todos acessíveis , níveis , "víveis"
pisam.

Foi tanto desprezo que ele se fundiu ao asfalto
não precisa repetir
já está acabado

Um comentário:

Joyce Muniz disse...

e ai meu caro Macaco.
Estava eu no mundo oculto dos blogs e eis que te achei mais um vez.
Como sempre escrevendo muito bem.

Me segue ai vlw :)
autistandu.blogspot.com

beijao ;)